tag:blogger.com,1999:blog-51148851240654451632024-02-18T18:42:19.970-08:00Guardiões da LiberdadeI. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.comBlogger20125tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-64157710036220889382011-07-31T02:16:00.000-07:002011-07-31T02:16:27.729-07:00Capitulo 19: A Derrota de Raios Estáticos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.radiosolaris.com.br/www/_resources/_uploadedfiles/_noticias_fotos/0.59680000%2013087475093540142714bbaaa65d8d91f5330a2adbf70e02f8842c2b997.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="412px" src="http://www.radiosolaris.com.br/www/_resources/_uploadedfiles/_noticias_fotos/0.59680000%2013087475093540142714bbaaa65d8d91f5330a2adbf70e02f8842c2b997.jpg" t$="true" width="640px" /></a></div><br />
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<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capitulo 19: A derrota de Raios Estáticos</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">William Humphrey não acreditava no que seus olhos observavam. Uma luz violeta se chocando contra o vento e ocasionando uma explosão que o fez tremer até a espinha. Dois seres poderosos se encarando apesar do cansaço. Um com olhos cheios de ódio e um sorriso sarcástico. Outro com a face coberta por uma máscara de carnaval verde, praticamente de joelhos e com faíscas roxas brotando de seu ombro. Nunca tinha se importado com a violência da cidade de San Cristo, mas quando esta bate a sua porta as suas perspectivas mudam abruptamente. Agora, no terceiro andar de seu apartamento com um copo de cerveja caindo de suas mãos temia por sua vida. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Tornado sentia suas forças se esvaírem, pois seu último esforço em proteger o bandido Charles Jones da maldade de Raios Estáticos o enfraqueceu. Enquanto isso, o vilão mesmo cansado queria cumprir sua missão. Charles Jones ainda assustado procurava uma esquina onde pudesse se enfiar. O mendigo Crosby ao lado de uma dona de casa chamada Dora observavam a luta com apreensão. William ficou pasmo com a quantidade de viaturas que se dirigiam ao local e de cima podia vê-las se aproximando. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Parece que nossa luta será interrompida Tornado. -disse Raios Estáticos.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não será. Te derrotarei antes deles chegarem. -disse Tornado apertando um braço com a mão, pois as faíscas queriam derruba-lo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Acho que a minha <b>Onda Estática Convulsiva</b> está fazendo efeito. Seu corpo irá ficar paralisado e como irá proteger esses civis tolos. Posso começar matando a mãe e o menino que você tanto queria salvar. -comentou Raios Estáticos dando alguns passos em direção ao herói.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não permitirei... Que isso aconteça. -disse Tornado fraquejando nas reticências.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Apenas me faça um favor: Morra! -gritou Raios Estáticos lançando uma onda de esferas violetas sobre Tornado. O herói esquivou com um salto e uma cambalhota em pleno ar, caindo próximo ao vilão e o golpeando com uma sequência de chutes no rosto. Raios Estáticos tateou, recuperou o equiíbrio, então passou uma rasteira em Tornado. Dora levou as mãos a boca. William aproximou-se da janela. Tornado ergueu-se flexionando suas pernas para baixo e voltando a ficar em pé. Raios Estáticos soltou um chute lateral acertando as costelas do herói que rodopiou. Crosby pensou em ajudar o herói, mas sentiu medo. Charles Jones levantou-se e começou a correr. Tornado e Raios Estáticos trocavam socos e pontapés, procurando brechas para derrubar rapidamente seu adversário. Os dois se mantinham focados em suas defesas, por isso não deixavam aberturas. Raios Estáticos conseguiu um soco direto no peito do herói, porém Tornado acertou um chute na banda direita do rosto do vilão. Eleonora abraçada a Alex não tinha forças para falar, pois ficou entre amedrontada e admirada pela coragem do Tornado. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">As sirenes da policia se apresentavam cada vez mais perto. Raios Estáticos empurrou Tornado e saltou para janela de um prédio. Tornado o seguiu e os dois voltaram a trocar socos. Crosby suspirou ao ver Tornado receber um soco no estômago. Dora sorriu ao ver Raios Estáticos receber um gancho de direita e rodopiar no ar antes de recuperar o equilíbrio em cima de um poste. Os carros chegaram e os policiais apontaram suas armas para as duas criaturas em cima do poste. Um dos oficiais gritou:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Raios Estáticos você está preso! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Cale-se policial idiota. Me deixe terminar com este bastardo aqui que depois pegarei vocês. Não se apressem em morrer. -comentou Raios Estáticos fazendo os policiais estremecerem. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O que estão fazendo policiais? Eles são aberrações! -gritou uma mulher numa janela abaixo da de William. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ei vadia?! Quem é a aberração? -disse Raios Estáticos defendendo um chute lateral de Tornado e depois um soco que acertaria seu pescoço. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Tornado jogue-o no chão que iremos prendê-lo! -disse um policial. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-A polícia precisando da ajuda de um renegado. Nossa! Onde o mundo foi parar! -comentou uma senhora curiosa numa esquina próxima. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">William não estava gostando dos protestos diante do esforço do herói em parar o vilão, mas temia que algo pudesse acontecer consigo caso protegesse um renegado como o herói Tornado. Raios Estáticos lançou uma esfera violeta que o herói desviou criando uma rajada de vento. No entanto a esfera acertou um muro que desabou em uma pilha de entulhos revelando uma casa onde um casal se beijava loucamente. Alguns policiais ficaram distraídos com a sacanagem que ocorria. William se surpreendeu ao ver o casal semi-nu, mas voltou os olhos para batalha. Tornado com uma rajada empurrou Raios Estáticos para o chão, mas este com um salto caiu em pé e irritado por ser desviado do seu lugar. Um policial com um cassetete em punho atacou o vilão. Raios Estáticos pegou seu braço e socou duas vezes suas costelas e depois o rosto. O policial desmaiou enquanto Tornado caía sobre Raios Estáticos. Tornado prendeu suas mãos, mas esqueceu de prender os pés, por isso o vilão o jogou para o lado com uma joelhada. Raios Estáticos teve de repelir uma saraivada de tiros que vieram em sua direção, sendo que para isso se moveu rapidamente utilizando sua agilidade fora do comum. Tornado para não ser atingido fez o mesmo rolando pelo asfalto e levantando-se apenas próximo de um hidrante. Crosby empurrou Dora para uma marquise. Eleonora ergueu uma mesa e colocou Alex protegido por ela. William sentiu que estava vendo um filme faltando apenas uma música de ação. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Raios Estáticos aproximou-se dos policiais e lançou duas rajadas: Uma das rajadas explodiu uma das viaturas derrubando quatro policias com o impacto. A outra acertou um policial que desorientado acertou um tiro numa colega, mas felizmente a bala acertou o ombro. Tornado sabia que os policias não teriam a menor chance, por isso fechou os olhos com a distração do vilão procurando concentração para mover uma maior quantidade de ar. William ficou apreensivo com o fim da batalha e deixou seu copo de vidro cair ao ver Raios Estáticos erguendo um policial com apenas uma mão e o lançando sobre outro. Um policial tentou um ataque pelas costas, mas seu medo fez as balas passarem distante. Raios Estáticos lançou uma esfera de energia que fez o homem ir parar a metros do local. Tornado chamou a atenção do vilão com um assobio, então gritou:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #0b5394;">-<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><b>Tornado Espiral! </b></span></span></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Das mãos do herói surgiu uma ventania que rapidamente tomou conta da rua. Crosby abraçou Dora para protegê-la. Eleonora com olhos tímidos observou o ar em sua sala ficar mais rarefeito. William com sua visão privilegiada notou que um bolsão de ar apareceu nas mãos do herói e voou para Raios Estáticos. O vilão foi erguido aos céus podendo ver estrelas em seu caminho. Os policiais correram para ajudar seus feridos enquanto Raios Estáticos voltava de sua viagem caindo lentamente sobre uma pilha de entulhos. O som do impacto alarmou a todos na rua, até mesmo Tornado que disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Essa deve ter doído!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Os policiais correram para prender Raios Estáticos torcendo que isto o tenha pelo menos colocado para dormir. Tornado parou os homens com um grito e um aceno de mão:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não se aproximem! Chamem a Força de Segurança! Ele é demais para vocês. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Os policiais nem quiseram discutir. O oficial chamou a Força de Segurança depois de contatar a central. Um policial aproximou-se de Tornado e disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É melhor você ir embora. A Força de Segurança prenderá qualquer um que não seja humano. E como nos ajudou acho que devemos uma, por isso corra! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Tornado aproveitou e saltou sobre um prédio dando a William uma visão animalesca, pois o herói pareceu um macaco. Tornado escalou o prédio de quatro andares e sumiu por seu teto. William viu os policiais começando a cuidar dos presentes e feridos, mas deixaram um deles escapar, este foi o bandido Charles Jones que se ficasse seria preso por diversos crimes.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Charles Jones entrou na esquina mais escura que encontrou enquanto ouvia a chegada dos helicopteros da Força de Segurança. Preocupou-se com a idéia de que o Tornado o estaria seguindo, mas duas pessoas o observavam com facilidade. Uma era o jovem William Humphrey e sua curiosidade com os acontecimentos. Outro, era um ser sinistro escondido na escuridão que o bandido tanto usava para se ocultar. Charles só descansou sua corrida após atravessar dois quarteirões e sentir uma segurança. Porém, seus sentidos o enganaram. Um homem num sobretudo preto o pegou pelo pescoço e o encostou na parede. Charles temeu por sua vida, enquanto o homem disse calmamente:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não fez o serviço que eu pedi, por isso terá de pagar! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mas eu sequestrei a menina! Eu quase...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não existe quase para mim. Você falhou comigo como falhou com os Patrick. É uma criatura que merece morrer, mas farei outra coisa...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O quê?! -disse Charles Jones quase chorando de medo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Já que não consegue pegar nada. Acho que não precisa de seus braços! -disse o homem puxando os braços de Jones de sua carne. O sangue inundou a esquina escura e só a Lua mostrava os horrores de uma maldade cruel. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Jones perdeu seus braços levados pelo misterioso homem, então gritou com a morte que se aproximava. Deitou-se no asfalto frio esperando a morte e relembrando todas as maldades que já fizera na vida. Sentiu sua vida desaparecer no sangue que escorria. Passos calmos chegaram a si e uma voz divertida chamou-lhe atenção:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quer viver cara?! Tenho a solução! É só se entregar de corpo e alma! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ahn! -disse Jones sem forças para responder, mas acenando com a cabeça querendo viver. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">O homem carregou Jones que não reconheceu seu salvador, mas pensou lá no fundo que não importava quem era e que só queria viver. Jones estava prestes a desmaiar quando viu uma porca rolar pelo chão e encostar perto de um bueiro. Finalmente adentrou completamente a escuridão que desejara.</span></div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-67467543075443283082011-06-02T15:22:00.000-07:002011-06-02T15:22:01.523-07:00Capitulo 18: Uma nova razão para viver<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdzwTEk4JZsTP7xs-b_2frpSWlRUPU8tUJFO14dutSimdXXtzqayrMAkyWoXAdClw63yNwYnY7M__E8pqT_VSQHbFD4LRni5zd0_y2GKD4DmwyXwPtljJXR6AWq_h_lBP8bqRvL9Sim5c/s320/retraso-mental.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="629px" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdzwTEk4JZsTP7xs-b_2frpSWlRUPU8tUJFO14dutSimdXXtzqayrMAkyWoXAdClw63yNwYnY7M__E8pqT_VSQHbFD4LRni5zd0_y2GKD4DmwyXwPtljJXR6AWq_h_lBP8bqRvL9Sim5c/s640/retraso-mental.jpg" t8="true" width="640px" /></a></div><br />
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<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capitulo 18: Uma nova razão para viver</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Eleonora Wings está sentada observando seu filho especial quando exclama para o vento:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Que droga de vida! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Eleonora é uma mulher batalhadora que passou anos cuidando de seu filho que possui retartado mental, onde apesar de ter 20 anos em idade física, apresenta um intelecto de uma criança de 6 anos. Eleonora pensou no passado quando tinha um marido maravilhoso que sempre a levava para dançar nas boates da cidade. Ele, um oficial da Marinha e ela apenas uma estudante. O namoro foi tão simples e gentil, existia pureza e inocência, tanto que ele demorou muito tempo para poder beija-la. A cidade era protegida por heróis que vagueavam pelas ruas pelo dia e pela noite e os bandidos e vilões se escondiam, mas ao olhar o telejornal que passa na televisão à frente, ela procurou imaginar como as coisas mudaram tanto. Seus pensamentos voaram, “<span style="font-family: Century, serif;">Como eu pude ser tão feliz e agora... Agora só tenho um filho que não irá poder cuidar de mim em minha velhice. E quem cuidará dele quando eu morrer? Pobre Alex! Tão tímido e medroso. Dificilmente se acostumaria com uma mãe nova</span>”.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Eleonora interrompeu seus devaneios para observar seu menino brincando com um carrinho vermelho e lembrou de um doce momento em sua vida, quando seu marido dirigia um carro de mesma cor e a levou para um piquenique no parque. Lembrou de seu toque em seus cabelos, atrás da nuca onde se encolhia como uma gatinha, a forma como a olhava como se tivesse toda a compreensão do seu ser. Eleonora sempre soube que não encontraria homem igual. Quando sua criança nasceu, ele lhe deu as forças que precisava para encarar o problema de frente. Mesmo com o trabalho árduo na Marinha não a abandonava, mas quando teve de abandonar foi definitivamente, pois o perdeu num acidente de carro, o mesmo carro vermelho das alegrias que agora repousava em miniatura nas mãos de seu filho. Alex deixou o carrinho e Eleonora abandonou as lembranças para se erguer do sofá e olhar a foto do marido sorrindo no parque emoldurada na parede da sala. Alex murmurou algo incompreensível e nesse grunhido distante sua mãe o acompanhou num lamento profundo que se tornou choro. Eleonora observou o filho e sentiu vontade de não tê-lo ou de abandona-lo, queria que seu marido estivesse de volta e que pudessem sair para dançar e se divertir como faziam. Era uma vida feliz que se tornou uma triste dependência e agora se via abalada pelo ressentimento e pelo medo de não conseguir mais a felicidade. Em seus devaneios não percebeu a briga que ocorria do lado de fora de sua casa e tomou um susto ao ver um homem de roupa verde atravessando a parede da sala e aparecendo próximo de seu assustado Alex. Eleonora demorou para reagir e apontou o homem de verde com espanto. Tornado virou para mulher mostrando sua máscara de carnaval que protegia sua identidade. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quem é você? O que está fazendo aqui? -disse Eleonora. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu sou o Tornado! Por favor, preciso que saia daqui... -disse o herói interrompido pelo aparecimento do vilão Raios Estáticos que o encarava ainda do lado de fora. Tornado foi lento para desviar de uma rajada de discos energéticos na cor violeta que o acertaram no peito o levando para área da cozinha. Eleonora soltou um grito e Alex chorou de medo. Raios Estáticos adentrou a residência pelo buraco que ele mesmo criou, puxou o cabelo de Alex enquanto este aumentava o volume de seus gritos e virou para mãe desesperada. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você é a mãe desse lixo?! Não seria melhor que eu eliminasse esse fardo para você?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Eleonora ficou paralisada pelas palavras do homem, pois era exatamente o que pensava um pouco antes de sua entrada. Não sabia o quão certo ou errado era deixar o homem matar seu filho e se isso a faria realmente feliz. Uma confusão de sentimentos e pensamentos povoaram a mente da mãe que começou a chorar com a terrível indecisão. Tornado levantando com dificuldade, tendo faíscas arroxeadas brotando de seu ombro e de uma perna disse: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Raios Estáticos eu me rendo, mas não machuque o garoto!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Por favor Tornado! Não está em condições de pedir ou exigir nada. E irei apenas fazer um favor a essa mulher. Não vê que o garoto é um lixo?! -disse Raios Estáticos mostrando um sorriso tenebroso. Tornado ergueu seu punho buscando concentrar o ar ao redor enquanto o vilão pronunciava suas maldições. Eleonora ajoelhou-se chorando e disse: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Por favor moço!... Não mate meu menino! É tudo que eu tenho... É tudo que me sobrou... É minha única felicidade! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mesmo essa criatura sendo um lixo! É difícil entender a paixão que algumas pessoas tem pelos fracos. -disse Raios Estáticos erguendo Alex pelo pescoço o colocando frente a luz do lustre da sala. Tornado gritou: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-<b>Punho do Vento!</b> </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Raios Estáticos foi atingido no peito por uma massa de ar carregada pelo Tornado e foi lançado de volta pelo buraco que abrira. Eleonora ergueu-se com a velocidade de um herói e abraçou Alex antes que ele caísse ao chão. Tornado aproximou-se da mãe e do filho e praticamente sussurrou: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Bom trabalho! Continue cuidando de seu filho com esse mesmo amor que demonstrou. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Eleonora observou o herói tão alto em frente a luz do lustre quase parecia um anjo de verde e isso a fez lembrar do sorriso de seu marido, então abaixou a vista para notar que seu filho em seu torto sorriso lembrava o homem que sempre amou. Tornado tocou o ombro de Eleonora e voltou para rua para encarar o vilão. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Belo golpe Tornado! Mas a luta ainda não acabou. -comentou Raios Estáticos limpando a sujeira acumulada na roupa. Tornado observou que o mendigo chamado Crosby e uma dona de casa chamada Dora estavam muito próximos do vilão e imaginou que eles poderiam ser pegos no fogo cruzado, por isso esperou Raios Estáticos se mover. O vilão pareceu perceber o plano do herói e continuou parado esperando um ataque, então virou-se rapidamente para ver que Charles Jones corria desesperado para uma esquina. Tornado sabia que o vilão estava ali apenas para punir Charles e essa chance voltou a surgir. Crosby puxou Dora para perto de si, pois Raios Estáticos passou como uma locomotiva pelos dois. Tornado lançou uma rajada de vento lateral da palma de sua mão direita, mas passou distante de Raios Estáticos. Com olhos miúdos e cheios de lágrimas, Eleonora observava a luta de dentro de casa e ainda abraçada a Alex. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não vai fugir seu verme! -gritou Raios Estáticos para Charles que ficou paralisado de medo. -É hora de morrer! Tome isto! -disse o vilão enviando uma onda de discos energéticos na cor violeta. Tornado apareceu à frente e criou uma massa de ar para colidir com o ataque do vilão o interrompendo no caminho. Raios Estáticos bufou de raiva enquanto via Charles Jones sorrir aliviado. Crosby e Dora respiraram fundo, mas se atemorizaram ao ver as faíscas que brotavam no ombro do herói. Tornado acabou ajoelhando com a dor. Raios Estáticos viu a guarda aberta e lançou outra onda de discos energéticos que acertaram todo o corpo do herói o jogando contra um muro ao longe depois de navegar pelos ares por alguns milésimos de segundo. Da parede danificada caíram dezenas de tijolos e massa de cimento sobre o herói que pareceu desmaiar com a força do ataque. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sua vez Charles Jones! Não fuja de mim! -disse Raios Estáticos caminhando lentamente para o paralisado bandido da família Patrick. Crosby deixou Dora e correu para averiguar se Tornado vivia. Eleonora observou a preocupação e o espanto nos olhos de Dora. Raios Estáticos apertou o punho, deixou a energia violeta crescer em seu braço e a levou para o punho, então gritou a plenos pulmões: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-<b>Bombardeio Violeta</b>! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Uma chuva de esferas roxas saíram dos punhos do vilão e voaram em direção de Charles Jones que cobria o rosto com a morte certa. Crosby parou no meio do caminho maravilhado pelas luzes do golpe. Dora levou as mãos a boca preocupada com o destino da batalha. Eleonora continuava a apertar Alex contra si, mas seus olhos observavam a luz violeta. Alex sem entender nada também estava maravilhado, até mais que Crosby pelo ataque do vilão. Tornado saiu dos escombros de entulhos do muro que destruiu parcialmente e lançou uma rajada de vento com as duas mãos espalmadas para frente e os braços esticados o máximo que pôde, então a brisa conseguiu apenas desviar o Bombardeio Violeta que atingiu o asfalto provocando uma explosão. Tornado ajoelhou enfraquecido, enquanto Raios Estáticos também cansado respirava com dificuldade. Dora aproximou-se de Crosby e o acordou de sua letargia. Eleonora observou que numa esquina se escondiam mais alguns curiosos interessados na batalha. Tornado ouviu sirenes de polícia ao longe e ergueu-se com um pensamento “<span style="font-family: Century, serif;">Não posso me dar por vencido. É a chance que tenho de coloca-lo atrás das grades. Pagará por sua crueldade!</span>”. Então observou Eleonora que praticamente não deixava Alex respirar de tanto amor e proteção. </span></div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-24954802579762458742011-05-06T14:57:00.000-07:002011-05-06T14:57:36.897-07:00Capitulo 17: Me dê esperança<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://mulhersempremulher.files.wordpress.com/2010/03/dona-de-casa11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640px" j8="true" src="http://mulhersempremulher.files.wordpress.com/2010/03/dona-de-casa11.jpg" width="500px" /></a></div><br />
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capitulo 17: Me dê esperança!</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Dora Fontanie lava os pratos em sua casa de cortiço no Terceiro Distrito da cidade de San Cristo. Seus filhos Peter e Joe estão brincando de carrinho na sala e ao mesmo tempo assistem televisão. Dora estava apreensiva com a demora do marido, mas em seu íntimo já imaginara por onde ele estava e até com quem estava. Seu corpo demonstrava suas irritações profundas através do exaustivo suor que escorria de sua alva pele, para limpa-lo utilizou suas mãos cobertas pela luva de cozinha e assim liberou o coque que prendia seus longos cabelos pretos lisos. Dora já sentiu orgulho de ter cabelos tão bem cuidados, em uma época onde o marido era um romântico apaixonado, que lhe fazia serenatas à porta, lhe enviava flores com cartão quase todos os dias e sempre dizia que a amaria para sempre. Isso tudo mudou com o tempo e agora só conseguia ver o marido pela noite, normalmente com o cheiro de uma mulher da rua o infestando com perfumes baratos e o fedor da cachaça que ardia em seus lábios. Dora pensava em largar tudo, a casa, o marido, os filhos e voltar a viver um novo romance, mas sempre voltava a questão que uma mulher não podia abandonar seus filhos, portanto, sofria calada as traições do marido que chegava a ficar dias fora e quando voltava sua explicação se resumia “Tive que fazer uma reunião na empresa, sabe como é né!”. Dora queria mostrar a ele como ela sabia de tudo, queria fazê-lo sentir toda a dor que ela estava sentindo, fazê-lo pagar pelos anos de sofrimento, abandono de lar e solidão, mas tinha as crianças que ela não podia abandonar e elas simplesmente adoravam o pai. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">A porta da frente da casa se alargou, Peter e Joe correram com um largo sorriso em seus rostos infantis de apenas, 7 e 10 anos de idade respectivamente. O pai, um funcionário de uma empresa multinacional localizada no Segundo Distrito da cidade vinha todo perfumado da rua e muito animado como se o atraso para o jantar não o incomodasse nem um pouco. Peter perguntou ao pai se ele trouxera presentes. Joe pediu o seu quase que imediatamente. O pai puxou um carrinho de bombeiro da sacola e avisou aos dois que eles teriam de dividir o presente, o que desagradou a ambos. Dora chegou à sala com a face vermelha de raiva. O pai abriu um largo sorriso de boas-vindas e caminhou com a intenção de abraça-la como anteriormente fazia, antes de ter as crianças e de se casarem. Dora gritou: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Como você tem a coragem de chegar esse horário e me mostrar essa cara lavada!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Calma Dora! Você está se preocupando a toa...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu!... Eu me preocupando a toa! Você passa a vida toda me colocando chifres e eu fico aqui apenas chorando a sua ausência! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu não fiz nada disso. Por que me acusas tanto amor?! -perguntou o marido procurando conforta-la. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você é um canalha!... Não! É o pior dos canalhas! Nem as crianças você respeita...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Peraí mulher! Não fale besteira! Eu adoro meus pequenos.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-E a mim? A mim você ainda ama? -disse Dora entre lágrimas fervilhantes que poderiam junto a seu suor se tornar um rio.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É claro que amo querida. -disse o marido sem hesitar, mas mostrando um sorriso sarcástico. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você não presta! Eu tenho de sair daqui, eu preciso... -disse Dora correndo para o quarto, mas o marido ficou à frente tentando impedi-la e localizando seu olhar para amansa-la. Dora não queria ser detida, não desta vez, porque sabia que seu marido a controlaria caso terminassem na cama. Peter e Joe brincavam no chão ignorando as altas vozes dos pais. Dora gostava desse ar desligado das crianças, pois assim podia gritar mais e do fundo do coração. O marido segurou seus braços, Dora se sentiu impotente ante a força do homem, o marido aproximou seu rosto do de Dora que balançou o rosto rapidamente tentando escapar. O homem disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você tem de entender amor. Que você é a única... Que amo!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não! -gritou Dora empurrando o marido ao chão buscando forças de locais que nem podia imaginar, mas estando finalmente livre de seu controle, então correu para o guarda-roupa, jogou o avental e a roupa de dona-de-casa na cama, pegou roupas para sair como um vestido preto e um casaco. O marido ergueu-se e gritou:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Pra onde você pensa que vai?! Ainda mais assim!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Vou sair como você faz! Quem sabe eu não me divirto um pouco...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Está querendo me desafiar mulher! Você não sustenta essa casa e nem as crianças, você apenas cuida da casa como toda boa mulher sabe e deve fazer. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-E você é um porco! -gritou Dora empurrando o marido e correndo para porta da frente, porém, parou diante da maçaneta e olhou Peter e Joe tão animados com o brinquedo novo trazido pelo pai. Peter a olhou calmamente com seus olhos verdes sempre brilhantes e perguntou:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Por que ta chorando mãe? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Preciso ir meus queridos, mas volto logo. -disse Dora indo abraçar as crianças, mas foi impedida pelo marido que a derrubou com um empurrão. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não vai me abandonar aqui assim! Não é o que uma mulher direita tem de fazer. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-E o que uma mulher direita tem de fazer Carlos? Sofrer e sofrer enquanto seu marido só a trata como lixo! -gritou Dora abrindo a porta e ganhando o mundo. O marido socou a porta violentamente por alguns segundos, caminhou para cozinha e procurou sua janta, então pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ela deve estar de TPM, logo ela volta, sei que jamais abandonaria as crianças, mas quando voltar, ela vai implorar meu perdão. Ah se vai!</span>”. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Dora chegou ao Quarto Distrito após pegar um táxi, queria ir a um local deserto e desaparecer. Sentia que nada mais fazia muito sentido, enquanto as imagens de sua vida caminhavam em sua mente. Seu namorado, o único que teve, tão romântico e apaixonado se tornou seu marido, um homem que só a traí e a maltrata dia e a noite com a ausência e o esquecimento, principalmente, depois que conseguiu uma promoção em seu emprego. Dora chutou uma latinha de refrigerante que estava em seu caminho e esta correu para uma esquina. Notou que a rua estava muito mais vazia do que se lembrava de caminhadas em sua infância, porque nasceu, cresceu e viveu uma parte de sua vida na área mais podre da cidade, que todos conheciam como o Quarto Distrito. Dora foi para esquina da latinha e encontrou um mendigo encostado á parede e inquieto como se tivesse a temer a morte. Dora aproximou-se e antes de conseguir falar com ele, uma explosão afetou a rua á frente e Tornado saiu da fumaça como uma cambalhota. Raios Estáticos com a mão direita explodindo de emoção com seu colorido violeta tentava golpear o herói. Tornado escapou de um golpe que Dora acreditava ser impossível, pois o vilão encostou o herói num muro, mas o último agachou e rolou para o lado. Dora puxou o mendigo para si e perguntou:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O que está acontecendo? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não viu não moça! O Tornado ta protegendo a gente do Raios Estáticos. Sempre quis ver uma luta assim de perto. É incrível né?! -disse o mendigo chamado Crosby. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Dora odiou sentir o fedor de cachaça no homem, porque lembrou vagamente seu marido , mas ao ver Tornado escapar de mais um ataque de raios violeta do Raios Estáticos acabou esquecendo de tudo. Dora pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É assim que posso esquecer a minha dor! Eu nunca tinha prestado muita atenção nesses heróis, mas..</span>.” O pensamento da dona-de-casa foi interrompido pela ação de Tornado em salvar um velhinho de uma das esferas do Raios Estáticos. O vilão gritou:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Se continuar salvando esses vermes vai acabar morto! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O único verme que vejo nessa rua é você! -disse Tornado abrindo os braços, fechando os punhos de forma a absorver o ar ao seu redor, lançando uma mão à frente e correndo para Raios Estáticos ao dizer:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #0b5394;">-<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><b>Metralhadora de Socos do Ar! </b></span></span></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Tornado saltou um carro usando outro como apoio, aproximou-se de Raios Estáticos e lançou tantos socos no ar em alta velocidade que nem o vilão os conseguiu ver. Crosby vibrou ao ver Raios Estáticos ser metralhado por dezenas de socos aparentemente invisíveis. Dora ficou boquiaberta e seu único pensamento era “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vença por todos nós!</span>”. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Raios Estáticos foi lançado sobre a coluna lateral de um prédio pequeno abalando a estrutura, mas não derrubando-a. Tornado sabia que o inimigo não desistiria, mesmo diante da quantidade imensa de ferimentos que provocara. Raios Estáticos ergueu-se como se não houvesse recebido nenhum golpe, limpou a roupa como se tivesse em uma festa elegante e focalizou o herói com olhos que pareciam lançar fogo. Dora ficou impressionada pela tensão que os dois podiam liberar no ar e sentiu pela primeira vez que seu marido romântico e aparentemente maravilhoso era apenas um homem comum, enquanto haviam outros tão poderosos e especiais. Crosby sorria com uma felicidade incomum a um mendigo e até isso Dora achou impressionante. Tornado e Raios Estáticos encontraram-se novamente em uma troca de ataques e defesas consistindo no uso de socos, chutes e pontapés, mas sem qualquer efeito maior em qualquer dos usuários. A única coisa que os dois fizeram foi deixar a platéia ainda mais nervosa pelo resultado do combate. Tornado arriscou um soco no estomago, mas Raios Estáticos mudou de lado para desviar, então socou o rosto e o peito do herói que cambaleou. Tornado revidou com um chute frontal no peito do vilão que coçou a área atingida. Tornado agachou rapidamente e provocou uma rasteira, mas Raios Estáticos se salvou da queda utilizando as duas mãos e plantando bananeira. Tornado planejou lançar uma onda de vento, mas Raios Estáticos gritou ao abrir as mãos e juntar as garras: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><b>Onda Estática Convulsiva!</b></span> </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Tornado recebeu uma onda de choque na cor violeta que percorreu todo seu corpo e o lançou a vários metros pela rua. Raios Estáticos respirou fundo como se a luta tivesse terminado. Tornado caiu perto de Crosby e de Dora que se aproximaram para vê-lo. Tornado não podia sentir seu corpo e por um momento pensou que só existia seus olhos. Crosby gritou desesperado:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Por favor não morra! Assim não!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É. Fique vivo... -disse Dora timidamente, mas seu coração explodiu com uma idéia e gritou com toda a força dos pulmões: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Me dê esperança! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Tornado acordou com as palavras de Dora e conseguiu fazer o ar que antes mal podia sentir graças a ação paralisante da Onda Estática Convulsiva o rodear em alta velocidade e diminuindo os efeitos do golpe. Tornado ergueu-se, mas um de seus braços e parte do tronco estavam sob o domínio violeta de Raios Estáticos. Dora ajoelhou-se e começou a chorar. Crosby tentou conforta-la com pequenos tapinhas. Tornado agradeceu com um aceno de cabeça e caminhou para Raios Estáticos que sorriu ao ver as fraquezas impostas ao herói. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-64409644469190875592011-04-29T14:17:00.000-07:002011-04-29T14:17:15.464-07:00Capitulo 16: Um estranho convidado e o Bombardeio Violeta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.cristoferdelatorre.com/fondosdps/wallpapers/esferas-violetas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480px" j8="true" src="http://www.cristoferdelatorre.com/fondosdps/wallpapers/esferas-violetas.jpg" width="640px" /></a></div><br />
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capitulo 16: Um estranho convidado e o Bombardeio Violeta</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">A Lua parecia brilhante aos olhos de Crosby, mas o que não lhe parecia brilhante com uma vida destroçada como a sua. Algumas pessoas poderiam considerar que o que ele tinha nem poderia se chamar de vida. Crosby só se orgulhava de uma coisa na vida, o fato de que conhecia bem as ruas da cidade de San Cristo. Já pôde testemunhar coisas que vão do maravilhoso ao bizarro. Caminhando pelas sombras da escuridão inebriado pelo cheiro da cachaça que carrega consigo para aliviar sua dor procurava assim afastar as lembranças que lhe apunhalavam o coração. Uma mulher bonita que sentiu que o amava, mas não demorou a abandona-lo por outro mais rico e importante, um bancário pelo que sua mente ainda lembrava. Um filho maior que custeou tudo em sua vida, mas que sempre procurou a saia da mãe, inclusive o odiando, mesmo o tratando com todo o carinho. Um filho menor que não teve nem a chance de conhecer direito, pois a mãe o levou de si diante de sua eminente miséria. Sua casa feita de madeira de lei perto de um jardim florido no Primeiro Distrito que acabou perdendo para o banco num movimento errado em seus negócios. Seu trabalho como consultor financeiro numa empresa que perdeu diante da bebedeira e das discussões frequentes com os chefes. Crosby pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que será que eu tenho na vida Deus?! Hein Deus? O que eu tenho?!</span>”. Em seguida, lançou sua amada garrafa sobre a porta de uma garagem. O vidro espalhado pelo chão com algumas gotas da preciosa bebida chamou sua atenção como uma sofrível tentação e assim correu agachado para seu vício. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Crosby caminhou agachado se movimentando com olhos fixos no líquido que escorria lentamente do que anteriormente era o fundo da garrafa. O pobre mendigo esticou o braço, sentiu que estava perto, sua língua e seu coração palpitavam de emoção e um quê de alegria, mas também de uma interna e cruel solidão. Crosby pensou no filho menor e parou a alguns centímetros do seu líquido precioso. O sorriso em sua face o lembrou sua própria juventude que fora feliz com heróis protegendo as ruas unidos com a polícia, tinha sua cuidadosa mãe e seu protetor pai. A força dessa imagem o fez retroceder em alguns passos, tateou a parede ao lado encontrando forças nas pernas um pouco bambas e ergueu-se para se banhar com a luz do luar. O líquido precioso também brilhava ao longe o chamando como um doce veneno na escuridão. Podia sentir a picada do escorpião sem ao menos toca-lo, o gosto adocicado e amargo aparecia em seus lábios e em sua língua e uma ânsia lhe subia não só no corpo, mas também no espírito. O mendigo começou a chorar diante da vontade louca que o impelia, apontou os estilhaços com o dedo indicador e disse: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Saí de mim demônio! Não te quero mais...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">A voz de Crosby foi fraquejando antes de se aproximar das reticências até parecer um grunhido. Caminhou novamente para os pedaços de vidro com a intenção de chuta-los para longe com seus sapatos surrados de tantas andanças pela cidade em busca de alimento ou de abrigo. Agachou próximo ao seu líquido precioso, o tocou com a ponta de um dos dedos e sua mão teve apenas o trabalho de levar aquela delícia viciante a ponta da língua. Crosby respirou fortemente e pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Bom! Muito bom! Eu preciso de mais, eu preciso arrancar essa dor, eu mereço mais...</span>”. Crosby ergueu-se com olhos famintos e correu para uma rua mais larga onde ouviu um alvoroço. Algumas pessoas corriam assustadas e passaram por ele sem ligar para o fato de que é um mendigo e só isso as faria pular de medo. Crosby arregalou os olhos ao notar que dois seres se golpearam em pleno ar e depois voltaram ao chão tão rapidamente que seus olhos não puderam acompanhar. Agora tinha plena certeza de estar bêbado. Um homem a seu lado gritou: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Saí daí cara! Eles não estão pra brincadeira!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-A coisa é séria! -gritou outro. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Crosby os ignorou e caminhou para estranha luz violeta que um dos dois emanava. O outro ser com uma roupa predominantemente verde gritou: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não será tão fácil me derrotar Raios Estáticos!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É isso que veremos Tornado! -disse Raios Estáticos abrindo os braços para chamar a energia estática violeta que começava em seus braços e rodeava os punhos antes de cada ataque. Tornado ajeitou sua máscara de carnaval verde com uma listra cinza e abriu os braços eretos ao ombro com as mãos espalmadas esperando um ataque. Raios Estáticos vociferou: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Receba isso e morra Tornado!... <span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><b>Bombardeio Violeta</b></span>! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Uma chuva de esferas roxas viajaram do punho do vilão em direção ao herói. Crosby quase engasgou ao ver as luzes que lhe pareceram tão lindas. Tornado com saltos laterais e cambalhotas escapou de dezenas de ataques que ao tocarem o solo ou as paredes das casas provocavam explosões. Crosby notou que os locais que eram atingidos liberavam faíscas violetas por alguns segundos como uma fogueira que se mantém por si própria. Tornado saltou para uma janela no quarto andar de um prédio utilizando sua habilidade de manipular o ar ao seu redor e o impulsionando. Raios Estáticos o seguiu com seu olhar de assassino, mas sentiu um arrepio estranho na espinha. Tornado percebeu Crosby caminhando para Raios Estáticos e foi fácil compreender que estava bêbado, mas outro fato lhe chamou maior atenção que foi a presença do bandido Charles Jones com uma pistola em punho. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Parece que a morte de seus companheiros não foi o suficiente Jones! Terá que morrer por sua falta de lealdade. -disse Raios Estáticos sem se virar, mas sabendo que Charles Jones o mirava com sua arma. Crosby ficou impressionado com a perspicácia de Raios Estáticos e começou a bater palmas numa situação que beirava o ridículo. Tornado olhando de seu ponto seguro pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que homem mais estranho. Ele está fazendo parecer que o Raios Estáticos é o herói. O que a bebida não faz com um cara hein?</span>”</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Charles Jones ao ver Crosby bater palmas achou um insulto a sua pessoa, então virou bruscamente a pistola mirando a cabeça do mendigo. Raios Estáticos percebeu a mudança acompanhando a flutuação do ar e moveu-se rapidamente de forma a aparecer pelas costas de Jones. Crosby continuou a bater palmas como se estivesse num circo sempre focando seus olhos na beleza das emanações violetas de Raios Estáticos. Tornado começou a dar socos no vazio buscando ganhar força e resistência, enquanto Raios Estáticos tão habilmente carregava Jones pelas costas o erguendo do asfalto. A pistola caiu com um forte ruído e disparou um tiro. Tornado acompanhou a bala com o olhar, mas se sentiu aliviado ao constatar que a rua estava praticamente vazia, a exceção de uns poucos curiosos, do mendigo animador e de Charles Jones. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Por favor, Raios Estáticos, eu te imploro não me mate! -gritou Jones enquanto Raios Estáticos gargalhava com uma felicidade fora do comum ao torturar uma pessoa. Tornado continuou a dar socos no ar sem aparente motivo. Crosby sentiu a falta do homem de verde e ficou escrutinando os céus a sua procura. Raios Estáticos queria maltratar Charles Jones, porque este traiu a família Patrick, uma das mais importantes da máfia da cidade ao sequestrar uma garota sem permissão da família com a intenção de obter dois resgates. Raios Estáticos veio apenas cobrar a lealdade de Jones, mas terminou querendo mata-lo e agora sua vontade estava prestes a ser saciada. Crosby voltou seus olhos novamente a Raios Estáticos. Jones pediu ajuda com os olhos enquanto sentia seus músculos e ossos arderem com o aperto dado pelo abraço do vilão. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Vai matar ele? -perguntou Crosby com um ar inocente.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ah! Com certeza! -disse Raios Estáticos com um sorriso malicioso.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Então eu quero ver. -disse Crosby de uma forma casual. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Olha só Tornado! Não é só os heróis que tem fãs! Eu acabei de ganhar um que gosta de me ver matar. E como os heróis, os vilões não gostam de desagradar seus fãs! -disse Raios Estáticos virando para o local onde está Tornado e notando que ao redor de seu punho direito se formou um grande bolsão de ar que liberava estranhos zunidos. Crosby bateu palmas para Tornado dessa vez. Raios Estáticos franziu o cenho e disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ei! De que lado você está mendigo?! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Me ajuda... Por... -disse Jones agonizando.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><b>Punho do Vento!</b></span> -gritou Tornado liberando seu bolsão de ar. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Jones arregalou os olhos temendo ser vítima do ataque do herói. Raios Estáticos fez algo que lhe pareceu estranho que foi salva-lo o jogando para cima de Crosby. O bolsão de ar que saiu do punho direito de Tornado tomou a forma de um punho composto de puro vento e este emitia pequenos ruídos dilacerantes. Raios Estáticos lançou os braços à frente e gritou: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #0b5394;">-<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><b>Bombardeio Violeta! </b></span></span></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">As esferas violetas de Raios Estáticos encontraram o golpe de vento do Tornado. Uma explosão próxima ao solo ocorreu e uma cortina de estilhaços, fumaça, dejetos e poeira se ergueu ante a rua quase deserta. Crosby se irritou com o corpo de Jones sobre si e o empurrou para longe. Tornado pensou ter ganho a luta, então foi ao chão verificar o estado dos civis. Jones desmaiou de emoção e estava detido por enquanto. Crosby começou a coçar a cabeça como se tivesse lembrando que não deveria estar naquele local. Tornado aproximou-se e disse: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você é certamente uma das pessoas mais estranhas que eu já vi. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ei? Me diz o que eu fiz? -disse Crosby coçando a cabeça.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Parece que a explosão curou a bebedeira. Mas como você é um civil eu tenho de lhe aconselhar a sair daqui. O Raios Estáticos não seria derrotado com isso...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Raios Estáticos?! -perguntou Crosby confuso. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sei que não vai entender nada sem tomar um café. Por isso vá para casa, tome um banho e um bom café e de preferência durma. -aconselhou Tornado. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não tenho casa não moço, mas obrigado! Me diz só uma coisa?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O quê?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Fiz alguma coisa errada? Machuquei alguém?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Tornado lembrou do mendigo batendo palmas ante as atrocidades do Raios Estáticos, mas respirou fundo e disse: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não. Apenas saía daqui antes que se machuque. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Qual teu nome moço? -disse Crosby ainda coçando a cabeça com a ressaca.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu sou o Tornado. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Aquele herói?! Nossa! Prazer conhece-lo, finalmente tive alguma honra nesta vida. -disse Crosby com um ar inocente e um sorriso sincero. Tornado sentiu pena do infeliz, mas sentiu perigo ao redor dos dois, então disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Por favor, agora é sério! Preciso que se afaste! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ora e porquê?! -gritou Raios Estáticos aparecendo com um salto. -Maldito Tornado! Converteu meu fã hein! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Crosby correu para uma esquina, mas Raios Estáticos com olhos pedindo sangue e um de seus braços ferido pela explosão apareceu á sua frente. O mendigo tremeu dos pés a cabeça sentindo ser a hora de sua morte. Tornado lançou um soco lateral no rosto do inimigo e um chute em sua costela. Raios Estáticos arrastou-se pelo asfalto e levantou-se prontamente lançando uma esfera violeta sobre Crosby, mas Tornado recebeu-a no peito no lugar do mendigo. Crosby continuou a correr para esquina. Raios Estáticos riu ao ver Tornado de joelhos através de seu golpe. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Acho que vou matar meu ex-fã! Aproveite a morte desse infeliz Tornado! -disse Raios Estáticos erguendo o braço. Tornado gritou:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Nem pensar!... <span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><b>Tornado Espiral!</b></span> </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Tornado reuniu o ar ao redor dos punhos e o fez girar em alta velocidade e sincronia criando um pequeno tornado a partir do solo que elevou o vilão às alturas enquanto diversos golpes laterais afetavam suas costelas e as costas. Crosby chegou a salvo na esquina. Tornado respirou aliviado. Raios Estáticos caiu sobre o capô de um carro destruindo parcialmente a parte da frente e destruindo o vidro. Tornado levantou e pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Será que Mão de Fogo resgatou a menina?! Droga! Tenho certeza que essa luta ainda não acabou</span>”. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-15744165147979912552011-04-23T17:32:00.000-07:002011-04-23T17:32:29.289-07:00Capitulo 15: Promessa cumprida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://i.olhares.com/data/big/114/1148890.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640px" i8="true" src="http://i.olhares.com/data/big/114/1148890.jpg" width="478px" /></a></div><br />
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<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capitulo 15: Promessa cumprida</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Um homem de roupa vermelha salta por uma janela carregando uma criança em seus braços. Ele, um herói da cidade de San Cristo conhecido como Mão de Fogo. Ela, uma jovem que fora raptada de nome Eloíse. Mão de Fogo prometeu levar a criança até sua mãe, no entanto, teve diversos problemas combatendo alguns vilões antes de poder encontra-la. E só conseguiu salva-la das garras de um velho asqueroso e pedófilo com ajuda de outro herói chamado Tornado. Nesse momento, Mão de Fogo caminha com dificuldade por uma larga rua levando Eloíse pelo braço. Seu corpo muito ferido não para de lançar gotas de sangue ao asfalto. Eloíse preocupada com seu herói teme por sua morte. Mão de Fogo procurou tranquiliza-la dizendo que tudo ficaria bem. Mão de Fogo pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não imagino como posso levar esta criança até sua mãe se nem mais consigo dar um salto. Minhas forças se esvaem e sinto meus sentidos se perderem a cada segundo... Parece que não terei escolha senão chama-los aqui...</span>”</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Mão de Fogo retirou um anel com um vidro violeta na ponta e apontou para os céus. Eloíse ficou admirada da luz violeta que saiu do vidro iluminando o céu escuro da cidade. Ao lado das estrelas grande parte da cidade pôde observar um sinal que já os encheu de esperança e espirito de união no passado. Era o símbolo do heroísmo e da coragem de alguns cidadãos que agora era raramente visto. A cor violeta nos céus demonstrando a imagem de uma águia que abria suas asas para cidade, o símbolo do grupo denominado como Guardiões da Liberdade. Mão de Fogo lançou o sinal na esperança de que um grupo de antigos guardiões chamados de Curadores viessem salva-lo de sua dor e levar a jovem Eloíse de volta para casa. Sua ação continha um grande risco para os dois também, pois todo e qualquer vilão inimigo dos guardiões reconheceria o símbolo e viria atrás do herói seja ele qual fosse e em seu estado de saúde precário, o Mão de Fogo, nada poderia fazer. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Eloíse abraçou a perna de Mão de Fogo, pois ouviu um som ao longe. Mão de Fogo temeu se tratar de um vilão, porém, pensou “Caso um inimigo apareça, lutarei com toda pouca força que me resta para salvar a criança...” Mas para surpresa dos dois, um carro popular saiu em alta velocidade da escuridão e parou a poucos metros. Mão de Fogo estranhou o fato de ninguém sair do carro, procurou em seu interior a sua capacidade de gerar calor em sua mão direita e daí lançar fogo. Eloíse apertou ainda mais sua perna com medo do recém-chegado. Mão de Fogo em seu estado sentia cada aperto por menor </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">que fosse como uma dor lancinante. Um homem bem vestido saiu do carro e acenou para os dois animadamente. Mão de Fogo demorou para reconhecer a pessoa, franziu o cenho sob sua máscara e disse: </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Detetive?! </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Isso mesmo Mão de Fogo! Vai ficar parado aí sangrando ou vai entrar no meu carro. Apesar de que faz pouco tempo que mandei limpa-lo. -disse o detetive Hudson Carlton que estava a procura do herói. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Eloíse ao notar que Mão de Fogo conhecia o moço largou sua perna e ficou olhando os dois se olharem. Mão de Fogo caminhou com dificuldade e colocou Eloíse no carro. Hudson manteve um sorriso leve nos lábios de modo a acalmar a menina. Mão de Fogo entrou e Hudson foi rápido em dar a partida e correr pelas ruas do assombrado Quarto Distrito da cidade. Mão de Fogo se perguntou como uma pessoa comum como o detetive Hudson Carlton pôde ser o primeiro a atender seu chamado. O detetive pelo retrovisor do meio observou a expressão incrédula do herói e comentou: </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Parece intrigado com minha vinda. Pensei ter solicitado uma ajuda! </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sim...Mas não esperava... você! -disse Mão de Fogo agonizando com a dor de suas feridas. Eloíse arregalou seus olhos de preocupação e tocou de leve o tronco de seu herói. Hudson aumentou a velocidade do carro para poder sair do Quarto Distrito, principalmente por julgar ter ouvido uma explosão ao longe. Mão de Fogo sabia que a explosão era da luta entre o herói Tornado, seu amigo e aliado, contra o vilão “Raios Estáticos”. Eloíse olhou para trás para ver se conseguia visualizar o herói de roupa verde, mas ficou decepcionada. Mão de Fogo sorriu ante a coragem da menina, por tudo que ela tinha passado e por se manter sem chorar até aquele momento. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Preciso que me leve... ao Segundo Distrito para casa... dessa jovem. Aqui um papel com o endereço... -disse Mão de Fogo passando o papel com dificuldade sentindo seu braço arder por ergue-lo.</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não será melhor leva-lo aos Curadores primeiro? -disse Hudson pegando o papel sem tirar os olhos do trânsito, pois entraram em uma rua movimentada. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não! Os Curadores... não aceitam pessoas que não sejam... heróis! -comentou Mão de Fogo olhando para Eloíse com preocupação. Eloíse não podia ver os olhos de seu herói, mas pôde sentir sua intensidade através de sua máscara. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Os Curadores certamente abririam uma exceção, como abriram...</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você é um herói também.</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Hudson arregalou os olhos ante a noticia de que era um herói, pois até então pelo que sabia não passava de um conhecido detetive da cidade. Mão de Fogo confirmou com a cabeça o espanto causado por sua frase. Hudson respirou aliviado e com seus olhos mandou um agradecimento pelo reconhecimento. Eloíse sorriu ante o ar de paz que ficou dentro do carro popular. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não demorarei a chegar no local que deseja. Esse carro pode ser popular, mas cumpre o que diz quando se trata de velocidade. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Moço? Oh moço? -pediu Eloíse.</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sim! -disse Hudson prontamente.</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Meu herói vai ficar bem? Diz que ele vai ficar bem?</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ficarei bem Eloíse! Não se preocupe... -disse Mão de Fogo cobrindo a boca, pois pareceu que ia tossir sangue. Pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meus poderes de manipular o calor estão diminuindo. Logo não poderei mais conter o sangramento e aí terei poucos minutos de vida. Mas não posso deixar essas pessoas que se preocupam comigo saberem...</span>”</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Eloíse começou a rezar com as mãos unidas. Hudson achou o gesto admirável, pois cada vez mais vinha pensando que Deus havia abandonado aquela cidade. Mão de Fogo encostou-se a poltrona para ficar mais confortável. Hudson começou:</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mão de Fogo! Eu preciso de sua ajuda com uma coisa. Na verdade é um pedido de uma pessoa.</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O que é?</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Uma jovem mulher foi ao meu escritório para dizer que faria tudo para encontra-lo somente uma vez. Ela sofreu tanto na vida coitada que não pude recusar e por isso fui o primeiro acha-lo esta noite. Preciso que a encontre...</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Minha resposta é não! </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mas?</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu disse não detetive! -disse Mão de Fogo abrindo os olhos rapidamente para depois fecha-los devido ao cansaço.</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não entendo como um herói se mata a ponto de salvar uma criança e não realiza um inocente desejo de encontrar uma mulher a quem já salvou. Acredito que ela seja sua fã e sei, pois ela mesma contou, que você a salvou outro dia de dois caras que tentaram pega-la. -disse Hudson.</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Um herói que se preze dispensa agradecimentos.</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Nossa! Bem que me disseram que seria difícil conversar com você. -comentou Hudson. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Por favor? -disse Eloíse interrompendo a conversa. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Mão de Fogo olhou-a calmamente e percebeu suas mãos unidas como se fosse rezar, seus olhos chorosos como se lhe pesasse uma grande tristeza e ao mesmo tempo mantinham o fogo da esperança. Hudson adentrou furiosamente o Segundo Distrito e já tinha uma vaga idéia de quem a jovem Eloíse era filha. Bem provável que fosse filha de uma famosa bióloga de uma família tradicional e antiga da cidade. Mão de Fogo disse para Hudson:</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Encontrarei a jovem que fala... mas farei isso por causa dessa menina...</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Eloíse sorriu e praticamente pulou no pescoço do herói ignorando seus ferimentos. Mão de Fogo já tinha se esquecido do calor humano e gostou de saber que ainda existia inocência e bondade em uma pessoa. Hudson sentiu que parte de sua missão estava cumprida, então perguntou: </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Por acaso você tem visto o vilão Lançador de Adagas? </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Morto pelos Extremos. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Hudson ficou pasmo, pois sabia que ele era a melhor chance de conseguir tirar o importante doutor Marrou da cadeia. Mão de Fogo conhecia a história tão bem quanto o detetive e para tranquiliza-lo disse: </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Esqueça o Lançador de Adagas... Procure algum dos Extremos, pois com certeza estão envolvidos... Eles me deixaram assim. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quais deles? -perguntou Hudson.</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Fogo Grego, Cortador e Albatroz. Os três fugiram, mas graças a eles achei Eloíse. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Pena que teve de pagar um alto preço pela informação.</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Há penas que valem o esforço de serem cumpridas. Assim como algumas promessas... -comentou Mão de Fogo.</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quando tiver em melhor estado e puder procurar a minha cliente venha falar comigo no...</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-No seu escritório! É, eu sei. -disse o herói de roupa vermelha. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Chegamos! -disse Hudson parando o carro abruptamente. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">A casa de Eloíse está rodeada de carros de polícia e oficiais caminham para todos os lados. O carro de Hudson chamou a atenção de todos pela forma como chegou. A mãe de Eloíse, Fabiana, pensou ter ouvido um grito de criança, então foi abrindo caminho entre os curiosos. Eloíse pulou do carro esquecendo o Mão de Fogo. Hudson foi verificar o estado do herói. Eloíse correu para os braços da mãe quando conseguiu visualiza-la. Fabiana abraçou-a e carregou aos céus girando em uma pequena valsa. Os policiais pularam de alegria, alguns curiosos começaram a derramar lágrimas de felicidade, alguns familiares de Eloíse chegaram perto das duas e tocaram os cabelos da jovem. Hudson retirou Mão de Fogo do carro. Os policiais ao reconhecerem o herói levaram as mãos as suas armas. Hudson ficou à frente temendo que eles começassem um ataque. Fabiana e Eloíse choravam de alegria enquanto a tensão chegava ao limite. Alguns oficiais perceberam as feridas e o sangue em Mão de Fogo e deixaram suas armas. Hudson disse em voz alta para todos:</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Este homem e herói salvou esta criança. Peço que deixem ele ir. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mas ele é um procurado da justiça detetive Carlton! -disse um oficial de bigode. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O certo seria prendermos ele enquanto está assim fraco. -comentou outro. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não! -gritou Fabiana parando alguns policiais mais ousados. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Mão de Fogo já tinha relaxado com a missão cumprida e seu corpo parecia mais morto do que vivo. Hudson o mantinha de pé com dificuldade. Fabiana aproximou-se e apertou a mão de Mão de Fogo dizendo: </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu não tenho palavras para lhe agradecer o que fez por mim e por minha filha. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mãe! Ele é meu herói! -disse Eloíse. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ainda querem prender esse homem? -disse Hudson ameaçadoramente.</span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não hoje detetive. Hoje ele merece uma chance. -comentou o policial de bigode. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Fabiana e Eloíse abraçaram Mão de Fogo que se sentiu vivo de novo, seu corpo pareceu ganhar vida nova com aquele calor humano e gentil. Todos resolveram se aproximar para se unirem ao herói e as duas mulheres. Hudson se afastou um pouco para ver a sujeira no banco de trás deixada pelo herói e viu que este havia perdido uma quantidade considerável de sangue. Mão de Fogo sentiu uma presença estranha ao redor do local e parou de sentir o bom calor trazido pelas pessoas a seu lado. Um conjunto de explosões começaram a acontecer não muito distante da casa e os policiais correram para ver. A vontade de servir e proteger falou mais alto que a festa e o calor humano. Mão de Fogo afastou Fabiana e Eloíse carinhosamente. Fabiana o agarrou e o beijou na boca. Eloíse ficou impressionada e ao mesmo tempo feliz. Hudson saiu do carro e se deparou com a romântica cena não sabendo se ficava feliz ou triste, pois lembrou da jovem Glória Glen, uma apaixonada pelo Mão de Fogo. Fabiana queria continuar beijando o herói que retribuiu seu beijo com gentileza, mas este desapareceu diante de seus olhos. Hudson sentiu um vulto aparecer e desaparecer de repente. Os policiais voltaram correndo e encontraram Fabiana, Eloíse e Hudson abismados com o sumiço do herói. </span></div><div align="justify" class="western" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><br />
</div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-90471811710966050142011-04-13T15:06:00.000-07:002011-04-13T15:06:52.970-07:00Capitulo 14: Combate por uma criança<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDb17AMuMTZE6FnmIUZqso_6pH-35Lb6rtVlnFI1i2YHdm_Z26d680sGCjkvrnIdXp_eZ8Lx01be6l6Oc6yky4PrZH7gajcnMsBDe-2ptb61erX5vbDBUChoEDktGjM793-yarER5BT8U/s1600/menina-chorando.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDb17AMuMTZE6FnmIUZqso_6pH-35Lb6rtVlnFI1i2YHdm_Z26d680sGCjkvrnIdXp_eZ8Lx01be6l6Oc6yky4PrZH7gajcnMsBDe-2ptb61erX5vbDBUChoEDktGjM793-yarER5BT8U/s640/menina-chorando.jpg" width="640" /></a></div><br />
<br />
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capitulo 14: Combate por uma criança</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Raios Estáticos, um vilão degenerado e que gosta de humilhar os fracos está diante de um dilema ao ter de enfrentar dois grandes heróis da cidade de San Cristo. Um deles é o Mão de Fogo, que possui a capacidade de manipular o calor de forma que consegue produzir chamas de sua mão direita. No entanto, está muito ferido de uma batalha anterior e seu corpo começa a perder os sentidos sendo que a única coisa que o mantém alerta é a promessa que fez a uma mãe desesperada de recuperar sua filha chamada Eloíse de apenas 8 anos que foi sequestrada pelos capangas de Charles Jones. O outro herói é conhecido como Tornado por sua capacidade de manipular o ar criando de fortes brisas a grandes tufões. Tornado apareceu para ajudar Mão de Fogo com sua promessa e admira sua força de vontade. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Charles Jones é um bandido sem nenhum caráter que utilizou seus capangas que trabalham originalmente a serviço de uma grande família mafiosa, a dos Patrick, para sequestrar Eloíse, filha de uma famosa bióloga, assim desejando ter dois resgates pela menina sendo sua galinha dos ovos de ouro. Um resgate seria pago pela mãe da menina e o outro pela pessoa que o mandou seqüestrá-la. No entanto, Raios Estáticos a serviço mercenário de Patrick foi obrigar Jones a lhe jurar lealdade, mas neste momento apareceram os heróis interessados em salvar a criança. Os capangas de Jones aturdidos com a presença de tantos seres famosos ficaram esperando as ordens do vilão. Jones, por sua vez imagina uma forma de fugir da ira de Raios Estáticos, mas sabe que será difícil devido a fama do vilão. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O que estão esperando seus vermes! Atirem neles! -gritou Raios Estáticos fazendo os capangas reagirem. Mão de Fogo sentiu seus sentidos desaparecerem, mas antes de cair foi amparado por Tornado. Os capangas começaram a pegar suas armas, enquanto Raios Estáticos começou a juntar sua energia violeta ao redor dos braços planejando lançar um ataque aos heróis. Mão de Fogo cochichou:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Tornado!... Cuide do Raios Estáticos lá fora... Cuidarei dos outros...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mas...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Apenas faça!... Confie... em mim! -disse Mão de Fogo sentindo a voz faltar nas reticências. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Os capangas começaram a atirar. As balas voaram sobre os heróis que procuraram se esquivar utilizando elementos da sala para escapar como o lustre no teto, a porta de entrada, uma coluna lateral, uma cômoda e uma caixa de arquivos que se tornaram pedaços de queijo diante do volume de tiros recebidos. Mão de Fogo conseguiu sair ileso da saraivada, correu entre dois capangas que atiraram um no outro. Walters, um dos capangas mais ousados de Jones puxou Cooper e Bohnen para seu lado. Mão de Fogo viu de relance dois capangas caírem para trás. Raios Estáticos lançou sua esfera de energia violeta encontrando uma cortina de ar criada pelo Tornado. Os dois golpes colidiram formando uma pequena explosão no centro da sala. Os capangas correram assustados, Mão de Fogo rolou pelo chão vendo seu sangue respingar. Raios Estáticos usou o lustre destruído como impulso de forma a passar toda a confusão, então atacou Tornado com um chute duplo no tórax. Tornado rolou para a rua, enquanto Raios Estáticos tentou lançar outra esfera de energia que destruiu parte do asfalto, pois o herói escapou com uma cambalhota lateral. Os olhos negros penetrantes do vilão encontraram a ocultação definida pela máscara de carnaval verde com uma listra cinza do herói. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Charles Jones aproveitou a confusão para fugir, mas foi pego por um soco lateral de Walters que o deixou desmaiado no chão. Mão de Fogo mandou um lança-chamas que envolveu Bohnen fazendo os outros capangas ficarem amedrontados. Barrett tentou acalma-los com um grito de ordem, mas não o ouviram. Darnell correu para perto da escada onde se escondeu a jovem Eloíse, mas acabou se batendo com um jovem chamado Morison com uma aparência infantil. Os dois começaram uma briga particular sem motivo. Mão de Fogo acertou um lança-chamas no peito de um homem de boné vermelho o lançando sobre a cômoda com a metralhadora em punho. Walters rolando pelo chão verificou o estado do homem que morreu de olhos abertos. Bickford, um capanga baixinho que mais parecia um anão tentou atirar nas costas do herói, mas este pressentiu o ataque, então rodopiou como se estivesse dançando. Bickford atirou em um homem loiro de olhos verdes que morreu cuspindo sangue pela boca. Walters gritou de forma a ser ouvido:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Se matarmos esse cara ficaremos famosos! Vamos gente! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Mão de Fogo guiou-se pelo som da voz de Walters, criou uma bola de fogo em sua mão direita e a lançou de lado. A bola de fogo passou à frente dos olhos de um homem obeso, de Bickford e depois pelas costas de Cooper indo acertar a costela esquerda de Walters. Bickford arregalou os olhos ao ver as chamas criadas no tronco de Walters que procurou apaga-las comicamente as assoprando com a ajuda do atrapalhado Cooper. Mão de Fogo percebeu que suas energias pareciam terminar e que talvez não pudesse lançar mais chamas como a que estava eliminando Walters. Darnell e Morison ainda trocavam socos no chão. Barrett chamou um homem musculoso de blusa vermelha manchada de azul com uma escopeta para tentar matar Mão de Fogo, mas este desapareceu ante as balas lançadas por Bickford, um homem obeso chamado Ruman e outro com uma cicatriz no rosto chamado Yurka. Os três eram os únicos que sustentavam fogo contra o herói que pareceu sumir com a cortina de fumaça. Walters definhou até a morte enquanto Cooper desesperado tentou fugir pela porta, mas recebeu um tiro na cabeça dado por Barrett que disse em seguida:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não iremos morrer sozinhos Cooper! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">O homem musculoso acenou para Barrett mostrando que Jones estava acordando. Mão de Fogo se esgueirou por uma pilastra tentando sentir o momento certo para atacar. Eloíse tapava seus ouvidos para não ouvir os tiros que ecoavam pela sala. Morison recebeu uma facada na barriga dada por Darnell que andou agachado para se aproximar de Eloíse. A menina percebeu o velho asqueroso que tinha prazer em sodomizar a filha e depois fez o mesmo com a neta. Eloíse viu a maldade em seus olhos e rezou pedindo por sua mãe. Mão de Fogo percebeu o velho, mas não podia atingi-lo sem machucar a menina. Bickford, baixinho e esperto encontrou o herói com um grito animado. Barrett puxou duas pistolas e começou a destruir a pilastra. O homem musculoso usou sua escopeta abrindo um grande buraco na estrutura. Mão de Fogo correu pelo teto de cabeça para baixo, deu uma cambalhota segurando as pernas e terminou com um chute no pescoço do musculoso que largou sua escopeta ao chão. Barrett estava tão perto dele que escorregou. Mão de Fogo girou o corpo para escapar das balas lançadas por Bickford, Yurka e Ruman, então mandou um lança-chamas bem fraco para queimar os rostos de Barrett e do musculoso. Barrett levantou recebendo as chamas em seu rosto ficando completamente desfigurado e chorando de horror. O musculoso simplesmente faleceu antes de receber todo o impacto do golpe. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394;"><span style="font-size: large;">Jones escondeu-se na cozinha esperando a batalha terminar e rezando para que todos morressem nela, principalmente o odioso Raios Estáticos que o humilhou tanto. Eloíse tentou subir as escadas sendo detida pelo velho Darnell que arranhava suas pernas desejando toca-la. Mão de Fogo segurou seu tórax escondido atrás de um arquivo, enquanto respirava com dificuldade. Bickford, Yurka e Ruman continuavam tentando mata-lo. Barrett tentando recuperar seu rosto o coçou retirando grande parte da pele que caiu sobre o tapete em uma cena de grande nojeira. Os três atiradores não pararam de destruir o armário onde todos sonhavam ter uma arma de maior calibre para poder mandar o herói desta para melhor. Do lado de fora da casa se ouviam vozes e algumas explosões da batalha entre Raios Estáticos e Tornado. [<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Essa batalha será mostrada detalhadamente em outro capítulo]</span></span></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">Mão de Fogo respirou fundo, calculou aproximadamente onde estão seus inimigos, encheu o arquivo que o protegia de fogo, criando uma espécie de armário retangular de fogo e metal queimado, então chutou a estrutura sobre os três atiradores. Yurka e Ruman foram lentos e acabaram esmagados pelo móvel. Bickford perdeu sua mão direita ao tentar escapar do ataque. Mão de Fogo observou que o baixinho perdeu sua mão ao rolar pelo chão destruído. Bickford ouviu um gemido na cozinha e foi para lá correndo, mas recebeu um lança-chamas nas costas que o jogou ao teto inicialmente e depois caindo de buços no chão. Eloíse fugiu de Darnell e atingiu o andar superior. Mão de Fogo sentiu os sentidos desaparecerem de repente e caiu de buços perto do corpo de Bickford. </span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">Eloíse chegou ao quarto onde ficou trancada por algum tempo. Darnell a seguiu enquanto gritava no corredor:</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Você vai ser minha menina! Agora vai sim! Só minha!</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">A baba do velhote caía pela camisa amarrotada fazendo aflorar ainda mais seus repulsivos desejos. Eloíse tentou trancar a porta do quarto, mas Darnell a abriu com um chute fazendo a jovem cair no tapete com as pernas abertas. Darnell achou que era um convite a um banquete, então seus lábios se moveram sentindo o gosto da felicidade no ar, mostrando assim seus dentes que estavam quase caindo. Eloíse arregalou os olhos ao ver o velho se agachar com olhos de maníaco, pensou em correr, mas suas perninhas não a obedeciam, pensou em sua mãe, mas o medo tomou conta de seu espírito e isso a levou a paralisia total. Darnell saboreou o pânico da garota e suas mãos trêmulas sacudiam ao sabor do vento enquanto a luz da lua penetrava o escuro ambiente. Eloíse derramou lágrimas para demonstrar sua rejeição e pediu perdão a mãe por todas as suas desobediências e malcriações. Darnell ergueu o vestido de Eloíse e pacientemente procurou puxar sua calcinha. Eloíse procurou forças em seu coração e gritou: </span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Alguém me ajude! </span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">Darnell colocou o dedo em sua própria boca incentivando o silêncio, enquanto seus olhos brilhavam de emoção e desejo ao ver as perninhas da jovem se abrindo ainda mais, então disse:</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Ninguém vai te ajudar delicinha! É toda minha!</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">Darnell aumentou seu sorriso mostrando chegar a um êxtase de perversidade inimaginável a uma pessoa comum. Eloíse derramava suas lágrimas sentindo o fim chegar. Darnell puxou violentamente a calcinha da jovem e esta soltou um grito abafado em meio ao choro, então o chão tremeu, uma luz pareceu ecoar por toda a sala vindo do assoalho. Eloíse viu as cores na escuridão e se sentiu mais viva. Darnell começou a ficar preocupado, seus olhos se arregalaram no momento exato em que uma explosão ao lado dos dois revelou a figura ensaguentada mais perigosa do Mão de Fogo. Darnell tremeu ante a figura do herói e pulou de Eloíse como um cachorro assustado. Mão de Fogo apareceu no andar superior usando o calor que controla para impulsionar seu corpo para cima e com um soco destruiu o assoalho e a laje da casa de modo a encarar seu inimigo. Darnell cambaleou pelo chão demonstrando agora uma baba cheia de medo. Mão de Fogo caminhou ameaçadoramente para o velhote e apontou o dedo indicador. Eloíse respirou aliviada ao ser salva, então correu para debaixo da cama. Darnell balançou a cabeça negativamente e sua mente perdia um falso perdão por suas maldades. Mão de Fogo captou essa intenção de blasfêmia em seu repugnante olhar, então colocou seu punho em preparo e deu um forte soco na barriga do velho. Darnell cuspiu saliva, sangue e dentes enquanto seus olhos se arregalaram com a terrível dor que lhe acossava. Mão de Fogo o carregou e o jogou para perto da janela, fazendo Darnell quebrar algumas costelas. O velhote se arrastou temendo o próximo movimento do herói. Mão de Fogo disse:</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Não irei mata-lo aqui velhote por causa da menina. Ela não merece ver isso! Mas não te deixarei impune!... Tome isto! </span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">Mão de Fogo lançou um pequeno lança-chamas sobre os olhos de Darnell. Este levou as mãos ao rosto e gritou de terror, então perdeu o equilíbrio do corpo, sentiu o chão faltar e caiu pela janela quebrando o vidro. Mão de Fogo tentou nivelar sua raiva para não assustar ainda mais a criança. Eloíse se aproximou timidamente e o herói se agachou como um cavaleiro e lhe disse:</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Vim te levar para casa em nome de uma promessa que fiz... a sua mãe! </span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Mamãe... -disse Eloíse chorando enquanto correu para abraçar o herói ferido. Mão de Fogo não se importou com o aumento da dor, até porque diante de tantos perigos estava próximo de cumprir o que foi prometido. </span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">Darnell abriu seus asquerosos olhos dando de encontro com a beleza das estrelas, sem contudo, poder admira-las. O velhote sentia seu corpo doer em várias partes, sobretudo nas costelas e nos olhos. Então se deu conta que não tinha mais seus olhos, que eles foram levados pelo Mão de Fogo quando estava tão perto de pegar sua tão desejada delicinha. O velhote ergueu-se tateando uma parede e tentando usar seus outros sentidos. Seus ouvidos captaram um estranho ruído que mais parecia uma cobra a rastejar no asfalto. Darnell observou que seria uma cobra e tanto para fazer tamanho barulho. Caminhou segurando a parede e odiando o Mão de Fogo em cada passo. Lembrou de seus colegas, os capangas de Jones, e viu alguns de seus rostos mortos em uma batalha cruel, mas não sentiu pena deles, pois nenhum deles teve o mesmo destino horrendo que teve, o destino insólito de ficar cego. Os rangidos aumentaram até o momento que sentiu seu corpo ser erguido aos céus e seja o que for o parou de cabeça para baixo a meia altura. Uma voz metálica lembrando a de um computador soou forte na esquina: </span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Você irá servir ao meu propósito! </span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Não! -gritou Darnell sendo levado por uma criatura que julgou ter seis braços de acordo com o que sentia sua pele. Darnell pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É tudo culpa sua Mão de Fogo! Culpa sua!</span>”</span></span></div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-69373699007974296962011-04-04T19:15:00.000-07:002011-04-04T19:15:58.299-07:00Capítulo 13: Jure lealdade!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.garotadpi.com.br/wp-content/arquivos/purple-nurple.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" r6="true" src="http://www.garotadpi.com.br/wp-content/arquivos/purple-nurple.gif" width="640" /></a></div><br />
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capitulo 13: Jure lealdade!</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Charles Jones sentado em sua poltrona em espaço amplo de sua casa no Quarto Distrito observava os presentes com desconfiança. Seus capangas à frente o olhavam com temeridade. Jones com olhos negros completamente frios procurou sentir o que seus homens estavam pensando e se planejavam trai-lo. Sequestrou a filha de uma mulher importante tendo a menina apenas 8 anos de idade e isso poderia faze-lo se tornar o inimigo público número um, mas não importava desde que ganhasse a grana que o prometeram. Seus capangas fiéis a um chefe de maior escalão chamado Patrick não concordaram desde o início com a trama. Agora, observando-os temia que algum tivesse dado pistas sobre seu plano e revelado o esconderijo do grupo apenas para ganhar pontos com o chefão. Um dos capangas ergueu o dedo timidamente:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Chefe! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Fale Morison. -respondeu Jones calmamente fixando os olhos no rapaz de cabelos loiros curtos.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Acho que falo em nome de todos quando digo que estamos em perigo com essa menina aqui. -disse Morison engolindo a saliva com medo da retaliação.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Apoiado Morison! -gritaram outros três em meio aos capangas. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não quero desculpas e nem saber dos seus medos Morison. Não seje tão infantil quanto sua aparência! A menina ficará sob minha custódia até receber a quantia que desejo. As duas quantias! -disse Jones com um sorriso macabro em seus grossos lábios.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O chefe é mal mesmo né! -cochichou um capanga para outro que respondeu:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Só aquele olhar dele as vezes dá medo. Dizem que foi por isso que o Patrick colocou ele no comando desse grupo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não é só isso não parceiro! Dizem por aí que Jones é famoso por fazer jogo duplo e essa armação de agora é a prova disso. -disse o primeiro, mas outro capanga ouviu e cochichou para os dois:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sequestrar a garotinha foi fácil, mas conseguir o dinheiro do resgate e o dinheiro do contratante é que vai ser difícil. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Espero que ele divida com a gente! -disse o primeiro rindo maliciosamente que acabou sendo ouvido por Jones:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não se preocupem colegas! Eu darei parte da grana a vocês como prometido e verão que serem completamente leais ao Patrick é uma tolice, como a qualquer um!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hum! E se ele descobrir chefe?! -perguntou um baixinho chamado Bickford. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ele não vai descobrir a não ser que alguém dessa sala me traía! E se por acaso eu descobrir um traidor... Tenham pena dele! -disse Jones fazendo um mortal silêncio em suas reticências.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ei Darnell vai ver se a menina está bem? Precisamos dela viva! -ordenou um homem alto e corpulento chamado Barrett. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hum! E eu posso...? -perguntou Darrell, um homem idoso e desdentado com um sorriso malicioso. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não, é claro que não pode, pelo menos não por enquanto. -disse Barrett.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você não dá ordens Barrett! O chefe é o Jones! -gritou um capanga ao fundo criando conversas paralelas entre os homens. Jones chamou atenção usando um cajado ao lado de sua poltrona onde o bateu fortemente na parede atrás de si. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O Barrett é meu auxiliar Walters! Espero não ter nada contra isso?! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Walters colocou a mão na boca e deu passo para trás. Barrett se sentiu vingado e mostrou um sorriso ousado que desapareceu diante da frase seguinte de seu mestre:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Barrett, mesmo assim se lembre que o único cacique dessa tribo sou eu!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Os homens cochicharam entre si debochando do grandalhão Barrett que ficou vermelho de raiva e vergonha com vontade de usar sua metralhadora portátil em todos. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Dingle e Cordoba vão ver a garota e me informem seu estado de saúde. Devo avisar que não devem tocar nela e digo isso em nenhum sentido! -continuou Jones fazendo os dois homens correrem para o andar superior passando por uma longa escada. Darnell ficou enciumado e cruzou os braços. Jones pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se eu mandasse o velhote nojento do Darnell ele comeria a menina sem dó nem piedade como faz com a neta e como fez com a filha dele. E essa Eloíse é minha galinha dos ovos de ouro e preciso que ela continue brilhando</span>”. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Barrett chamou a atenção de Jones para um homem de sobretudo preto e capuz perto da porta de entrada. Jones franziu o cenho e gritou:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Homens detenham o invasor! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Calma aí! Bem quietinhos agora! -gritou o inimigo de sobretudo revelando sua face. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Os homens titubearam e alguns guardaram suas pistolas que retiraram ao ouvir a ordem de seu líder. Jones ainda não tinha reconhecido a criatura, mas Barrett tremia de medo ante a figura do vilão conhecido como Raios Estáticos. É um homem de olhos negros penetrantes sem quase nenhum brilho, testa acentuada, pele branca e cabelos pretos lisos aonde alguns fios tocam seus ombros. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Raios Estáticos... -disse Jones quase perdendo a voz e seus olhos crescendo como se tivesse entrado em um pesadelo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Me deixa alegre lembrando de mim Jones, principalmente que vim aqui em sua homenagem. É uma honra ter a minha visita não acha?! -disse Raios Estáticos com um sorriso malicioso nos lábios. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Claro que é! Você é um grande homem para nós. Um cara que enfrenta esses heroizinhos de merda da cidade e trabalhou com os grandes. Sim, é o cara pra nós! -disse Jones esfregando as mãos em falsa humildade.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Raios Estáticos começou a andar e os capangas lhe abriram passagem com reverência e medo. O vilão os observou com cara de nojo pensando “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que monte de bosta tenho aqui</span>”. Jones ergueu-se de sua poltrona acolchoada e a ofereceu para o visitante. Raios Estáticos não fez cerimônia e sentou colocando suas pernas em formato do número quatro. Os capangas continuaram olhando o centro do poder timidamente, onde agora se encontravam Raios Estáticos, o humilde e amedrontado Jones e o aterrorizado Barrett colocado em terceiro no comando pelo que sua mente calculava. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Jones?! -disse Raios Estáticos que ficou alguns minutos decorando os rostos dos capangas usando seus poderosos olhos. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Em que posso ajuda-lo?! -disse Jones quase se agachando. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Fiquei sabendo que você tem uma menina no andar de cima. É verdade? Seu nome é... Eloíse! Filha de uma famosa bióloga. E sabe também que essa área de ecologia pertence a linha dos Keller? Sabe que poderia criar uma guerra entre os chefões por causa disso? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mas...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ainda tenta refutar as acusações?! -gritou Raios Estáticos mostrando irritação. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não é que...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Que você pensou que poderia enganar um dos chefões do crime da cidade. Pensou que poderia enganar a família Keller também? Eu duvido que um líder de gangue possa ser tão burro! -disse Raios Estáticos imperioso.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Os capangas começaram a rir e Raios Estáticos os fez rir ainda mais os excitando com as mãos para envergonhar ainda mais Jones. Barrett estava quase desmoronando de medo e deu alguns passos em direção a parede lateral. Raios Estáticos o fulminou com seu olhar e o homem quase teve um ataque do coração, onde seus batimentos se elevaram assustadoramente. Jones curvou a cabeça assentindo em seus erros, então Raios Estáticos saiu de sua posição de rei e ficou mais alto que o sequestrador:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Jura total lealdade a Patrick, Charles Jones? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Jones arregalou os olhos temendo perder a grana para seu contratante que obviamente não era o poderoso chefão Patrick e o dinheiro que pedira pelo resgate. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Estou esperando Jones! -reclamou Raios Estáticos. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu... -disse Jones interrompido pelos berros de uma menina e a voz irritante de Dingle:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Chefe! A garota tentou fugir pela janela! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Os capangas tentaram calar Dingle, mas era tarde, pois Raios Estáticos ergueu seu punho, onde apareceu uma energia com uma cor próxima do violeta, então ela se dispersou pela região do braço e voltou ao punho quase que imediatamente. Uma esfera dessa energia rodopiou o punho de Raios Estáticos que lançou diretamente na cabeça de Dingle. O homem girou quatro vezes no ar, pois seu queixo recebeu o maior impacto até cair de buços perto da porta de entrada. Raios Estáticos emburrado acenou para os capangas recapturarem Eloíse que planejou correr para cozinha. Walters puxou um comparsa chamado Bohnen e deteram a jovem cada um usando uma mão, para a infelicidade do velho Darnell que foi o primeiro a ver o aceno do vilão. Seus olhos babaram com a espectativa, mas ficaram fugidios ante a derrota. Walters levou a menina ao centro do poder, onde Jones se tornou um mero espectro da imagem que era. Raios Estáticos analisou a menina com um olhar aparentemente doce, mas guardando um sentimento cruel, então disse para Walters:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Segure-a bem! Ela é pequena mais é esperta. Se ela fugir irá morrer como o outro! -disse o vilão referindo-se a Dingle que teve seu pescoço deslocado diante do golpe energético. Raios Estáticos tem o poder de gerar e mandar cargas concussivas de seus punhos, sendo-lhe um poder antigo e que está completamente acostumado a usar, inclusive analisando direções e posições de seus inimigos. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Jones estou esperando! Jure lealdade a Patrick!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Raios Estáticos eu estou certo que podemos dividir os lucros dessa empreitada... -disse Jones com total desaprovação de seus capangas que se sentiram lesados diante da incompetência de seu chefe. Raios Estáticos esbofeteou Jones o jogando ao chão fazendo os homens rirem ao vê-lo pisar sobre as costas de seu derrotado chefe. Eloíse de irritada chegou a rir também ante a situação de seu primeiro captor, sentindo-se de certa forma vingada. Pensou em sua querida mãe “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ah mamãe, como eu quelia estar em seus braços! Ser abracada devagarinho como só ela faz e depois me confortá, estou tão sozinha aqui!</span>”. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não existe negociação com fracos como você Charles Jones! A ordem deste mundo é a ordem do poder. Quem tem mais poder merece ganhar e sobrepujar os fracos e inocentes! -disse Raios Estáticos em um tom de voz macabro e criando sua energia quase lilás ao redor dos braços ameaçando atacar Jones ainda deitado. Os capangas tremeram diante do que estava para acontecer, mas Raios Estáticos abaixou o tom de voz e disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Jure lealdade fraco?! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Era possível ver alegria nos olhos de Raios Estáticos ao humilhar e torturar Jones, mas teve uma surpresa ao sentir uma forte compressão no peito, então foi atirado sobre o corrimão da escada quebrando o material em sua queda. Raios Estáticos não acreditou que seu corpo foi atingido e não pôde sentir da onde veio o golpe. Os capangas assustados viraram para trás e encontraram dois homens, um usando uma roupa quase toda vermelha, mas muito ferido e ensaguentado e outro com roupa verde impecável e aparentando felicidade em seu sorriso sob uma máscara de carnaval verde com listras brancas. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu não acredito... que salvei um bandido... da morte certa! -comentou o de roupa vermelha caminhando com dificuldade. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É amigo. Há sempre uma primeira vez! -comentou o de roupa verde. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quem são? -disse Barrett. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não pôde ser! -gritou Morison. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mais é! Preparem-se! -gritou Bickford. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Tornado e Mão de Fogo! -reclamou Raios Estáticos limpando a sujeira de sua roupa. -Vai ser um prazer enfrentar vocês... Me deixaram irritado! </span></div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-58771246633315739632011-03-30T15:41:00.000-07:002011-03-30T15:41:13.409-07:00Capitulo 12: O Taxista e a Determinação de um homem<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBSSZg-oiGaHfrM-I79txOGD_CyyVSfl-bDx7Ti7W4-Q9gOTUs0A_crzD0S3HpMk_xUFrHxExqMaIjGG0qSIVE56UBD40N7XBE5Z1Yyn8H9kbK0IaodbL5OKfFS9xZAyvCMdB1rH83/s1600/new_york_2006-058taxi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBSSZg-oiGaHfrM-I79txOGD_CyyVSfl-bDx7Ti7W4-Q9gOTUs0A_crzD0S3HpMk_xUFrHxExqMaIjGG0qSIVE56UBD40N7XBE5Z1Yyn8H9kbK0IaodbL5OKfFS9xZAyvCMdB1rH83/s640/new_york_2006-058taxi.jpg" width="640" /></a></div><br />
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<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capitulo 12: O taxista e a determinação de um homem</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Marcus Rivera é motorista de táxi a dez anos e conhece quase toda a San Cristo, inclusive seus becos escuros e a mais profunda podridão humana que ali se instala. Seu roteiro definido pela empresa é um dos mais temidos pelos taxistas em geral. O trajeto entre o Segundo e o Quarto Distrito, ou melhor, o trajeto da área quase rica para a mais nojenta, onde se predomina a vontade de cafetões, traficantes, bandidos menores e vilões poderosos que vão além da imaginação em sua maldade. Marcus como um bom cidadão sabia puxar o carro quando via problemas deixando muitos de seus clientes na mão na hora de um assalto ou de um ataque, pois no fundo sentia a necessidade da sobrevivência e pensava em sua família, sua esposa e seus dois filhos. No entanto, para aliviar suas dores utiliza seu pobre dinheiro para comprar bebidas nas noites em que não trabalha e dessa forma relaxar a mente em bares escondidos. Seu preferido é o Bar da Princesa, onde costuma tomar seus drinques com seus amigos, pois é uma área protegida por vários heróis e assim se sente seguro.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O taxista sentado em seu carro resolveu fumar, enquanto isso observou as pessoas que passavam pelas ruas sob o luar do segundo distrito da cidade de San Cristo. Seu olhar rápido acostumado com a direção virou para um grupo de mulheres bem maquiadas e com roupas vulgares arrastando jovens de terno e gravata para uma esquina. Marcus já sabia o que ia rolar e se excitava imaginando as cenas, pois em casa sofria a rejeição da mulher sempre tristonha e ligada em seus afazeres domésticos. Pensou “</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que se dane! Tenho vontade mesmo de pegar uma vadia e me divertir! É meu direito como um homem droga!... Mas tem as crianças, tenho de pensar nelas também... Mas pensando nelas é isso que um homem faz, precisa gastar suas energias e o sexo é a única forma de satisfação plena. Se minha mulher não quer, outras com certeza irão querer!</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">”. Marcus respirou fundo e tentou abandonar tais pensamentos delituosos, até porque entrou um cliente e resolveu prestar atenção nele para ver se não era um ladrão. Notou ser um homem de boa aparência, jovem da casa dos vinte anos, cabelos pretos lisos curtos com um creme por cima, perfume de shopping parecia cobrir seu paletó e percebeu que tinha modos ao ver como fechou delicadamente a porta do táxi. </span></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Pra onde chefia?! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quarto Distrito! -disse o homem com uma voz que soou um tanto desesperada.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Marcus sentiu apreensão na voz do homem e continuou olhando para trás para ter certeza do destino, a qual o homem acenou com a mão mandando puxar o carro. O taxista ficou observando o jovem pelo retrovisor e pensou em seu filho “</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ah Lucas não vejo a hora de você chegar nessa idade e sair pra pegar suas garotas. Se divertir como na época de seu pai, isso sim seria bom, mas do jeito que está indo estou começando a me preocupar. Não quer sair com nenhuma garota e anda com aquele menino estranho... Deus! Estou desconfiando da masculinidade de meu menino, mas se ele... se ele sequer pensar em ser isso... eu o mato. Não vou agüentar essa vergonha!</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">”. </span></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Cuidado cara! Não vá nos matar hein! -gritou o jovem ao ver que o taxista quase deixou o carro bater numa Van que passou em alta velocidade numa transversal. Marcus resmungou de modo a dizer que sabia o que estava fazendo, mas o jovem não ficou convencido e segurou fortemente a porta ao seu lado. Marcus sorriu levemente ante o medo do rapaz, mas sua delicadeza fazia lembrar vagamente seu filho Lucas de apenas dezesseis anos. Com o filho em mente pensou em sua filha, Maria, que estava prestes a fazer dez anos e é a princesinha da família, onde todos a protegem e fazem suas vontades, porém temia seu crescimento como qualquer pai muito zeloso e assim imaginava um tipo de homem que poderia agradar sua filha e não desagrada-lo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Marcus fez um retorno de modo a penetrar no Quarto Distrito e imediatamente fez o sinal da cruz como se estivesse próximo de uma Igreja, em sua mente saiam as mais diversas e confusas orações. O jovem no banco de trás apertou uma das mãos sobre a coxa e olhou ao seu redor como se estivesse em uma selva. Marcus não via muita diferença entre uma selva e o distrito mais perigoso da cidade, onde a morte e a dor estavam à espreita em cada esquina e os heróis quase não entravam diante de tantos inimigos. O táxi ao entrar numa rua com pouca iluminação deu sinais de que ia dar algum problema. Marcus percebeu o problema e acelerou o carro dando em uma rua mais larga, onde encontrou curiosos espalhados pela rua e um cenário de grande destruição, onde percebeu um hidrante jorrando água, duas imensas crateras abertas no asfalto, algumas casas sacudidas por uma força intensa como se tivesse passado um furacão. O jovem no banco de trás tremeu com a situação que surgiu diante de seus olhos e levou às mãos a boca. Marcus cochichou:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É assim mesmo chefia! Aqui acontece direto brigas assim. Se bem que essa parece que envolveu gente importante...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É melhor você ir pra outra rua não... </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Uma cortina de terra pareceu surgir à frente do carro e um homem com tesouras no lugar dos braços mostrou sua ameaçadora face encarando o táxi de frente. O jovem no banco de trás tentou gritar, mas a voz faltou em sua garganta. Marcus girou o carro desviando do perigoso homem de olhos acinzentados. As tesouras em seus braços reagiram ao movimento do carro e desejaram fatia-lo imediatamente. Marcus reconheceu o vilão conhecido como Cortador e sentiu um calafrio na espinha, porém para sua sorte, o vilão ignorou completamente o carro e caminhou para perto de uma das crateras. Marcus saiu do carro querendo vez mais sob os protestos do jovem do banco de trás. Cortador aproximou-se de um corpo deitado no asfalto revolvido por terra e pedaços de pedra, onde surgia sangue ao seu redor que brotava do corpo como um rio. Marcus percebeu uma mulher em estado de choque próxima ao local e reconheceu ser uma prostituta, seus olhos rapidamente viraram para o corpo do homem de roupa vermelha. Cortador ergueu uma de suas tesouras e disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hora de morrer herói maldito! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A tesoura de Cortador tinha como objetivo separar a cabeça do corpo do jovem guerreiro derrotado. Marcus em algum lugar de seu ser queria impedir aquela cena se sentindo impotente. O jovem que estava no banco de trás saltou para fora e desapareceu entre os curiosos. Marcus virou para vê-lo por alguns segundos, mas ao voltar sua atenção para o Cortador e suas tesouras de carne no lugar dos braços notou que havia outro ser em pé ao seu lado. O homem de roupa vermelha começou a tentar se levantar. Marcus reconheceu o herói Mão de Fogo e arregalou os olhos diante de seu estado lamentável. Cortador parou sua tesoura no ar no momento em que ia decepar a cabeça do herói e resmungou palavras incompreensíveis para si mesmo. O homem ao seu lado possui belos </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="en-US">olhos azuis, fúria ao balançar seus longos cabelos negros lisos e um rosto marcado por um queixo fino. Cortador falou com ele em tom de desprezo:</span></span></span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Parece que nosso chefinho temporário nos mandou ir. </span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Droga! Logo agora que a gente ia eliminar esse safado! -gritou o homem de olhos azuis demonstrando em seus olhos todo o fogo que o faz ser conhecido em toda San Cristo como Fogo Grego. </span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Ei Albatroz! Você ouviu isso? -perguntou Cortador.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;"><span lang="en-US">-Pior que sim! Então vamos voar?! -disse Albatroz que é um homem com quase 3 metros de altura, com olhos negros, pele branca de alguém que raramente tomou um pouco de Sol, cabelos pretos curtos crespos e arrepiados para o alto e o mais incrível de tudo é que tem asas proporcionais ao seu corpo em suas costas. Fogo Grego fez uma cara de desprezo com a idéia e Cortador soltou um sorriso sarcástico para Mão de Fogo tentando erguer-se. </span></span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Parece que é seu fim de qualquer jeito Mão de Fogo. Prazer enfrenta-lo! -disse Cortador passando sua tesoura sobre o tórax do herói.</span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Também acho que ele vai morrer, mas queria estar aqui pra ver. -disse Fogo Grego tocando seu queixo fino desconfiado. </span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">Albatroz abriu suas longas asas e saiu de sua posição velozmente apenas para pegar Cortador e Fogo Grego. Os dois arregalaram seus olhos de temor com a altura enquanto os três saíam de cena voando sobre os casebres do distrito. A prostituta correu para ajudar Mão de Fogo e outros curiosos iam fazer o mesmo, mas uma voz imperiosa os parou:</span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Eu cuido dele a partir de agora! </span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Ora se não é o Tornado... Chegou meio tarde amigo... -sussurrou Mão de Fogo.</span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">Marcus observou um homem com uma roupa verde que praticamente foi levado por uma brisa para perto do herói derrotado. A prostituta parou seu movimento e encarou Tornado com desconfiança, em sua face caíam lágrimas desesperadas. Marcus e os curiosos ao redor puderam sentir seu desespero. Tornado a ignorou e ficou olhando os ferimentos do colega e disse:</span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Preciso leva-lo aos Curadores. </span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Não!... Agora não! Primeiro preciso... Ir a um lugar... Salvar... uma pessoa...</span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Nossa cara eu acho que você não vai agüentar. Seus ferimentos vão abrir ainda mais. Eu acho melhor...</span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Faça o que eu peço, por favor! -gritou Mão de Fogo.</span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">Marcus sentiu um calafrio na espinha diante dos segundos de espera expressados pela face coberta por uma máscara de carnaval verde com uma listra cinza do Tornado. Os curiosos começaram a se dispersar com o final da luta e ao longe se ouvia as sirenes da polícia que sempre chegava tarde demais por estas bandas. Tornado ajudou Mão de Fogo a se levantar, o apoiou em seu ombro e este sussurrou em seu ouvido: </span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Me leve a dois quarteirões daqui... Preciso cumprir o que prometi...</span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Por isso vale a pena morrer?</span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">-Não. Mas vale a pena evitar que alguém morra. -comentou Mão de Fogo com um leve sorriso na face imaginando uma mãe abraçada a criança que prometeu salvar. </span></span></div><div align="justify" class="western" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><br />
</div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-91255715732747184462011-03-23T21:29:00.000-07:002011-03-23T21:29:18.290-07:00Capitulo 11: Cumprirei minha promessa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.enciclopedia.com.pt/images/Barringer_crater.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="388" r6="true" src="http://www.enciclopedia.com.pt/images/Barringer_crater.jpg" width="640" /></a></div><br />
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<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capitulo 11: Cumprirei minha promessa </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Sons ritmados no asfalto e uma mulher exuberante balança seus cabelos quase ruivos na calçada. Seus passos ousados e elegantes atraem os olhares mais diversos e perigosos dos homens que se sentem apertados por um intenso desejo. A mulher de nome Marcela Meyer é uma das milhares de prostitutas do perigoso Quarto Distrito da cidade de San Cristo. Uma mulher que usa um vestido preto fino e sapatos com salto vermelhos. Ela enlouquece os homens em seu movimentar, onde ficam abobalhados percebendo o valor inestimável de suas curvas. Ela pensava encontrar um figurão neste dia para faturar uma grana para se manter, pois temia não ter dinheiro para pagar seu cafetão. Não paga-lo é o mesmo que ir de encontro a morte. Marcela percebeu um mendigo vindo em sua direção completamente bêbado e vociferando palavras incompreensíveis. O mendigo que carregava diversos objetos plásticos e penduricalhos acenou para a jovem que via com cabelos loiros. Marcela achou a insinuação uma grande ofensa e virou as costas para o homem. Uma limusine passou lentamente pela rua procurando meninas para uma diversão. Marcela viu sua oportunidade, pois precisava do dinheiro, e uma parte de si, gostava da agitação da noite. A limusine pareceu percebê-la, mas acelerou quando chegaram perto do mendigo que fazia uma frenética dança de boas vindas. Marcela ficou emburrada e lançou uma garrafa em cima do mendigo que de tão bêbado quase não a sentiu. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Marcela ouviu um som atrás de si e depois uma explosão que alarmou seus sentidos. Várias pessoas saíram correndo de uma esquina e a prostituta ficou curiosa. O mendigo andou até a porta de um motel e ficou brincando de bulinar as moças que trabalhavam para o cafetão local que acenava do outro lado da rua para seus seguranças afastarem o bêbado. Marcela ignorou todos e foi para rua da onde saíram as pessoas encontrando três criaturas que se encaravam furiosamente. Um dos seres tem por volta de 3 metros de altura, com olhos negros, pele branca de alguém que raramente tomou um pouco de Sol, cabelos pretos curtos crespos e arrepiados para o alto e o mais incrível de tudo é que tinha asas proporcionais ao seu corpo em suas costas. Assim ela reconheceu o Albatroz. Observou o que estava no meio, que julgou ser a criatura conhecida como Cortador, tendo cabelos brancos lisos que tocam o meio das costas, olhar divertido, porém cruel numa cor acinzentada de difícil descrição e lábios avermelhados. E o último do outro lado percebeu ser o vilão Fogo Grego que possui olhos azuis, fúria ao balançar seus longos cabelos negros lisos e um rosto marcado por um queixo fino. Marcela ficou espantada ao ver os três vilões juntos e temia pelo homem que está do outro lado, o herói conhecido em toda San Cristo como Mão de Fogo. Um herói marcado por usar botas pretas e uma roupa vermelha composta por uma calça vermelha em tom de sangue e uma camisa de manga vermelha com um tom um pouco inferior a da calça, além de usar uma máscara vermelha que deixa apenas sua boca á mostra. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não vai aguentar contra nós Mão de Fogo. -disse Cortador abrindo os braços e fazendo-os tomarem a forma de uma tesoura fazendo sua pele e músculos ficarem esticados até se afunilarem na ponta. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Vai morrer! -disse Fogo Grego criando uma chama vermelha na palma da mão. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Vai me pagar por ter me atingido! -disse Albatroz apontando seu dedo indicador para Mão de Fogo que pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Droga! Não poderei cumprir minha promessa se tiver de enfrentar todos eles! Mas sei que também não poderei fugir de todos eles por muito tempo. Só há uma escolha que é ir com tudo que eu posso</span>”. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Albatroz abriu suas asas e voou rapidamente para Mão de Fogo. Fogo Grego mandou um lança-chamas com sua chama avermelhada fazendo Marcela ficar encantada pela beleza das chamas. Mão de Fogo gritou: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><b>Onda de Calor!</b></span> -da mão direita do guerreiro começaram a sair velozmente correntes de ar impregnadas de calor. As correntes foram fortes o suficiente para destruir as chamas vermelhas do Fogo Grego e paralisar o Albatroz em pleno vôo. Cortador sentiu algo errado no movimento do inimigo e deu dois saltos para trás ficando fora do alcance da onda de calor. Marcela sentiu o frescor do vento na corrente de ar e não pôde deixar de sorrir. Mão de Fogo ergueu sua mão direita ao céu como se quisesse tocar a lua e as estrelas e começou a soltar poderosos lança-chamas. Fogo Grego não entendeu o objetivo disso e por isso tentou mandar mais um de seus lança-chamas, mas teve uma surpresa, pois seu golpe praticamente foi impedido no início. Albatroz girou suas asas e conseguiu sair de sua posição incômoda e foi para alto de forma a ganhar altitude e dar um golpe mais potente em seu inimigo. Mão de Fogo sorriu ante a tentativa do Albatroz. Cortador gritou:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não faça isso seu idiota! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É. A ave já era! -comentou Fogo Grego.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Albatroz voou e percebeu que o calor lhe incomodava mesmo no alto. Cortador fechou os olhos para não ver o estrago. Fogo Grego lançou suas chamas vermelhas de forma a envolver seu corpo tornando-se uma bola de fogo humana. Marcela ficou admirada de forma que abriu sua boca ao ver tamanho espetáculo enquanto ouvia os gritos de horrores das pessoas que fugiam do local do conflito. Albatroz percebeu grandes bolas de fogo acima de si, arregalou os olhos diante da imensidão de suas chamas enquanto Mão de Fogo abaixo gritou com toda a força de seus pulmões de modo ao guerreiro-ave ouvir plenamente:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #0b5394;">-<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><b>Chuva de Cometas! </b></span></span></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">As bolas de fogo caíram sobre todo o campo de visão delimitado pela Onda de Calor. Albatroz foi o primeiro a ser envolvido pelas bolas de fogo e foi consumido por elas sendo levado ao chão em velocidade impressionante aos olhos comuns. Marcela viu um show de cores onde as chamas envolveram todo o local dominando também a área onde se encontra o Fogo Grego. Cortador assistiu o espetáculo passivamente enquanto Mão de Fogo respirava fortemente. Uma explosão tomou conta do lugar e os estilhaços voaram para as casas ao redor provocando grandes estragos. Mão de Fogo recebeu um pouco do impacto da explosão, mas não saiu de seu lugar. Cortador cobriu seus olhos com uma das tesouras. Marcela encostou num muro para não ser pega pela explosão. Uma cortina de estilhaços, poeira e dejetos cobriram a noite deixando um véu de mistério no ar. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">A cortina se desvaneceu com a força do vento demonstrando Albatroz caído numa cratera aberta no solo, Fogo Grego com vários arranhões no braço e nas pernas e Mão de Fogo respirando com dificuldade ao ponto de levar as mãos ao tórax. Cortador caminhou para cratera e soltou um assobio. Fogo Grego mostrou os dentes com raiva de seus ferimentos e mandou um lança-chamas vermelho sobre Mão de Fogo atingindo seu tórax e o lançando sobre uma pilha de destroços. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O Albatroz já era! -comentou Cortador. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quem disse que isso me matou! -gritou Albatroz erguendo-se com dificuldade e bastante chamuscado pelas chamas, suas asas continuaram intactas por serem resistentes como o aço e seu corpo tem uma grande super-força que o manteve vivo. Cortador observou o Albatroz caminhando para fora da cratera mostrando toda sua força física e espiritual. Fogo Grego correu para atacar Mão de Fogo que levantava-se com dificuldade. Os dois começaram a trocar socos e chutes em grande velocidade. Marcela pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ai ai! Os dois são tão másculos! Que homens são esses!</span>”. Mão de Fogo defendeu um soco direto do inimigo pegando seu braço e o lançando por cima de seu corpo sobre o asfalto. Fogo Grego sentiu uma grande dor em suas costas, mas levantou rápido e tentou uma rasteira que o herói apenas saltou para escapar. Albatroz só podia usar um dos seus olhos e sentia o corpo doer. Cortador verificou seu estado enquanto Fogo Grego mantinha o herói ocupado. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você gastou todas as suas energias Mão de Fogo! Não tem nada mais pra dar! -disse Fogo Grego sorrindo animadamente enquanto lançava suas chamas vermelhas sem sucesso, pois Mão de Fogo esquivou de cada movimento. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ainda é o suficiente para te derrotar... -disse Mão de Fogo defendendo dois socos em cada lado de seu corpo, socando o peito do inimigo e depois lançando um gancho no queixo o fazendo ver estrelas. Cortador se moveu para ajudar Fogo Grego, porém o braço de Albatroz o deteve. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Cuidado que esse cara não está lutando normal... Esse golpe foi muito forte até pra mim... Ele está dando tudo de si... -comentou Albatroz se ajoelhando com a dor. Cortador ouviu com atenção e abriu seus dois braços de tesoura para atacar. Mão de Fogo chutou as costas de Fogo Grego de modo que este bateu o rosto no vidro de um carro. Cortador apareceu tentando morder Mão de Fogo com sua tesoura, mas o herói desviou dando saltos pequenos para os lados aproveitando uma brecha para mandar um lança-chamas no peito do Cortador. Marcela observou o homem com tesoura nas mãos cair dentro de uma loja atravessando o vidro da vitrine. Mão de Fogo não teve tempo de respirar, pois foi atingido nas costas com as chamas vermelhas do Fogo Grego, cambaleou em alguns passos e girou o corpo apenas para receber um soco lateral em seu rosto e cair rolando pelo asfalto. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu disse que estava fraco não foi?! -disse Fogo Grego.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Mão de Fogo observou um hidrante ao longe e calculou um modo de abrir sua válvula para água atingir seu inimigo. Fogo Grego aproveitou a fraqueza do herói para chutar suas costelas. Cortador com um salto saiu da vitrine da loja, deu uma cambalhota em pleno ar e caiu em pé observando os chutes de Fogo Grego. Albatroz sorriu ante a dor que Mão de Fogo sentia. Marcela levou as mãos a boca impressionada com o quanto o herói agüentava de dor. Mão de Fogo largou um lança-chamas atingindo em cheio o hidrante. A água jorrou em um forte jato que atingiu de lado o corpo de Fogo Grego fazendo-o saltar pelos ares, dar várias cambalhotas laterais nos céus e cair dentro da cratera. Mão de Fogo ergueu-se rapidamente para defender um ataque do Cortador, depois deu uma rasteira e chutou seu tronco fazendo o inimigo cuspir saliva ao chão. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Tenho de acabar com você rápido! É mais esperto do que nós imaginamos. -comentou Cortador que imediatamente fechou os olhos, respirou fundo e uma camada de pele pareceu cobrir seu corpo no lugar de sua pele original. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Está tentando endurecer o corpo? Então só agora irá lutar a sério! -disse Mão de Fogo não esperando tempo ruim e enviando seu lança-chamas no tórax do Cortador que estava tão perto que acabou recebendo todo o impacto e com isso foi lançado a vários metros. Fogo Grego com um salto saiu da cratera e seus olhos pegavam fogo de tanto ódio. Marcela sentiu um calafrio com aquele olhar tão desafiador e por outro lado sentiu pena do herói que heroicamente enfrentava três poderosos vilões, então virou para o lado e notou que o Albatroz agitava suas asas da onde saíram penas que flutuaram ao sabor do vento. Mão de Fogo estava distraído com Fogo Grego e não percebeu as adagas que vinham perfurar seu coração. Marcela sentiu seu coração bater fortemente e gritou com toda força dos seus pulmões:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Cuidado Mão de Fogo! Atrás de você! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Mão de Fogo girou o corpo ao ouvir o aviso. As penas voaram para o peito do Fogo Grego que foi atingido em várias partes do corpo e lançado novamente para dentro da cratera. Cortador achou que não tinha mais ninguém na rua além deles e encarou Marcela com olhos frios prontos para matar. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Vadia! Vou te matar por isto! -disse Cortador abrindo suas tesouras para fatiar a jovem prostituta. Mão de Fogo moveu-se rapidamente e parou o ataque com seus braços. Os inimigos se encararam em um jogo de força tanto de corpo através dos braços e da tesoura de carne, como os olhares que ficaram próximos. Cortador deu um passo para trás para pegar impulso, ultrapassou Mão de Fogo com uma cambalhota e tentou enfiar a tesoura no coração da mulher. Mão de Fogo arregalou os olhos, pegou a tesoura livre de Cortador e o puxou para seu lado. A tesoura que iria atingir Marcela perfurou o herói. Ela gritou ao ver o sangue explodir. Mão de Fogo cuspiu saliva misturada com sangue enquanto Cortador mostrava seu sorriso sarcástico e cheio de alegria. Albatroz ao longe também sorriu com a vitória quase certa. Mão de Fogo sentiu seus sentidos falharem, ouviu um grito de mulher ao longe, parecia que sua mente flutuava para um mundo distante e que mais nada na Terra lhe fazia sentido, seu corpo caiu num abismo sem cor e sem cheiro, só havia medo e dor, o sangue escorria de seu peito acentuando o vermelho de sua famosa roupa, seu corpo titubeou enquanto a mente gritou: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #0b5394;">“<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">-Não vou morrer aqui! Eu prometi salvar aquela criança para aquela mãe e não vou falhar!</span>”</span></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Cortador já se regozijava de sua vitória, inclusive se mostrando superior que seus colegas Extremos, Albatroz e Fogo Grego. Mão de Fogo deu dois passos para trás parecendo que ia cair a qualquer momento e disse em uma voz que começou baixa e evoluiu para um grito:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #0b5394;"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><b>-Turbilhão de Fogo!</b></span> </span></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Mão de Fogo aumentou o calor ao redor de seu corpo de modo a criar chamas que o envolveram completamente, assim abraçou Cortador com toda a força que lhe restava e o elevou aos céus. O turbilhão de fogo os levou para as estrelas, enquanto Cortador ainda aturdido pela força de vontade do inimigo sentia que poderia morrer. Marcela chorou com a coragem do herói que se feriu mortalmente para salva-la, logo ela, uma prostituta que achava que não tinha nenhum valor. O turbilhão voltou dos céus e abriu outra cratera na rua em uma grande explosão. Cortador caiu de buços enterrado em parte pela terra enquanto Mão de Fogo caiu de costas com os braços abertos sentindo cada músculo de seu corpo doer, respirando fortemente, mas com um pensamento na mente: “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não vou morrer aqui! Cumprirei minha promessa!</span>”</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><br />
</div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-70953491628669680622011-03-15T18:37:00.000-07:002011-03-15T18:37:02.834-07:00Capítulo 10: O início de uma promessa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMY8XdRayhA6r-hgGq3YYTGmkbN1cHD3o27hdVdCA3s0yp_6zQqfrVrTUbM8AXw-gHY36T8N9L_eaUT2TdRstXFeDSUTDlMEAhuDgtTK-Ax7KAeKaoct18QBlEfLiv9E8Sp5M8MyKxV9Js/s400/Albatroz+Erratne.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" q6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMY8XdRayhA6r-hgGq3YYTGmkbN1cHD3o27hdVdCA3s0yp_6zQqfrVrTUbM8AXw-gHY36T8N9L_eaUT2TdRstXFeDSUTDlMEAhuDgtTK-Ax7KAeKaoct18QBlEfLiv9E8Sp5M8MyKxV9Js/s640/Albatroz+Erratne.jpg" width="640" /></a></div><br />
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<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capitulo 10: O início de uma promessa</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Mão de Fogo, um herói em roupa vermelha, sobrevoa as ruas da cidade de San Cristo. Seus incrivéis saltos sobre os tetos dos prédios, sacadas e janelas de casas ou sobre seus telhados deixam fortes marcas de sua persistência e coragem. Seu corpo desliza sobre a noite estrelada enquanto pequenas brisas o envolvem sem dominar o fogo de seu ser. Sua mente corre ligeira e determinada como uma chama intensa que se alastra por uma floresta. Sua alma impregnada do mais puro fogo não tem tempo para admirar a beleza da noite e nem a crueldade que assola o chão da cidade. Nele, só há pensamentos que se confundem com a interminável pressa de fazer uma diferença. “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não posso perder mais tempo! Cada minuto perdido pode ser uma derrota. Preciso encontra-la , antes que eles a façam mal. Malditos monstros! Eu prometi! Eu vou cumprir! Nem que para isso a morte me pegue no caminho</span>”. Mão de Fogo aterrisa sobre o asfalto agachado em uma esquina erma e com pouca iluminação. Dois mendigos o reconhecem pela roupa vermelha e gritam bêbados o seu nome. Mão de Fogo os ignora, pois seu objetivo é maior do que a compreensão deles e muito mais importante que qualquer batalha. Em um grande salto segura as barras que ligam dois edifícios e escala em velocidade impressionante para um ser humano comum as janelas de um deles. Chega ao teto com uma cambalhota, rola pelo chão sem se importar com a sujeira e corre para outro prédio em mais um gesto de corajosa força e precisão, pois a diferença entre os dois ultrapassa facilmente vinte metros. Sua mente volta a imprimir a necessidade de seu coração: “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não posso falhar desta vez! Se eu falhar, uma criança morrerá. Deixarei uma mãe em prantos e mais sofrimento se espalhará. Não posso parar agora, tenho de continuar!</span>”.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Mão de Fogo vira uma esquina em pleno vôo segurando um mastro como apoio e saltando sobre um prédio caindo facilmente em pé graças a sua força física e a habilidade de manejar o calor. Seu corpo se move velozmente procurando afastar o medo enquanto sua mente se volta a pensamentos ligeiros: “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aquela mãe me pediu para achar sua filha raptada! Não posso falhar com ela! Estaria falhando comigo mesmo, pois prometi encontra-la! Deus! Nem quero pensar nas maldades que eles podem fazer com a menina! Ela tem apenas 8 anos, uma criança inocente nas mãos de homens tão cruéis. Tenho de me apressar!”</span>. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Mão de Fogo lembrou do rosto da mãe, uma mulher de cabelos loiros médios, rosto cheio, com lábios bem vermelhos, algumas cavidades nas bochechas que só aumentavam sua beleza e olhos negros e corajosos, tanto que mesmo a mulher em prantos mostrou sua força em um olhar penetrante que o contagiou. Ele não podia falhar com olhos tão corajosos e com uma mãe que faria de tudo para conseguir sua filha de volta. Por esse amor, muita coisa vale a pena e o ser humano dentro do herói falou mais alto. Sua corrida pelos telhados continuou em grande desespero e parou numa sacada agachado olhando a vastidão do Quarto Distrito, o mais imundo da cidade, onde se reuniam desde ladrões comuns a monstruosos vilões com poderes. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">A noite começou a ficar coberta de nuvens roseadas, o guerreiro de vermelho temia que a chuva enfraquecesse seus poderes quando mais precisasse deles. Seu corpo procurou sentir o ambiente do distrito sem se infectar por sua podridão e maldade. Seus olhos perscrutaram os arredores observando casas pichadas e outras em ruínas numa das partes mais pobres da área. Seus olhos desviaram de cinco prostitutas querendo dinheiro fácil que lhe acenavam com carinho. Também desviou os olhos de bandidos que lhe apontavam facas bem afiadas, pois seria perda de tempo enfrenta-los. Então, para escapar dessas mórbidas cenas saltou para o telhado de uma casa e seguiu por uma avenida até ouvir uma voz que não queria, mas conhecia bem:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Agora sim iremos nos livrar de vez do doutor Marrou! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ele vai pagar pelo que nos fez! -reclamou outra voz que Mão de Fogo também reconheceu, mas não entendeu como aquelas duas vozes exaltadas poderiam estar concordando em algo.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Fiquem frios caras! Tão frios como nosso colega Invernal. -disse outra voz conhecida do Mão de Fogo. O trio que tanto assustou o herói conversavam de braços cruzados em uma esquina pouco movimentada a não ser pelos bêbabos errantes e alguns mendigos pedintes. O primeiro continha imensa raiva em seus olhos azuis, fúria ao balançar seus longos cabelos negros lisos e um rosto marcado por um queixo fino. O segundo com seus olhos negros, pele branca de alguém que raramente tomou um pouco de Sol, cabelos pretos curtos crespos e arrepiados para o alto. O terceiro possui cabelos brancos lisos que tocam o meio das costas, olhar divertido, porém cruel numa cor acinzentada de difícil descrição, além disso demonstrava sempre um sorriso sarcástico em seus lábios vermelhos. Mão de Fogo se alarmou ao reconhecer três dos perigosos Extremos, conhecidos respectivamente, por “Fogo Grego”, “Albatroz” e “Cortador”. Mão de Fogo se esgueirou por algumas telhas de modo a ficar ainda mais próximo da conversa, pois uma parte de si acreditou que eles estavam envolvidos no sequestro da criança, apesar que sua mente de herói não pôde conceber ligação. Albatroz demonstrou uma cara feia ao ouvir o nome “Invernal” e disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Nem quero ouvir falar desse sujeito! Ele é tão frio que nada fala. E você deveria ser o último a falar que ele frio, pois é tão frio como ele. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Concordo com o asa gigante! -disse Fogo Grego.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Realmente! Eu não posso negar. Mas o que interessa é que nosso plano de ferrar com o doutor está dando certo. E nem adianta aquele detetive babaca encontrar o Lançador de Adagas, pois ele foi pro túmulo mais cedo. -disse Cortador acentuando seu sorriso sarcástico.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Era o único que podia entregar o serviço, então nada pode nos ligar a morte da esposa do doutor. -comentou Fogo Grego.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Por que a gente não matava o doutor e pronto? -disse Albatroz.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Cara! Eu já disse e não foi uma vez que o objetivo é fazer o cara sofrer. E ele sabe demais pra morrer. Sabe quase tudo sobre nós! -disse Cortador.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ele é o único que sabe eu acho. Também conhece todos os projetos anteriores ao nosso. O Projeto Extremo não seria possível sem o doutor Marrou. -disse Fogo Grego. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Por isso que o doutor pagou com a morte da esposa. Entendi! -disse Albatroz.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Finalmente besta! -respondeu Fogo Grego em um tom de voz elevado. Albatroz sem nenhum aviso ergueu uma das suas grandes asas e tentou acerta-lo lateralmente. Fogo Grego deu um salto para trás e ficou encarando as asas cinzas do colega. Albatroz prestou atenção nas luvas vermelhas com uma bola azul desenhada do Fogo Grego. Cortador deu três passos e ficou entre os dois com as mãos abertas. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não briguem caras! Estamos juntos... Por enquanto...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Por enquanto mesmo! -gritou Albatroz.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Só porque tem três metros se acha melhor que nós! -respondeu Fogo Grego.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Chega caras! Só vim avisa-los para não ficarem de bobeira que nosso grande plano está em andamento. O doutor Marrou é apenas um obstáculo que está prestes a ser encarcerado, depois disso o Mundo não será suficiente para deter o poder dos Extremos! -disse Cortador acentuando seu sorriso sarcástico.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Albatroz e Fogo Grego responderam com um aceno de cabeça. Cortador respirou aliviado pensando que teria dificuldade em deter os dois de uma vez sem mata-los. Mão de Fogo cansado de ouvir as atrocidades dos Extremos disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ei idiotas! Agora que sei sobre o plano de vocês o que farão comigo?! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quem é?! -perguntou Albatroz.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É um idiota que sabe que vai morrer. -disse Cortador. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Maravilha! Alguém para queimar até a morte! -comentou Fogo Grego.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu detesto interromper a conversinha de vocês, mas quero saber se vocês viram um bandido levando uma menina? -perguntou Mão de Fogo sem ligar para as ameaças.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não vimos nada... -disse Albatroz.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Fique quieto besta que não precisamos falar nada, apenas mata-lo! -comentou Cortador. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você também... -disse Albatroz.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Albatroz! Se quer matar alguém agora, porque não mata o herói ali! -disse Cortador. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Albatroz coçou a cabeça pensativo, virou seus olhos negros para Mão de Fogo, alargou suas duas asas cinzentas e apareceu ao lado do herói em uma velocidade quase invísivel ao olho humano comum. Mão de Fogo tremeu até a espinha esperando o próximo movimento. Fogo Grego fechou os olhos para não ver. Albatroz deu um soco na costela esquerda do herói o jogando por duzentos metros até cair sobre um conjunto de materiais de construção à frente de uma casa. Cortador apenas viu o movimento sem se espantar. Fogo Grego apontou o polegar para Albatroz confirmando sua vitória. Albatroz não viu os aplausos do colega e voou para perto de Mão de Fogo que se erguia com dificuldade, onde sua máscara pendia para um lado e sua mão cobria a costela atingida, ainda sentindo a crueldade do golpe. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não morreu com esse soco? -perguntou Albatroz fazendo Fogo Grego levar as mãos à cabeça com a tolice do colega. Mão de Fogo sorriu levemente, ergueu sua mão direita aos céus e ao jogou rapidamente para frente acertando um intenso lança-chamas no peito do Albatroz. Cortador deu um passo e ficou de lado vendo o guerreiro com asas voar sobre o asfalto e cair perto de um hidrante batendo suas costas violentamente. Albatroz conseguiu evitar que o choque causasse qualquer dano as suas asas, mas suas costas sentiram o impacto. Mão de Fogo colocou as mãos na cintura fingindo coragem e disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Me levem até a menina ou terão o mesmo destino que ele! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Por ter derrubado o Albatroz daquele jeito pra mim eu vou te dizer uma coisa. A menina que procura está numa casa a dois quarteirões daqui junto com uns bandidos de merda...-ia dizendo Fogo Grego até ser interrompido por Cortador. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Se derrotar nos três, é claro, poderá salva-la. Mas será que consegue?!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-size: large;">Mão de Fogo olhou os dois inimigos inicialmente, depois com o canto do olho verificou que Albatroz estava em pé e limpando sujeira de sua roupa. O herói de mãos ardentes pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Espere garota! Eu manterei minha promessa...</span>”</span></span></div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-35821976006427411702011-03-11T13:23:00.000-08:002011-03-11T13:23:36.798-08:00Capitulo 9: O Padrasto e a Perda da Alma<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM10DjmlYv5lOPVih8jSRwbPjelQgojraXe9DtCmhTpPPnKLJ4uX30VZVsBnfLJzeveTTjJR9J657cGOSTlzmZgVanKP7JW1EcjRqJzAHoHgFXMCQzoOcMe4DE-hEciffd1v6KiZz3okg/s400/Mulher+chorando.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" q6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM10DjmlYv5lOPVih8jSRwbPjelQgojraXe9DtCmhTpPPnKLJ4uX30VZVsBnfLJzeveTTjJR9J657cGOSTlzmZgVanKP7JW1EcjRqJzAHoHgFXMCQzoOcMe4DE-hEciffd1v6KiZz3okg/s640/Mulher+chorando.jpg" width="620" /></a></div><br />
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<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capitulo 9: O Padrasto e a Perda da Alma</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">O detetive Hudson Carlton em seu escritório na cidade de San Cristo observa sua nova e misteriosa cliente que procurou seus serviços com um pedido bastante incomum. Seu desejo, é encontrar um dos famosos heróis que protegem a cidade, seu nome, é Mão de Fogo. Um homem perigoso, conhecido por usar de grande violência contra os degenerados e bandidos da cidade, sendo que para isso utiliza sua habilidade especial de criar chamas de sua mão direita. A jovem de cabelos loiros sentada à frente toma fôlego para explicar o seu grande interesse pelo herói, mas já sabia que ele a tinha salvo a alguns dias de dois bandidos que procuravam violenta-la. A mulher que se identificou como Gloria Glen com a cabeça baixa começou seu monólogo: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">[ Detetive, minha história começa por volta dos meus 13 anos de idade quando meu pai, que era um grande piloto morreu em um acidente aéreo. Com isso, minha mãe entrou rapidamente em depressão e passou a beber todas as noites pensando em tê-lo de volta. Eu tentei me resignar para protegê-la, mas não era tão forte e acabei caindo no choro e me escondendo no quarto, dos amigos e finalmente, da vida. Mas quando as esperanças já pareciam perdidas, minha mãe conheceu um homem num bar e se apaixonou. Ele depois confessou ter se interessado por ela graças ao grande cuidado que tinha para com ela, o que ele dizia ser um “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">verdadeiro amor de filha para mãe</span>”. Ele conseguiu uma transformação que eu nunca conseguiria. Fez ela largar a bebida e voltar a trabalhar como se o acidente com meu pai nunca tivesse acontecido. Eu comecei a acreditar que as coisas voltariam a seus lugares e que eu poderia ser feliz. Só que eu...]</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Calma! Se quiser pode parar um pouco. -comentou Hudson.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não! Preciso ir até o final e ser corajosa como ele...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Como o Mão de Fogo? -inquiriu Hudson.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É. -disse Gloria timidamente.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não há como ser como esses heróis! Eles são criaturas especiais que possuem habilidades também especiais para protegê-los dos perigos que enfrentam. Nós, somos meros mortais que por muitas vezes também podemos fazer alguma diferença. No entanto, nunca igual a eles. -aconselhou Hudson.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você é um homem realmente inteligente detetive. Um filósofo talvez. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mais ou menos isso. -disse Hudson sorrindo.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Muito bem! Voltando... [Eu sequer podia imaginar o que estava por vir. Esse homem casou com minha mãe e tudo correu bem por um tempo. Mas depois de alguns meses, ele passou a me visitar em meu quarto e... Eu... Me desculpe! Ainda é difícil falar sobre isso... Ele entrava em meu quarto quando minha mãe não estava e fazia o que queria. Me ameaçava dizendo que se ele rompesse com ela. Ela entraria novamente em depressão e isso a levaria ao suicídio. Eu não.. Não pude aguentar a idéia dela morrer e por isso fiz tudo que ele pedia. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Eu larguei tudo que me era importante, deixei de ser estudiosa, abandonei amigos, e isso... Tudo isso... para que minha mãe fosse feliz. Só que um dia eu simplesmente cansei de ser um objeto e revelei tudo a minha mãe. Sabe o que ela fez?... Me expulsou de casa como se fosse lixo. Eu corri para casa de meus tios e fiquei morando um tempo lá, até que minha mãe e meu padrasto apareceram. Ele a convenceu de que eu só precisava de mais atenção dos dois. Eu chorei tanto nesse dia... Não gosto nem de lembrar. Só que me recusei a voltar de qualquer jeito, com isso estava começando a odiar minha própria mãe. Meus tios me aconselharam a abandonar o ódio, perdoa-la e deixar as brigas de lado. Foi aí que eu cometi um erro...]</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Glória começou a chorar convulsivamente. Hudson imediatamente lhe deu um lenço. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Obrigado! -disse Gloria. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">[… Eu contei a meus tios que vinha sendo violentada a mais de um ano. Eles ficaram furiosos e ligaram para polícia. Eu pedi que não fizessem isso, pois temia por minha mãe ainda. Os policiais chegaram e a investigação começou, mas não encontraram nada contra meu padrasto, pois seus antecendentes eram impecáveis e eu apenas uma menina que ia mal na escola e sem amigos. Minha mãe ficou do lado dele e disse “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ela só está com ciúme da gente</span>”, e completou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com o pai dela era a mesma coisa!</span>”... Eu fiquei sem chão com essa declaração. Meu padrasto continuou a me perseguir, dizia-se apaixonado por minha beleza. Então... Ele fez outra crueldade. Provocou um acidente que matou minha tia e depois me contou. Ameaçou que minha mãe e meu tio seriam os próximos se eu não me submetesse... Eu era uma criança ainda, tinha só 14 para 15 anos... Eu chorei por dias com isso me sentindo culpada pela morte de minha tia e sua imagem não me saía da cabeça. Com isso, resolvi me entregar de vez para ele quando quisesse e aonde quisesse.]</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Hudson arregalou os olhos pensando na crueldade dos fatos e em como esse homem merecia uma justiça derradeira. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">[Minha vida já era ruim, mas se tornou um tormento só. Passou quase um ano para eu me libertar de vez, pois comecei os preparativos para entrar numa faculdade. Meu padrasto arranjou outras meninas mais novas para se divertir nesse meio tempo também, depois que viu que parei de resistir. Minha mãe um dia... encontrou ele e duas garotas na cama... A reação dela... Ela se matou gritando “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Você só precisava de mim, eu te amo</span>”... Meu tio correu com os advogados e conseguiu colocar meu padrasto finalmente na cadeia. Eu nunca tinha me sentido tão aliviada. Logo depois, entrei na faculdade. Meu tio ficou super feliz! Ele tinha planos para mim que nem eu conseguia imaginar, talvez quisesse reparar um possível erro de não ter feito nada antes contra meu padrasto. Só que minha alegria só durou dois anos, pois meu padrasto fugiu da cadeia e passou a me fazer ligações ameaçadoras... Com isso, um jovem da faculdade se aproximou de mim, eu em minha carência de afeto me entreguei de corpo e alma para ele. Não importava se era pena que ele sentia, só queria ter alguém que me amasse. Meu padrasto mandou um pistoleiro matar meu tio, só que Deus interferiu dessa vez e meu tio ficou apenas paraplégico. Meu padrasto sumiu depois disso.]</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Hudson tentou manter a calma, mas seus punhos não conseguiram deixar de se juntar ao saber que um bandido fugiu da justiça e estava impune. Gloria respirou fundo e continuou:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">[Eu me sentia bem apesar do que acontecera com meu tio. Meu namorado parecia ser uma pessoa boa, mas logo descobri que era apenas motivo de aposta. Uma aposta idiota sobre me levar para cama. Depois que ele conseguiu isso, pois ainda tinha medo depois de tudo que meu padrasto me fez, me deixou na cama e nunca mais falou comigo. Ele apenas me olhava com cara de nojo e a aposta correu como uma bomba na faculdade, logo todos passaram a me olhar com nojo e desconfiança, mesmo tendo minha história cruel aberta ao público. Uns poucos sentiam pena, mas sempre era carregada com inteira repugnância... Depois disso eu não consegui me relacionar mais com nenhum homem...]</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-E para completar sua história, aqueles bandidos a atacaram daquele jeito. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não só isso. Além disso, eu via rostos nas janelas dos prédios ao lado, mas ninguém fazia nada, apenas me deixavam sofrer...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Realmente senhorita Glen, eu lamento por sua vida ter tomado esse rumo tão triste. Nem tenho palavras para consola-la...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não é consolo que preciso detetive! Preciso encontrar o Mão de Fogo!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Claro! Já me disse isso. Mas mesmo com sua história não pude clarear o porquê?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quando aqueles bandidos estavam prestes a me possuir. Talvez possuir o pouco que restava de minha alma. Ele apareceu e me salvou. Tão quente e humano de uma forma que sempre sonhei e preciso encontra-lo nem que seja para vê-lo ou agradecer por salvar minha vida, não, minha alma! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Nossa! Bem profundo seu pedido. -comentou Hudson.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mostra que é sincero. -disse Gloria. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Seus olhos tímidos e chorosos denunciam que é. -disse Hudson erguendo-se. -Só posso lhe assegurar que irei fazer o possível para localiza-lo. Mas lhe adianto que as chances de poder falar com ele são pequenas...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não importa detetive! Só quero uma chance! Preciso dessa chance! -disse Gloria levantando. O detetive apertou sua mão e a jovem loira saiu pela porta com passos leves. Hudson desabou na cadeira pensando “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que história triste! É uma pena não poder fazer mais por ela. Logo agora, que também tenho de procurar um vilão, terei de também procurar um herói. Assim eu enlouqueço! Mas a justiça e meu trabalho precisam ser feitos!</span>”</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-39203420949703360152011-03-06T13:41:00.000-08:002011-03-06T13:41:16.496-08:00Capítulo 8: O Pedido e a Importância<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://eticasa.files.wordpress.com/2010/03/escritorio24zy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" l6="true" src="http://eticasa.files.wordpress.com/2010/03/escritorio24zy.jpg" width="640" /></a></div><br />
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<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capítulo 8: O Pedido e a Importância.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Uma cortina se abre e um Sol ensolarado adentra o escritório de um imponente e inteligente detetive. Seus olhos admiram a força da estrela como se a ela um pedido fizesse. Seu corpo banhado pela luz também sente a força do vento que o carrega para pensamentos que o preenchem de pura liberdade. Sua mente cai no vazio do que podemos considerar a plena paz, ela se esvai para lugares profundos e insondavéis por milésimos de segundo até ouvir um forte grito que ecoa na rua abaixo. Uma mulher sendo agarrada por dois homens, um está com uma faca e outro segura os braços da donzela. O detetive respira fundo e sai de sua meditação, saca a pistola em sua cintura da onde raramente ela sai, senão para ser mortal. Os homens felizes com sua caçada pressionam a mulher contra parede de uma movimentada rua sem nada para se importar, mas o detetive ia mostra-los que em sua terra, mesmo que cheia de injustiça, ainda havia um homem disposto a fazer o que é certo. Observou dois policiais comendo suas matinais rosquinhas que os deixavam tão obesos que poderiam cair ao correr. Os bandidos olharam para os policiais por um momento, mas riram ao verem que eles nada fariam, a mulher implorou por ajuda, mas seus gritos sumiam parecendo que eram sugados pelo calor impiedoso do Sol. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Hudson Carlton ergueu sua pistola, dois projetéis atravessaram a rua em alta velocidade carregados pela luz do Sol e invisivéis aos olhos humanos, caminhando para justiça mais do que certa e tardia de acontecer. Os bandidos planejavam fazer algo mais do que roubar ao ver as pernas da mulher, ela pressentiu a intenção e gritou fortemente, mas calou-se ao ver uma poça de sangue diante de seu olhar. O bandido com a faca encontrou o muro com o impacto e sua cabeça pareceu deslocar sem fazer qualquer ruído, o outro deitado em uma poça de sangue ainda conservou seu sorriso de maldade. A mulher voltou a gritar abismada pelo sangue e pelo medo, temendo ser a próxima vítima de uma violência que vem crescendo sem ninguém para dete-la. O detetive apenas fechou a cortina e sentou em sua acolchoada cadeira, depois pegou um maço de cartas de baralho e as ficou folheando. Uma mulher surgiu das sombras com uma imperiosa voz: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Bom trabalho!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ora! Quem é você? Como entrou aqui? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Fique calmo detetive. Não vim aqui mata-lo. Imagino que ultimamente sua vida está muito atribulada graças ao caso do doutor Marrou. -comentou a mulher revelando uma face coberta por uma máscara rubra e cabelos azulados misturados a cor lilás. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Então é você! A Bruxa que protege o bairro das mulheres. Não sei se posso dizer que é um prazer vê-la. -comentou Hudson com um sorriso sarcástico.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você é bem confiante para alguém que só sabe manejar pistolas. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Só preciso delas. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Muito bem! Vim aqui dar um recado de um amigo que está muito ferido nesse momento e não pôde ele mesmo vir falar contigo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Pois fale. Estou ouvindo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O Jurado informa que a pessoa que eliminou a esposa do doutor Marrou foi o mercenário conhecido como Lançador de Adagas. Ele e o Ceifador foram contatados por alguém para fazer isso. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não só eles, pois fui atacado pelo Bola de Ferro recentemente. Com isso já são três mercenários perigosos. -comentou Hudson.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hum! Sua vida está correndo um grande risco então. Mas não se preocupe com o Ceifador, pois ele está bem ferido graças ao Jurado e a mim. Apenas procure o Lançador de Adagas, pois ele sabe quem é o mandante. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sei fazer meu trabalho mulher! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Calma! Não quis ofendê-lo!... Mas se falasse comigo assim em meu território iria receber uma lição. -disse a Bruxa ameaçadoramente.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Uau! E depois me pede calma. Mas o Jurado vai ficar bem?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não se preocupe com ele. Ele é forte... -disse Bruxa sentindo sua voz falhar. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hum! Já entendi. -disse Hudson com um sorriso malicioso.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quieto! Você não precisa entender nada! -disse Bruxa, mas Hudson não retirou o sorriso malicioso. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Já disse o que precisava, então posso pedir que se retire? -perguntou Hudson mirando a maçaneta da porta. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Porquê? Isso foi muito repentino! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Porque tenho uma cliente...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Já entendi! -disse Bruxa correndo para janela e a saltando como se a altura não a preocupasse. Hudson voltou a brincar com as cartas enquanto a porta se abria revelando os cabelos loiros longos de uma mulher e seus olhos esverdeados. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Pode entrar. -disse Hudson com uma das mãos abertas convidativo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Vim procurar seus serviços senhor Carlton...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Opa! Pode esquecer o senhor, pois não sou tão velho. -disse Hudson.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Certo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sente-se. Relaxe e conte sua história. -disse Hudson sorrindo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Obrigado. -disse a mulher sentando timidamente. -Vim procura-lo, pois quero que encontre uma pessoa para mim. Uma pessoa que deu um novo sentido para minha vida e realmente... preciso encontra-la. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Calma! Me fale como é essa pessoa e onde a viu pela última vez? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Espero que não ria de mim, mas a pessoa a quem procuro é muito especial. Não só pra mim, mas para muita gente. -disse a mulher baixando a vista e ficando envergonhada. Hudson começou a entender que tipo de pessoa a mulher procurava, mas não queria perder a surpresa. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É um famoso herói dessa cidade... Seu nome é Mão de Fogo! -disse a mulher hesitando diante das reticências. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Nossa! Me pegou de surpresa. Eu imaginava que podia ser um herói, mas não esse. Muito famoso por sua violência. Lembro que recentemente ele incinerou duas pessoas...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mas!... Foi para me salvar... -disse a jovem diminuindo sua voz aos poucos.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não me entenda mal. Eu não o recrimino por retirar alguns sujos das ruas, mas acho seus métodos um tanto cruéis. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Só que eu o amo! Não consegue entender isso! -disse a jovem explodindo dessa vez em um grito. Hudson quase caiu de sua cadeira com o movimento inesperado.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mas sabe que mesmo que eu o encontre. Acho dificil que ele queira encontra-la ou até falar contigo. Os heróis costumam ser ocupados demais para suas fãs. -disse Hudson com grande sarcasmo no tom de voz. A mulher sentiu o deboche e ficou emburrada olhando diretamente os olhos do detetive de uma forma fria e violenta. Hudson pensou “Nunca deveria debochar de uma mulher apaixonada!”. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Se não quiser me ajudar a encontra-lo. Encontrarei alguém que faça... -disse a mulher erguendo-se.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Calma garota! Me diga seu nome primeiro e o motivo de querer tanto encontra-lo, sabendo que ele é um herói e a salvou apenas pela necessidade. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">A jovem de cabelos loiros voltou a sentar e uniu suas mãos sobre a coxa. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu me chamo Glória Glen. E para que você consiga compreender porque quero, melhor dizendo, porque preciso encontra-lo. Vou ter de te contar a história de minha vida até este momento. Não demorarei...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ei! Demore o tempo que quiser. A história da vida de alguém é algo que requer toda atenção de uma pessoa. -comentou Hudson.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Muito bem detetive. Espero não fazê-lo chorar, deixa-lo triste, com pena ou algo que possa impedir sua futura missão para comigo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Procurarei fazer o que me pede. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">A jovem mostrou um pequeno sorriso, respirou fundo e baixou a cabeça. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">FIM</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><br />
</div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-75936413718594511152011-03-04T11:43:00.000-08:002011-03-04T11:43:40.164-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFqOJkLGCYvcxPPIG87oZtN8tr5gIdIGRQRDUU1RNIyVla1n_nQ_l5yBfv0oF-4YRHZchvz-63Lx_mt2kx76HVb_fbucbFklX7o4O0EUgzLosm9d_iEHRDR5bXMGuxzKMgMIWaCM0j2ew/s1600/Selo_Retic_ncias.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" l6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFqOJkLGCYvcxPPIG87oZtN8tr5gIdIGRQRDUU1RNIyVla1n_nQ_l5yBfv0oF-4YRHZchvz-63Lx_mt2kx76HVb_fbucbFklX7o4O0EUgzLosm9d_iEHRDR5bXMGuxzKMgMIWaCM0j2ew/s1600/Selo_Retic_ncias.png" /></a></div><br />
<span style="color: #0b5394; font-size: large;">Um presente que compartilho em homenagem a todos os Guardiões da Liberdade que existem em vida e em morte. Um Presente que me foi conferido por um grande amigo, dono do blog Blogaragem e aqui coloco minha estima e agradecimentos. </span>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-37994039541820869242011-03-04T11:28:00.000-08:002011-03-04T11:28:05.182-08:00Capítulo 7: A Bruxa solta seus cabelos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/cassiafiletti/SNKDMRWGmoI/AAAAAAAAD7w/0u4rBdHbZ5o/Rainha%20das%20Bruxas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" l6="true" src="http://4.bp.blogspot.com/cassiafiletti/SNKDMRWGmoI/AAAAAAAAD7w/0u4rBdHbZ5o/Rainha%20das%20Bruxas.jpg" width="482" /></a></div><br />
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<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capítulo 7: A Bruxa solta seus cabelos</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Dois seres se degladiam em olhares intensos sob a escuridão da noite. Uma mulher aparentemente monstruosa com a face coberta por uma máscara rubra que se autodenomina, a Bruxa, protetora do bairro das mulheres na cidade de San Cristo. Um homem, o Ceifador, um ser humano habilidoso com a foice que carrega consigo e um mercenário de alto nível que trabalha em segredo para o mafioso local Robert Robespierre. Perto dos dois gladiadores estão cerca de quinze bandidos com suas pistolas preparadas para qualquer eventualidade. A Bruxa com os punhos fechados e concentrada nos poucos passos dados pelo Ceifador em sua direção, teve tempo de olhar de soslaio o corpo do herói conhecido como Jurado que havia lhe dado uma importante lição nesta noite. Ceifador interessado em proteger seus negócios com o mafioso decidiu dar uma lição por conta própria na mulher. Os bandidos apreensivos procuravam não fazer o menor barulho temendo futuras represálias por parte do sanguinário assassino. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não me subestime por ser mulher Ceifador. -comentou Bruxa. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Claro que não! Eu não cheguei até aqui subestimando meus inimigos, mas quero saber quando você irá dar seu primeiro movimento, pois dizem que as damas devem ir primeiro. -disse Ceifador com um sorriso sarcástico nos lábios. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Se eu me aproximar de você me atacará com sua foice. Não sou tão tola de fazer um ataque tão amador! -disse a Bruxa analisando os bandidos atrás do Ceifador.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Então! Se me permite... -disse Ceifador correndo em incrível velocidade e ficando bem próximo da mulher que previu seus movimentos e saltou para o alto de um escorrega. Ceifador lançou sua foice em ataques violentos tentando arrancar a cabeça da guerreira, mas esta abaixava e se esquivava de cada movimento. Os bandidos imaginaram que o Ceifador venceria fácil e alguns começaram a rir. A Bruxa em uma cambalhota passou o Ceifador e o chutou atrás do pescoço. Os bandidos espantados deram um passo para trás. O Jurado gemeu com a dor de seus ferimentos causados anteriormente pelas balas dos inimigos. O Ceifador caiu sobre a areia e arranhou o braço esquerdo, então levantou rapidamente com um sorriso nos lábios e disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Então você sabe algo além de fugir não é?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Me poupe do sarcasmo! -comentou a Bruxa que sobrevoou o Ceifador em um salto e tentou chutar seu rosto, mas este desviou com o cabo de sua foice e investiu sobre a cabeça da oponente com resultado nulo. O Ceifador procurou ferir o tórax, porém a guerreira pegou a foice com uma mão e socou duas vezes o rosto do inimigo com a outra. O Ceifador com um empurrão conseguiu recuperar o domínio da foice e coçou o rosto dando tempo para Bruxa lhe acertar um chute em cheio no coração. O Ceifador foi lançado por alguns metros, arrastando-se na areia e batendo finalmente num portão de uma casa próxima do parque. Os bandidos ergueram suas pistolas e começaram a atirar, mas a Bruxa deu uma imensa cambalhota nos céus mostrando toda a graça de seus cabelos azulados misturados com a cor lilás e lançando dezenas de unhas postiças que fizeram diversos efeitos na comunidade dos bandidos: Um dos bandidos teve sua garganta cortada e sufocou até a morte, outro recebeu várias em seu rosto e acabou virando a pistola para um colega o eliminando com saraivada de tiros, outro recebeu as unhas pontiagudas no coração e caiu lentamente ao solo, outro recebeu algumas unhas nos olhos ficando cego de forma que começou a gritar por socorro abandonando a batalha e tentando chorar sem contudo poder fazer isso. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Maldita! Não estou morto ainda! -gritou o Ceifador aparecendo atrás da guerreira e passando a foice em suas costas. O sangue esguichou das costas da Bruxa e ela soltou um grito abafado. O Jurado abriu os olhos e viu o sangue saindo tentando recuperar suas forças. Os bandidos se acalmaram ao verem o Ceifador voltar a vida. Bruxa recebeu outro corte em seu braço direito e um pequeno ferimento na perna direita, porém, conseguiu mandar algumas unhas postiças que feriram as costelas do inimigo. O Ceifador utiliza uma armadura vermelha com uma foice azul desenhada que lhe protege todo o tronco, exceto uma parte das costelas que foi a área afetada pelas unhas. O veneno das unhas começou a fazer efeito na corrente sanguínea e Ceifador tropeçou dando tempo suficiente para receber três chutes no rosto, dois chutes na barriga e uma joelhada no rosto. Os bandidos restantes voltaram a atirar vendo uma abertura na defesa da Bruxa, mas ficaram assombrados ao verem um homem brandindo um martelo ao vento com a face pingando sangue e em cada expressão do seu corpo liberando chamas de raiva. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não achem que estou derrotado! A justiça ainda não foi feita! -disse o Jurado. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Droga! Ele está vivo! -gritou um bandido.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mais está fraco! -gritou outro.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Temos uma chance! Vamos pega-lo de jeito desta vez! -gritou outro.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">A Bruxa aproveitou a oportunidade para saltar por trás do Jurado e ganhar os céus tendo assim visão perfeita de seus inimigos. O medo paralisou os corpos dos bandidos ao verem a figura de cabelos estranhos se mostrar bela e apavorante a luz do luar. As unhas voaram sobre os bandidos causando diversos danos nos homens que caíram falecidos, alguns calmamente pelo veneno mortal e outros rapidamente e sem sofrimento com cortes no pescoço e no coração. O Jurado ficou tão alegre com a suposta vitória que esqueceu o Ceifador que atingiu sua foice diretamente nas costas chegando muito perto do coração. A Bruxa preocupada correu em direção do inimigo. O Ceifador viu o Jurado cuspir saliva e sangue e se sentiu realizado. A Bruxa lançou suas unhas que o Ceifador rebateu com grande habilidade utilizando a lâmina da foice. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Esse truque não vai mais me pegar desprevenido! -disse o Ceifador se virando para o Jurado.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não! -gritou a Bruxa já se lamentando. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Cuidado com que o você diz... -sussurrou o Jurado fazendo o Ceifador arregalar os olhos , mas já era tarde, pois recebeu um gancho em seu queixo que o içou ao ar por alguns segundos, depois sentiu seu estômago embrulhar com o forte soco dado pelo guerreiro fazendo-o cair sobre a gangorra no parque. A foice girou no ar e caiu ao lado do seu protetor que a pegou cheio de raiva enquanto erguia-se tocando ao mesmo tempo a região do peito. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Desgraçado! -gritou Ceifador cuspindo saliva e encarando o Jurado com todo seu ódio. A Bruxa apoiou o Jurado que ficou prestes a cair e este sentindo seu calor teve suas forças renovadas apenas por um instante o suficiente para sentir o ataque rápido do Ceifador que lançou sua foice sobre os dois. A Bruxa tão absorta em proteger o Jurado não percebeu nada mesmo tendo um aumento sensorial em seus cinco sentidos. A foice viajou a favor do vento em ângulos marcados pela raiva e quando a lâmina ficou a centímetros dos cabelos da Bruxa, o Jurado o rebateu com seu martelo. A foice voltou rapidamente para mãos do Ceifador só que antes de conseguir pegar a lâmina esta lhe feriu o braço. A Bruxa mandou suas unhas postiças logo depois que o Jurado rebateu a foice, então Ceifador não esperava uma reação desse tipo e recebeu várias delas em seu corpo, apesar de conseguir desviar da maioria. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ele é resistente. -comentou a Bruxa para Jurado.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu é que estou no limite com tantos cortes. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Devia deixar tudo por minha conta e descansar. -disse Bruxa.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Que tipo de homem eu seria fazendo uma coisa dessas! -disse Jurado fazendo a Bruxa corar e quase derruba-lo. O Ceifador correu para os dois com a foice em baixo nível quase tocando a areia do solo. Bruxa jogou Jurado para o lado e abriu seus braços como se fosse abraçar o inimigo. Ceifador inicialmente estranhou o movimento, mas entendeu que ela queria morrer para proteger o Jurado e ele adoraria fazer esse favor. Bruxa com sua máscara rubra não demonstrava a expressão de sua face, assim não revelando suas intenções, apenas deixando transparecer que desejava um caloroso abraço. Jurado titubeou com os ferimentos, porém, não caiu. Ceifador ficou bem próximo da guerreira e foi erguendo sua foice, mas viu de relance que Bruxa lançou seus cabelos sobre ele. No entanto, os cabelos cresceram e se afunilaram formando pontas finas e pontiagudas que atravessaram várias partes do seu peito e do braço, então saltou para trás dando uma cambalhota no ar e tentou reprimir a dor. Bruxa voltou seus cabelos ao normal e disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu disse para não me subestimar!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">O Ceifador tocando seus ferimentos percebeu que estava muito ensagüentado. Bruxa caminhou para ele, mas este a parou com um aceno. Jurado não entendeu a intenção ficando apreensivo e temendo pela vida da guerreira. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Pode parar de lutar! Tenho uma informação para dar em troca da minha sobrevivência. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não está em posição de exigir nada! -disse Bruxa.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não estou falando só com você mulher, mas também com o maldito Jurado! Eu sei de algo que a polícia e o tal detetive chamado Hudson Carlton tanto querem saber. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hum! Você sabe quem matou a esposa do doutor Marrou? -perguntou Jurado.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Claro que sei, porque ajudei a mata-la! -disse Ceifador cuspindo sangue.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Parece que meu veneno está lhe fazendo efeito. Tem pouco tempo assassino. É melhor se confessar antes de perecer. -disse a Bruxa em um tom casual. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Já disse que irei sobreviver. Seus venenos Bruxa... não são nada para um homem... como eu! Mas contarei sobre o assassino... da esposa do doutor, pois assim... pago a dívida de me deixarem viver. E como sei que o Jurado... ama a justiça, não vai se opor a isso. E terá a oportunidade... de me matar depois, em outro dia... -disse o Ceifador liberando em cada reticência um pouco de saliva ou de sangue ou tossindo levemente.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Jurado! Irá aceitar isto? -disse a Bruxa não acreditando que estava consultando outra pessoa para resolver um assunto. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É uma vida que está em jogo aqui Bruxa, o que ambos de certa forma procuramos proteger. E ainda terei como fazer a minha justiça! -disse Jurado.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Fale logo antes que morra Ceifador! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sua namorada é muito apressada Jurado. E estamos morrendo...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não somos namorados! -gritou Bruxa que ficou envergonhada.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Dois mercenários foram contatados... para matar a esposa do doutor Marrou. Eu... e o assassino conhecido como Lançador de Adagas. Se vocês procurarem por aí... com seus contatos... com certeza o acharão. Ele me encontrou para ajuda-lo seguindo as ordens de alguém que está no escuro operando todo esse circo. E... não apenas nós dois estamos no meio disso... tem muito mais gente envolvida. Agora... vou cair fora daqui! -disse Ceifador saltando para o telhado de uma casa e seguindo pelos telhados rapidamente até sair da vista dos heróis. O Jurado desabou caindo de joelhos. Bruxa tocou suas costas e o amparou. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Preciso que me faça mais um favor. Conte tudo isso ao detetive Hudson Carlton. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não se esforce tanto senão seus ferimentos irão piorar. Vou te deixar em um hospital...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não! Não faça isso! Me leve a um galpão nas docas do Quarto Distrito...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não acredito que vai naquele lugar. Se te virem assim...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É melhor eles do que um hospital que irão me encher de perguntas. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você é quem sabe, a vida é sua! -disse a Bruxa amparando o herói e fazendo-o saltar sobre os telhados como o Ceifador. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-E você não se importa nem um pouco?! -perguntou Jurado com um sorriso sarcástico que fez a máscara rubra da guerreira parecer ainda mais vermelha.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Se não me importasse não teria te salvado. -disse Bruxa secamente, mas com o coração batendo de uma forma que não imaginava ser possível para ela. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">FIM</span></div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-44593845100872401442011-02-27T07:58:00.000-08:002011-02-27T07:58:56.264-08:00Capítulo 6: A Beleza e a Foice<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2005/guiadobrinquedo/images/halloween-0043-470.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="424" l6="true" src="http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2005/guiadobrinquedo/images/halloween-0043-470.jpg" width="640" /></a></div><br />
<br />
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capitulo 6: A Beleza e a Foice</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #0b5394;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Na noite recheada de estrelas da cidade de San Cristo, dois heróis se encontram sobre um pequeno parque no Terceiro Distrito. Os dois olhos se analisam fixamente apesar de cobertos por máscaras que escondem não só a visão, mas também o que está por trás de seus pensamentos. O Jurado com seu poderoso martelo da justiça que cria campos de força para protegê-lo dos perigos e assim caçar aqueles que difamam a justiça e se salvam nos tribunais a custa dos inocentes. A Bruxa com sua face coberta completamente por uma máscara rubra deixando a mostra somente seus cabelos quase azuis misturados a cor lilás e possuindo um ataque mortal em segredo. Os dois se analisam enquanto a Bruxa se prepara para contar uma história, sua história, seu passado, suas amargas lembranças que a tornaram a protetora do bairro das mulheres em San Cristo. O Jurado impaciente com o silêncio e lembrando de seu real objetivo ali, que é caçar o mercenário conhecido como Ceifador movimenta sua mão livre no sentido de chamar atenção da guerreira. A Bruxa balança seus cabelos ao sabor do vento que passa e o Jurado fica um pouco corado pensando “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Minha nossa! Como ela pode ser uma Bruxa, se me parece tão linda! Ainda mais assim, coberta pelo luar.</span>”</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-[ Muito bem, Jurado, a minha história começa com uma garotinha que era bem vigiada pelos pais, muito católicos, fervorosos, que não a deixavam livre nem por um segundo. Ela cresce indo para Igrejas e vendo a beleza das palavras de Deus e admirando os anjos, porque em si possui o drama da feiúra. Uma feiúra marcada por cabelos negros que parecem azuis e um rosto coberto por minúsculos sinais. Os pais da garota sempre a chamavam de feia, em momentos de irritação passava a ser simplesmente “cria do demônio”, tudo isso por causa da feiúra. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">A garotinha cresceu com esse estigma e pensou que na escola receberia um pouco do calor que chamam de amizade. Porém, ao chegar na escola em seu primeiro dia de aula foi martirizada por seus colegas e deixada de lado ganhando apelidos como “estranha” ou “infame”. Não demorou para garotinha entrar em desespero, mas não o desespero a quem estamos acostumados, um desespero ligado a sua alma que vinha sendo constantemente torturada pela solidão e pela feiúra. Logo mais, a menina cresce e encontra seu primeiro amor, mas ele a renega por sua terrível feiúra, procurando outra muito mais atraente, deixando a menina que já era sofrida mais dilacerada internamente. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Os anos passam e a menina vira uma mulher, marcada por usar roupas diferentes, sempre muito coloridas e desajeitadas, mas nunca teve uma amiga para lhe ajudar escolher roupas e sua mãe, uma mulher fervorosa, odiava a moda. A mulher ficou conhecida como bruxa por seus colegas no ensino superior e todos praticamente a renegavam ou odiavam. Muitos nem sequer a olhavam com medo de pegar sua feiúra. Só que todos esqueciam que ali residia uma pessoa que tinha muito medo da sua solidão. Logo mais, a garota encontra um jovem que se aproxima, tão belo, gentil e popular que nenhuma mulher poderia resistir ao seu encanto, mas ela descobre depois de amargo tempo que ele só queria usa-la como ferramenta de aposta, a qual ganhou ao fazer a menina dar seu primeiro beijo. Só que a mulher de tão apaixonada implorou para que não a abandonasse, que não queria mais ficar sozinha num mundo tão cruel, que ele a fazia sentir algo diferente e aquele beijo mostrava isso. Ela perguntou se ele não podia sentir aquilo, mas seus olhos frios e sua boca responderam calmamente: “Como eu poderia sentir algo por uma coisa tão feia, inútil e ignorante quanto você”. A mulher entrou em desespero com essas palavras, dessa vez o desespero de querer rasgar suas vestes e correr como louca, o que fez em parte, correndo desaforada pelas ruas da cidade e para melhorar a melancolia do momento foi em um triste dia de chuva. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">A mulher depois de chorar até secar suas lágrimas tentou ver o amanhecer de um novo dia indo normalmente para suas aulas, mas sempre que era vista, em vez de ser ignorada como antes, recebia os gracejos ousados e maldosos dos homens e a raiva e o rancor das mulheres. Algumas pessoas que antes nem olhavam passaram a ver e falar, mas não como a mulher e a menina esperavam, e sim da forma como mais temiam. Aonde entra o respeito por outra pessoa que tanto se fala na Bíblia? Será que os seres humanos são todos assim? Eram perguntas que a mulher queria as respostas, mas ninguém se importava em responde-las. Com o tempo a mulher descobriu que o mundo dos livros e das experiências era onde se sentia útil e um pouco melhor. Caiu nesse mundo com paixão, até ser interrompida repentinamente pela cruel morte de seu pai em um tiroteio. Era só mais um inocente que caia morto nas ruas de San Cristo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">No enterro do seu pai, poucas pessoas se faziam presentes e nenhuma delas lhe deu algum conforto, pois temiam pegar suas espinhas e se manchar com a estranha de seus cabelos. A mãe que antes já lhe falava coisas ruins, abandonou a igreja e passou a viver sua rotina em silêncio, sendo que sempre ao se dirigir a filha era com veneno em sua voz. A mulher finalmente saiu de casa deixando a mãe e tentando aliviar sua dor se aprofundou ainda mais em seu laboratório, onde fez uma poção que procurava deixa-la mais bela e atraente para as pessoas, pois assim nunca mais ficaria sozinha. Só que a poção falhou nesse ponto, mas há males que vem para bem, como dizem, pois a poção deixou-a mais forte fisicamente, mais ágil, sentia-se pela primeira vez invencível e assim decidiu combater o mal que assola San Cristo tornando-se uma heroína. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Como uma heroína caminhando como uma vigilante pelas noites percebeu o quanto o Mundo valoriza a beleza e o poder, estes andam de mãos dadas em sua construção. E finalmente as palavras sagradas lhe fizeram sentido, pois era na beleza dos homens dadas por Deus que estava a verdadeira força transformadora e muitas vezes opressora. Essa idéia ganhou certeza ao descobrir como as mulheres eram utilizadas por sua beleza para serem escravas no mercado paralelo, um mercado internacional do crime que usa até meninas para satisfazer velhos moribundos e cheios de dinheiro. Essa situação, fez esta mulher e heroína que você vê se tornar a real protetora deste bairro, que possui esse nome inteiramente por minha causa. E assim protejo este local sem ajuda de nenhum homem de todo o tipo de mal]. Por isso não é bem-vindo aqui!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Um silêncio mortal se intercala entre o término da história da Bruxa até a reação do Jurado que baixou a cabeça em resignação. A Bruxa viu que ele abaixou o martelo da justiça ficando levemente vulnerável. O Jurado ergueu sua cabeça lentamente e encarou a máscara rubra da Bruxa. Ela deu um passo pequeno e angustiado para trás temendo um combate, pois sabia que não seria nada fácil combater alguém como o Jurado. Porém, o homem resolveu que não queria uma briga e sim uma conversa, que começou com uma simples exclamação:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Beleza não é tudo! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">A Bruxa recebeu o impacto da frase não por ela em si e sim pela certeza que o tom de voz que seu locutor a imprimia. O Jurado continuou:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você acredita que a beleza e o poder estão no controle desse mundo, mas será que entendeu o que é a verdadeira beleza e o verdadeiro poder? Eu ouvi bem a história e fico triste de saber que não teve amigos em sua jornada, é muito triste uma vida assim, sempre é. Mas se quiser e se estiver disposta a abrir um pouco do seu coração, saiba que pode encontrar um amigo em mim. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mas que droga é essa que está dizendo?! Mal nos conhecemos e você já vem com esse papo de amizade! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Te conheço o bastante, pois você acabou de me contar sua história. E ao contrário de muita gente eu observei a dor e a solidão dela. Você usa sua máscara para esconder a feiúra que carrega, mas não sei como uma mulher de cabelos tão incomuns e com tanto mistério em seu movimentar possa ser realmente feia. -disse o Jurado voltando a ficar corado. A Bruxa dessa vez notou e por um momento se sentiu em paz. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sei que atravessou momentos difíceis, mas se quiser não precisar mais ficar sozinha. -disse o Jurado estendendo sua mão e caminhando para heroína. A Bruxa ficou paralisada diante da paz que o homem carregava em si e tentou mensurar a imagem de guerreiro agressivo que mata por justiça com um homem que tenta salvar uma alma perdida não conseguindo realmente compreendê-lo. O Jurado ficou de frente para Bruxa que deixou cair lágrimas de sua máscara, então o herói apanhou algumas com sua mão livre e ia tocar o rosto da mulher. A Bruxa percebeu o movimento e deu um passo pra trás passando a mão no rosto para retirar as lágrimas. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não precisa mais chorar em segredo. E nem guardar suas lágrimas amargas. Tente dar a si mesma um pouco de paz e felicidade.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Como você... -a Bruxa ia dizendo, mas foi interrompida por um rápido movimento do Jurado que a abraçou. Os dois voaram em pleno ar enquanto rajadas de balas surgiam por todos os lados. A Bruxa se sentiu pela primeira vez protegida e nunca pensou que isso poderia ser tão bom, ser protegida em vez de proteger, ter alguém para chamar de herói e mesmo nesses segundos no ar conseguiu agradecer ao Jurado por suas palavras de esperança. O Jurado recebeu três tiros em seu corpo de forma a evitar que atingissem a Bruxa, seu martelo poderia protegê-lo se estivesse erguido, mas se fizesse isso a jovem ao seu lado morreria. Os dois caíram sobre a areia do parque aparentemente desmaiados pelo choque e os bandidos resolveram sair de sua escuridão. Dentre eles um com um grande foice disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Desculpe atrapalhar o momento romântico dos heroizinhos! Mas está na hora de serem fatiados por minha foice! Estava me procurando Jurado? Estou a um passo de você sempre seu idiota! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Calma Ceifador! Eu acho que eles dariam um bom dinheiro num leilão com mafiosos. Muitos iriam querer a cabeça do Jurado! Mas a Bruxa tenho negócios pessoais com ela. Ela vai me pagar pelo que me fez! -disse um homem de terno cinza com várias cicatrizes no rosto. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Robert Robespierre... -sussurrou a Bruxa. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ela está viva ainda! Que maravilha hein Robert? Ter sua vingança! -disse o Ceifador. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Isso mesmo! Vai pagar pelo que fez ao meu rosto vadia! -disse Robert caminhando sozinho para o corpo destroçado da Bruxa. O Ceifador ansioso por ver uma morte baixou sua foice e colocou o queixo sobre ele de forma a assistir de uma forma melhor. Os bandidos com suas pistolas também sorriam mostrando seus dentes amarelados e felizes por acabarem com dois heróis de uma vez. Robert retirou uma faca da cintura e avidamente caminhou para guerreira, mas não viu que o Jurado ergueu-se rapidamente e o socou três vezes no rosto, cinco vezes no tórax e oito vezes no abdômen. Os movimentos foram extremamente rápidos para um homem comum tanto que os bandidos demoraram de preparar suas armas, apenas o Ceifador conseguiu vê-los com precisão, mas a distância o impedia de fazer qualquer coisa. A Bruxa percebeu que o sangue do Jurado manchava a areia e este caiu para frente enquanto Robert Robespierre caiu para trás. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Robert você é um tolo! Não devia ter se aproximado tanto! -disse o Ceifador. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Agora é minha vez de lutar Ceifador! Vou fazer você desaparecer deste bairro! Esse lugar não é para um imundo como você! -disse a Bruxa apontando suas ameaçadoras unhas para o inimigo. Os bandidos apontaram suas pistolas, mas o Ceifador ergueu o braço:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Deixem ela comigo. Quero ver se ela me diverte um pouco. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">A Bruxa fechou seus punhos e olhou de soslaio para o herói derrubado, onde sua mente quase gritava um tímido, mas importante “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">obrigado</span>”. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">FIM</span></div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-4428930209902214312011-02-22T15:56:00.000-08:002011-02-22T15:56:28.166-08:00Capitulo 5: A Bruxa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.portalangels.com/img/bruxa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" j6="true" src="http://www.portalangels.com/img/bruxa.jpg" width="528" /></a></div><br />
<br />
<br />
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #0b5394;">Capitulo 5: <b>A Bruxa</b></span></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">O Jurado voa sobre os telhados do Terceiro Distrito focado num objetivo único, encontrar um antigo herói dono de um famoso bar. Seus sentidos caminham em cada salto desferido sob a côrte do luar, onde cada movimento preciso era feito com a maestria de um acrobata de circo. Seu corpo encontravam facilidade ao pisar sobre as estruturas de concreto que davam suporte aos prédios, assim como as estátuas de animais estranhos adorados por seus moradores ou pelos construtores dos prédios. O jovem herói lembrou do que queria com o homem das armas e expressou em um rápido pensamento enquanto sobrevoava um grande espaço entre dois prédios, “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Preciso encontrar o maldito Ceifador!</span>”. O Pistoleiro tinha as informações que necessitava, era um homem que sabia das coisas e fazia por merecer seu título de herói. Mesmo que não possuísse grandes habilidades especiais como outros heróis, tinha a astúcia necessária para uma pessoa sobreviver numa cidade tão injusta. O Jurado pulou sobre o parapeito de uma janela encontrando uma mulher de toalha se exibindo para o marido, esta tomou um susto com a rápida aparição e ficou mais atordoada ao vê-lo passar por cima do prédio vizinho. Um garoto numa esquina observava as estrelas que saltavam com sua pureza maravilhosa no alto do céu fazendo resplandecer os olhos do jovem, que ficaram alarmados ao ver um homem mascarado saltar de uma altura de aproximadamente oito metros e ficar em pé. O Jurado olhou por cima do ombro com um sorriso sarcástico e o garoto passou de alarmado para agitado e gritou para mãe que trabalhava na cozinha:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mãe é ele! É ele!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quem é ele menino? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O Jurado mãe! É o Jurado...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Menino! Pare de gritar esse nome! Os heróis aqui são para serem vistos e não falados! Nunca se sabe os olhos grandes que tem por aí.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O que é olho grande mãe?! -disse o menino com olhos ainda brilhantes.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ahn! Deixa eu ver como vou explicar...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">O Jurado não quis ouvir o resto da comédia familiar e adentrou uma viela onde encontrou a pessoa que procura fumando um cigarro sentado num barril. O Pistoleiro olhava a decoração da parede de um prédio pichada com inscrições incompreensivéis, mas marcadas pelo ódio e pela violência. O Jurado aproximou-se cautelosamente, tocou o cabo do martelo que sempre carrega consigo, mas o Pistoleiro sem vê-lo presumiu seus pensamentos:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Pode se desarmar Jurado! Não vou matar você. Se quisesse você morto, já estaria assim. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É por isso que eu gosto de você Pistoleiro! É um autêntico herói, sempre ousado e pronto pra matar quando é preciso. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sua definição de herói não é bem a minha, mais deixemos essas coisas para lá e vamos direto ao assunto que não quero ficar muito tempo longe do meu bar. -comentou Pistoleiro.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Certamente. Vim saber se tem algo para me dizer sobre o Ceifador? Aquele assassino miserável está em minha lista de prioridades faz algum tempo. Só que é um inimigo muito escorregadio. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sei como é esses tipos! Nunca conseguimos derrota-los completamente. Fogem da prisão, matam de novo, nunca pensam em se redimir e trabalhar honestamente. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Para mim são a essência do mal que deve ser expurgado! -disse o Jurado em um tom de voz extremamente frio.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Uau! Falando assim é capaz de até me deixar com medo! -disse o Pistoleiro rindo e dando mais uma baforada com seu cigarro. O Jurado apenas olhou para as pichações com ar irritado e voltou sua atenção para o Pistoleiro, cruzando seus braços:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O Ceifador tem aparecido em seu Bar da Princesa ultimamente? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não. Ele anda sumido, pensei até que poderia estar morto, mas...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mas o quê?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Descobri que ele está trabalhando para um figurão...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Por que o estava investigando? Ele lhe fez algo? -perguntou o Jurado.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não me fez nada, mas um antigo colega me pediu informações sobre ele, então você deu sorte Jurado. O figurão que ele trabalha tem sua base aqui mesmo no Terceiro Distrito em uma área não longe desta, só que te aconselho a não ir para lá. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-E porquê?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Há um guardião lá que você talvez não queira enfrentar. -disse o Pistoleiro pela primeira vez realmente encarando o outro herói.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hum! Então estou vendo que a coisa vai ferver, pois a minha meta é aniquilar o Ceifador e vou aonde for preciso para essa justiça ser feita. -comentou o Jurado. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Bom! O figurão ao qual estou me referindo é o Robert Robespierre, uma mistura de traficante de heroína ligado a prostituição infantil internacional. É um homem infame de todo modo! -disse o Pistoleiro cuspindo em seguida. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-A justiça que faço é aquela que passa pelos tribunais e não é resolvida. Então esse traficante não me interessa tanto e sim o seu lacaio. Qual o bairro Pistoleiro? -disse o Jurado empunhando o martelo da justiça que pode criar um campo de força para protegê-los de projetéis, principalmente, de balas. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O Bairro das Mulheres... -disse o Pistoleiro que nem teve tempo de continuar, pois o Jurado saltou sobre o prédio ao seu lado e foi pisando de parapeito em parapeito até chegar no alto do prédio e correr pelos telhados. O Pistoleiro voltou a soltar uma baforada de seu cigarro e pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Jurado não imagina a encrenca a qual vai se meter!</span>”. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">O Jurado com fé em resolver finalmente sua pendência com o Ceifador correu pelos prédios com uma velocidade maior do que a iniciara a caçada, sentia seu sangue ferver, suas pernas se moviam por si mesmas de tanta vontade, seus olhos focavam o horizonte e ignoravam a beleza das estrelas e do luar, seus sentidos mais aguçados estavam ligados na única coisa que lhe fazia sentido, ou seja, fazer justiça. O Jurado chegou ao bairro das mulheres no Terceiro Distrito, diminuiu a velocidade de seus movimentos sobre os prédios e foi para uma área em que se encontra apenas residências. Observando cada esquina esperava que os bandidos aparecessem para lhe dar alguma informação. Não queria incomodar a paz dos moradores, pois essa tática normalmente trazia mais maléficios do que benefícios e os jornais teriam a manchete que adoram, JURADO MATA MORADORES POR SEDE DE JUSTIÇA. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">O Jurado entrou numa área com uma pequena praça para crianças brincarem, onde se encontram diversos brinquedos como um escorrega e uma gangorra. Lembrou dos tempos de criança onde não havia tantas preocupações e começou a invejar a juventude que não tinham esses problemas, mas a mente humana, curiosa e perniciosa como é, o levou para um caso onde uma menina foi estuprada e morta por dezenas de homens e nem um deles foi considerado culpado no tribunal. Isso acendeu seu ódio sobre eles tendo a oportunidade de caçar um por um, mesmo sendo homens de posses, mas não exatamente ricos, apenas vassalos de homens mais capazes. O Jurado ficou tão distante com essas lembranças que baixou sua guarda sendo atacado pelo que conseguiu ver de relance, uma unha postiça. O Jurado foi para cima do escorrega para fugir e várias unhas postiças o atacaram, mas ergueu seu martelo os repelindo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ora se não é o demônio chamado Jurado! -disse uma mulher encoberta pelas sombras da noite.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quem é que invoca meu nome? Apareça! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Uma pessoa que talvez não goste de conhecer a não ser que queira morrer! -disse a mulher saindo das sombras e revelando a face coberta por cabelos numa cor azul misturada com lilás, usando uma armadura que possui uma imensa ave na cor lilás de olhos negros em alto relevo na frente e nas costas, sendo sua intenção simular um corvo, mas com um tamanho descomunal. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Acho que acabei de te reconhecer. É a heroína que chamam de Bruxa! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hum! Estou vendo que me conhece, mas quero saber o que veio fazer no bairro das mulheres? Não sabe que eu protejo esta área? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-No momento de caçar acabei me esquecendo desse detalhe. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Então admite que está invadindo! Devo te fazer sair à força? -disse a mulher.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Nossa! Quanto ódio em tuas palavras. Sinto um rancor estranho em você. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não importa o que eu sinto! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Então porque você luta?! -disse Jurado fazendo Bruxa olha-lo atentamente empunhando um martelo e trazendo inquietantes lembranças. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Acho que não fará nenhum mal que conheça a minha história. Talvez assim compreenda porque deve sair deste bairro e porque todos tem o prazer ou a dor de me chamar de BRUXA! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #0b5394;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">FIM</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><br />
</div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-28277710484948916272011-02-16T18:59:00.000-08:002011-02-16T19:00:46.387-08:00Capitulo 4: A Prostituta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.abulsme.com/trip/2003q3/p20030904030828.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" j6="true" src="http://www.abulsme.com/trip/2003q3/p20030904030828.jpg" width="640" /></a></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><br />
</div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><br />
</div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capitulo 4: A Prostituta</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Gregory Peck dirige em alta velocidade em direção ao perigoso Quarto Distrito, sob a noite sem nuvens da cidade de San Cristo. Ao adentrar percebe a imundice humana representada na figura dos inescrupulosos bandidos, listando-se traficantes, assassinos, mercenários, cafetões e homens ricos interessados em diversões. O jovem fotógrafo apaixonado pelas bebidas e pela diversão já se beneficiou muitas vezes dos recursos do distrito, principalmente, as belas prostitutas do local. Já conheceu neste lugar todos os tipos de mulheres e já viu coisas além da imaginação de uma família comum. Também aprendeu até onde alguém pode explorar outro ser humano. Procurava acelerar sempre que passava por algo que julgava perigoso, além de evitar olhar para não se enojar. Mas ao ver um homem socando o rosto de uma jovem não pôde deixar de se comover. Parou o carro e saiu rapidamente aniquilando o homem com seu olhar. O homem respondeu com um olhar agressivo e apertou seus punhos. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Como é que é idiota? Nunca viu uma vagabunda apanhando não? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Só vejo um cara batendo numa mulher. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mulher?! Isso aqui?! -disse o homem apertando um dedo para jovem que tentava observar seus ferimentos passando suas mãos sobre o rosto. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Que tipo de homem poderia fazer isso a uma mulher? Ela está sangrando! Meu Deus! -disse Gregory.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Já disse que ela não é nenhuma mulher. É apenas uma das minhas escravas! E ela vai ter que fazer o que o dono dela mandar! -gritou o homem soltando saliva em seu ódio.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você disse que ela é sua escrava não é?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sim! Foi o que eu falei. Tem problema com isso? -perguntou o homem dando um passo.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu?! Não!... Só pensei que poderia compra-la de você? O que acha? Assim ela não te dá mais nenhum problema. -disse Gregory analisando que apenas o comércio poderia salvar a jovem de uma surra certa do seu cafetão. Pensou na possibilidade de enfrenta-lo em uma luta, porém, o homem possui fortes braços e uma pistola a tiracolo. Gregory com o canto dos olhos percebeu duas sombras em uma esquina, constatando que tinha mais gente a serviço do vilão. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hum! E quanto pagaria pela vadia? Ela custa caro. Olha só pra ela. Tem uns 13 anos, pele branquinha e macia, cabelos loiros como o Sol e faz o serviço como ninguém. -disse o cafetão sorrindo e mostrando dentes amarelados. Gregory pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Maldito monstro! Ela é só criança então! Eu já estava o odiando, mas agora...</span>”. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quanto quer por ela? -perguntou Gregory escondendo seus sentimentos de esmagar a cabeça do homem e mantendo o sangue frio.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ela realmente dá muito trabalho, por isso vou te fazer um abatimento. Custa caro arranjar meninas assim, lindas, pobres e que queiram ganhar seu dinheiro honestamente sem roubar do seu dono! -disse o homem agarrando o queixo da jovem com força para depois soltar em um gesto de violência. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O que ela fez pra bater nela assim? -perguntou Gregory com medo da resposta.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Essa vadia teve a coragem de me roubar! A mim! Seu maior benfeitor! -disse o homem fingindo-se ofendido. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu não... -começou a jovem choramingando. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quieta! Calada já está errada! -gritou o cafetão.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ainda não me disse quanto quer por ela. -disse Gregory apreensivo.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hum! Acho que uns dois mil e quinhentos serve. -disse o cafetão com um sorriso animado. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Certamente pode abater mais por ela ser tão bagunceira? -perguntou Gregory que não tinha todo esse dinheiro em mãos. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não! Já está com o abatimento! É dois mil e quinhentos e nada menos! -disse o cafetão. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Gregory procurou opções, mas imaginou que a batalha estava perdida. O cafetão começou a rir e disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não tem o dinheiro não é mané?! Estou vendo que a garota vai ter que continuar prestando seus serviços.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você é nojento. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu sei. Mas não devia dar esperanças a vadia desse jeito, vai que ela te faz de principe encantado! -disse o cafetão rindo e chamando seus dois capangas que já estavam rindo da história toda. Gregory deu meia-volta ressentido e começou a caminhar para o carro. O cafetão pensou que poderia se livrar do fotográfo facilmente, mas considerou que ele voltaria com o dinheiro. “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">De qualquer forma, se perder essa vadia, tem mais umas mil que posso utilizar</span>”. Gregory aproximou-se do carro quando ouviu ao longe um forte som carregado pelo vento. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Droga chefe! O que é isso?! -disse um dos capangas. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não sei! Mas fiquem ligados! Pode ser um dos malucos! -disse o cafetão.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">O som ficou mais forte e Gregory viu um homem aterrisar próximo a ele usando um sobretudo azul. O cafetão arregalou os olhos ao perceber de quem se tratava. Gregory esperou ver o rosto do homem, mas só encontrou uma máscara azul com um J em branco desenhado. O homem apontou o cafetão ameaçadoramente e disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu normalmente não elimino alguém que não foi julgado, mas no seu caso, cafetão idiota, eu vou abrir uma exceção! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu te reconheci! Você é o Jurado! -disse o fotográfo entendendo a pessoa por suas palavras. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você foi esperto em tentar compra-la, mas com esses tipos, você só tem uma única escolha... </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Maldito Jurado! Por que veio aparecer agora? -gritou o cafetão.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sabe como é, eu estava de passagem. A propósito, vocês sabem do Ceifador? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não! E mesmo que soubesse herói idiota, não lhe diria nada! -gritou o cafetão.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não tenha tanta certeza disso monstro! -disse o Jurado largando um pequeno sorriso. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O quê? -disse o cafetão dando um passo pra trás e movendo um dedo nas costas para avisar um olheiro numa casa próxima que estava tendo problemas. Gregory percebeu o movimento, ia avisar o Jurado, mas foi detido com uma negativa do mesmo. Jurado observou que os dois capangas estavam armados, por isso puxou seu martelo feito de uma liga metálica especial. Os homens sacaram suas pistolas e o cafetão puxou a jovem pelos cabelos procurando retira-la da linha de fogo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Se quer me ajudar e fazer algo de útil, proteja a garota que tentou salvar! -disse o Jurado erguendo o martelo e vendo que os homens começaram a atirar. O cafetão se escondeu atrás de uma coluna com a jovem ao seu lado. Gregory saltou para trás de seu carro e viu como as balas resvalavam no martelo e caiam no asfalto. O Jurado não parecia temer as balas e caminhou calmamente na direção dos capangas. Gregory assimilou um pouco de sua coragem destemida e partiu para cima do cafetão que acertou com um soco no rosto. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Maldito! Eu ia te poupar, mas agora vou... Te matar! -disse o cafetão puxando a pistola e mirando o peito de Gregory. A jovem num lampejo de coragem empurrou o cafetão um pouco antes dele atirar. A bala acertou a coluna enquanto Gregory lançou um soco lateral que jogou o homem ao chão. Ao sentir o sangue escorrer por seu nariz, o cafetão enlouqueceu procurando sua pistola. Gregory ia disparar outro soco no homem que se fazia de derrotado, porém, sentiu o click da pistola atrás de si. O cafetão ergueu-se com os braços abertos em pura fúria e uma bala atravessou sua garganta. A jovem com a pistola em punho derramava lágrimas que manchavam suas vestes brancas. O fotográfo impressionado procurou tomar a arma enquanto o cafetão caia em uma poça de sangue. A jovem choramingou nos braços do seu herói enquanto sussurava baixinho:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Morra porco! Morra!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Enquanto Gregory enfrentava o cafetão, o Jurado combatia seus capangas. Ao se aproximar dos dois capangas, eles largaram suas pistolas começando a correr desesperados. O Jurado pegou uma corrente colada a sua cintura e laçou um dos inimigos o puxando para si. O outro parou vendo o colega em apuros, mas apenas para ve-lo perder sua cabeça ao ser acertado pelo martelo da justiça do Jurado. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">O Jurado sentiu que mais inimigos vinham para ataca-lo pelas costas, então ergueu seu martelo para trás se protegendo das balas do inimigo. O colega voltou para ver o corpo do primeiro, mas com a mão livre o Jurado o acertou na cabeça com sua corrente. Os homens que trabalham para o cafetão sentiram a chance de derrotar um famoso herói, então todos resolveram aparecer com suas pistolas e metralhadoras em punho. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Essas armas nojentas não poderão deter o martelo da justiça! -gritou o Jurado fazendo seus inimigos tremerem. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não se amedrontem caras! Ele é apenas um!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É isso mesmo! -gritou outro. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não tenham medo que ficaremos famosos! -disse outro.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Muitos idiotas já disseram-me coisas parecidas e agora estão a sete palmos do chão! -disse o Jurado num tom de voz mais frio e olhando fixamente seus inimigos analisando a batalha antes dela acontecer. Um dos capangas de aparência jovem e destemida apontou sua pistola para cabeça do Jurado. O herói ergueu seu martelo, correu em direção aos inimigos acertando três de inicio, depois chutou a perna de outro que desejava ataca-lo pelas costas, então usando sua corrente apertou seu toráx até sufoca-lo enquanto derrubava mais dois inimigos com a força destruidora de seu martelo. Um deles era o jovem destemido que foi ao chão choramingando. Ao verem vários homens derrotados, alguns capangas desistiram da luta sobrando apenas três que decidiram observar o cafetão estatelado no asfalto. Um dos homens mirou o fotográfo, mas foi atingido no peito antes que pudesse atirar. Outro resolveu largar sua pistola e puxar uma espada de sua cintura começando um duelo de martelo e espada com o herói. A jovem choramingando apertou ainda mais o braço de Gregory que notou que o último capanga se aproximava lentamente por trás do Jurado. Gregory pegou a pistola do cafetão, mas foi poupado de fazer qualquer ação, pois o herói derrotou o primeiro inimigo quebrando sua espada e acertando-o no abdômen e venceu o segundo girando rapidamente em uma meia-volta parecida com a de um experiente dançarino acertando o inimigo na cabeça com seu martelo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Pronto garota! Já passou! Acabou a luta. -disse Gregory afagando os cabelos da jovem.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Morra porco! Morra! -chorou a jovem.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ei vocês?! -disse o Jurado se aproximando.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Em que podemos ajudar?! -disse Gregory admirado.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Acho difícil me ajudarem! Mas estou a procura de um mercenário conhecido como Ceifador. O julgamento final dele está próximo! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não sei onde ele está, mas já o vi uma vez no Bar da Princesa.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hum! Já sei. Obrigado por sua ajuda cidadão. -disse o Jurado caminhando para uma esquina ao lado e desaparecendo por ela. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Gregory carregou a jovem até seu carro e no caminho pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que vou fazer agora? Como vou lidar com essa menina? Ai meu Deus!... Mais é melhor comigo do que com aquele monstro</span>”. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">FIM</span></div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-66244591532919603602011-02-07T13:14:00.000-08:002011-02-07T13:18:45.387-08:00O Detetive<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://l.thumbs.canstockphoto.com/canstock0763304.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="640" src="http://l.thumbs.canstockphoto.com/canstock0763304.jpg" width="640" /></a></div><br />
<br />
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Capítulo 3: O Detetive</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Hudson Carlton olha pela janela de seu imponente escritório na principal avenida do Segundo Distrito da grande cidade de San Cristo. As pessoas caminham apressadamente para mais um dia de trabalho. O dia ensolarado sem qualquer presença de nuvens aumenta as expectativas dos cidadões. Um homem com um charuto na boca encostado numa esquina se vira para uma mulher de cabelos longos pretos caminhando de forma imperiosa em seu sobretudo bege. O homem sorri com dentes amarelados e a mulher percebe sua malévola intenção ao notar que este pousava languidamente seus olhos negros da cor da escuridão em sua bolsa. A mulher pensou em correr, seus pés demonstraram isso em um pequeno tropeço, mas o homem foi mais rápido e afanou a bolsa como se nada mais importasse na vida. A mulher gritou por um policial, porém não havia nenhum na avenida. As pessoas assustadas abriram caminho para o bandido. Hudson puxou um objeto metálico de seu bolso direito, o ergueu lentamente a vista de seus olhos, sincronizou seus pensamentos com o movimento do bandido ao longe. A mulher gritou novamente dizendo que tinha fotos importantes de família na bolsa e perguntou aos céus se ninguém se importava. Hudson gritou mentalmente “Cala a boca mulher! Já estou começando a me arrepender do que estou prestes a fazer”. O bandido satisfeito com seu ganho já imaginava seu próximo passo, que era obviamente, vender tudo que estava na bolsa e conseguir umas pedras para um longo divertimento com sua namorada à noite. Hudson mirou o indíviduo e na luz do Sol sob a janela aparecia a alcunha cruel de um revólver. O bandido pensou nas noites com a namorada enquanto virava a esquina, em sua pele macia de menina e em seu corpo sarado de mulher, saboreou em seus lábios o momento de triunfo, para no segundo seguinte cair estatelado no chão frio do vazio do asfalto, onde todos o rodearam em segundos de inteira repugnância e aplaudiram o misterioso atirador. Hudson respirou fundo e colocou o revólver na mesa. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você realmente nunca muda hein meu amigo?! -disse uma voz na cadeira à frente. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É o que você pensa Gregory? -disse Hudson sentando em sua cadeira e olhando fixamente os olhos negros de seu colega. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Acho que sua essência principal é a justiça! Você sempre acha que é possível faze-la e nem sempre pensa nas consequências. -comentou Gregory.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hum! Agora estou levando lição de moral de um fotográfo beberrão! -disse Hudson dando uma gargalhada.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É excelente te ver rir meu amigo. -disse Gregory piscando um olho.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Acho que só você consegue me fazer rir assim. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Aliás, falando de amizade e felicidade. Você me faria muito feliz me emprestando aquela quantia novamente. -comentou Gregory. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Nossa! Já está querendo me extorquir! -disse Hudson abrindo as mãos. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Que é isso amigo! Lembre-se sempre da nossa inesgotável amizade. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ah sim! E como fica meu não inesgotável dinheiro. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Nossa! Que pão-duro! Sei que você está naquele caso do doutor Marrou. E ele é um dos homens mais ricos da cidade. -disse Gregory com ar malicioso. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Como sabe disso? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ah cara! Eu sou um homem informado, apesar de fotográfo beberrão! -disse Gregory apertando a vista.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Nem me olhe assim. Só fui realista. -disse Hudson olhando para o lado com um sorriso nos lábios. Gregory ficou levemente emburrado, porém, continuou:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Soube disso dos meus contatos no Quarto Distrito. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Claro! O porão e o inferno da cidade! -exclamou Hudson. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sabe-se de tudo por lá e como sou um frequentador assíduo...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Gastando meu pobre dinheiro em vadiagens! -cortou Hudson. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ah não! Não faria isso com a grana de um amigo. O dinheiro que uso lá é meu e de minhas fotos. -disse Gregory sem inspirar confiança.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sei...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mas o que apurou do caso hein? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Seu interesse até me anima, mas sei que não vai entender nada mesmo. -comentou Hudson e Gregory ficou novamente emburrado. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O doutor Marrou aparentemente matou a esposa como os jornais fizeram tanta questão de alardear. Mas sei por pequenos detalhes que o doutor nada tem a ver com o assassinato em questão. Apesar de ser encontrado dentro de casa em seu quarto e sua mulher morta na sala, ele nada sabe do ocorrido. Acredito que um mercenário foi pago para mata-la segundo informações que obtive ontem. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Já sabe quem é o cara?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não. Mas tenho uma idéia de como posso encontra-lo. -disse Hudson com ar misterioso e fazendo Gregory ficar pasmo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Terei de fazer uma visita a um velho conhecido esta noite. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-E posso ir junto? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É claro que não!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Depois dessa é melhor eu ir me saindo. -disse Gregory erguendo-se e dando um adeus com as mãos. Hudson ficou aliviado de não perder mais algumas notas em sua carteira e pensou: “Estou salvo por hoje pelo menos”. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Logo mais à noite, Hudson caminha pelas ruas do Terceiro Distrito, onde busca encontrar um velho amigo. Ao passar pelas calçadas observa a podridão que se espalhou nas últimas décadas na próspera cidade de San Cristo. Cidade construída para ser modelo entre as idéias comunistas e capitalistas oriundas da Guerra Fria. Hudson pensou no passado e em como se divertia nas ruas da cidade quase sem problemas, onde havia heróis famosos que cobriam vários pontos da cidade e os bandidos procuravam sempre fugir. A situação está começando a se inverter, onde os heróis se escondem em bairros menores e lutam no dia-a-dia contra a escuridão que adentra os corações dos homens. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">O objetivo de Hudson é o Bar da Princesa, onde costumam se encontrar várias personalidades da cidade, incluindo a pessoa a quem procura. No entanto, sabe bem que é um local cheio de discussões e brigas, onde precisa ficar alerto a todas os movimentos. Segundo casos anteriores que resolveu, as chances de encontrar uma informação ou um informante pelo Bar são de 70%. Os gangsters e alguns heróis aparecem por lá para se divertirem e tomarem seus drinques, mas Hudson quase sempre vai a negócios. É um terreno neutro para conversas e acordos graças a interferência de seu mentor e amigo, o homem que ficou conhecido entre os anos 70 e 80 como o “Pistoleiro”. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Ao entrar no Bar, observou a grande quantidade de pessoas instaladas nas mesas fazendo jogos, acordos ou tendo conversas casuais. Era possível ver ao fundo as dançarinas de cabaré mostrando seus corpos cheios do suor de mais um dia de trabalho. Algumas daquelas mulheres tinham que sustentar seus filhos pequenos ou uma família inteira, mostrando as dificuldades da cidade grande. Hudson caminhou com as mãos nos bolsos e olhando os lados para encontrar o que precisava. Seus olhos pousaram num homem encostado no balcão principal onde serviam os drinques. O homem pareceu sentir os olhos em suas costas e virou lentamente. Hudson aumentou seus passos e encarou o homem de cabelos loiros curtos e olhos verdes. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ora se não é meu aprendiz! Há quanto tempo que não vem ver seu mestre! -disse o homem abrindo um largo sorriso. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Deixa de besteira que você nunca foi muito sentimental! Apesar de que é sempre bom rever um velho amigo. -disse Hudson com um leve sorriso. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Senta aí que eu te pago um drinque. -disse o Pistoleiro fazendo um aceno com a mão para o barmen trazer dois copos. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Como andam os negócios? -perguntou Hudson observando o barmen colocar o drinque em seu copo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Andam muito bem! Os lucros tem aumentado pelo porto seguro que é o meu Bar. Tudo isso graças a intervenção da minha equipe protetora. -comentou o Pistoleiro com um sorriso maldoso nos lábios e bebericando seu drinque. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Claro! Os seus fantoches e ex-heróis também. -comentou Hudson. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Nossa Hudson! Não fale desse jeito de seu mestre! Que coisa feia! -disse o Pistoleiro com um sorriso sarcástico e tomando outro gole. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mas indo direto ao assunto...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Como sempre né! -disse o Pistoleiro novamente sorrindo e fazendo Hudson ficar levemente emburrado.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Vim para buscar informações sobre o assassinato da esposa do doutor Marrou. Tenho sérias desconfianças de que ele não matou sua esposa, além da própria declaração dele. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ele não parece o tipo de cara que mataria sua esposa mesmo. Pelo que sei é um homem honrado e um pai amoroso. Conheço bem o tipo.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Do jeito que fala parece ser algo ruim. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não é isso. É que me lembrou de uns sujeitos que conheci. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você conhece quase todo mundo por causa desse Bar. -comentou Hudson bebericando seu drinque. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Tem razão. -disse o Pistoleiro fingindo surpresa. -Mas voltando ao assunto. O que quer de mim? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quero saber se tem visto o Ceifador ultimamente? -perguntou Hudson sério.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hum! O Ceifador. Elemento perigoso, mercenário sujo que dificilmente pode ser impedido em sua sana sanguinária. Mas faz tempo que não o vejo e acho que ele não matou a esposa do doutor. -disse o Pistoleiro com extrema confiança que não passou despercebida por Hudson:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O porquê da certeza?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O Ceifador está se escondendo do Jurado, por causa de um crime que ele cometeu no passado. Algo assim! E você sabe como é esse herói maluco, nunca desiste! -comentou o Pistoleiro pedindo outro drinque ao barmen.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Se não foi o Ceifador, quem poderia ter sido em sua opinião? Já que conhece quase todos os heróis e bandidos da cidade. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ainda diz quase? Eu conheço todos, inclusive alguns que você nem faz idéia e isso me faz ter certa proteção.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hum! Sei. -comentou Hudson tomando um gole. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Para saber algo sobre seu mercenário, preciso saber o tipo de arma? O local onde ela foi encontrada? O local onde ela foi morta? E se havia alguma passagem secreta na casa?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-A arma foi algum objeto pontudo pelo que a polícia pôde averiguar, talvez uma espada ou uma lança modificada. Ela foi encontrada na sala enquanto o doutor dormia o sono dos anjos no quarto. Aparentemente morta na sala, enquanto desceu para beber um copo de água. Isso foi comprovado pela geladeira aberta. Não existem passagem secretas na casa apesar de ser uma mansão e todas as portas foram fechadas por dentro. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Parece claro para mim algumas coisas. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O quê?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Fora aqueles bandidos ou heróis com capacidade de se teleportar que são muito poucos, podemos ter a certeza de que o assassino a atacou por fora da casa de algum lugar privilegiado, talvez uma árvore ou o telhado de uma casa próxima. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Faz sentido, mas isso eu já tinha pensado. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Continuando: Partindo do ponto que o ataque a senhora tenha ocorrido de fora da casa e por um objeto pontiagudo. Existem poucos mercenários com a habilidade de lançar um objeto desse e o fazer voltar a sua mão, ainda mais a uma distância dessa. Pois pelo que li nos jornais foi encontrada quase no meio da casa. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Correto. Realmente não cogitei a possibilidade de ser alguém que pudesse recuperar a arma do crime sem nem ter pisado na casa. -comentou Hudson franzindo o cenho.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Indo por esse caminho, existem poucos mercenários na cidade que poderiam fazê-lo, excetuando os de cunho heróico. Acho que nenhum herói iria querer prejudicar o doutor, pois o único projeto que sabemos de sua participação direta é o Projeto Extremo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Já pensei nessa possibilidade, porém, a maioria dos vilões do Projeto Extremo estão presos e outros foragidos por causa da presença do Extremo 8. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Esse é um herói interessante e dos meus. -disse o Pistoleiro sorrindo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Dessa forma preciso investigar todos com habilidades de manejar armas pontiagudas de longa distância. -comentou Hudson.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Uma conversa com o legista poderia ajuda-lo a precisar a arma do crime. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Já pensei nisso também. Bom mestre! Foi bom reve-lo e obrigado por sua ajuda. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Se fosse outra pessoa, essa ajuda seria em dinheiro. -comentou o Pistoleiro rindo e fazendo Hudson rir com o movimento de mão de seu mestre sinalizando dinheiro. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Hudson apertou a mão do Pistoleiro e fez o caminho de volta para porta. O Pistoleiro continuou bebericando seu drinque, mas algo estalou em sua mente e gritou para Hudson:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Cuidado! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Uma bola de ferro de um metro e meio de diâmetro adentrou a porta do Bar destruindo o vidro dela em milhares de estilhaços. Um campo de força na cor azul protegeu Hudson dos estilhaços enquanto este colocava os braços no rosto para evitar o choque com seus olhos. Ao acordar para realidade, viu a bola de ferro dentro do salão e uma grande movimentação dentro do Bar, onde todos buscavam refúgio. Olhou para trás e viu um homem com uma roupa composta por botas, calça e camiza azuis, onde suas botas tinham listras prateadas e por cima de sua camisa uma proteção metálica com um desenho de um escudo grego na cor azul só que em um tom mais escuro que o da roupa. O Pistoleiro observou a máscara do sujeito feita de material metálico cobrindo apenas metade do rosto, deixando a boca e o queixo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É melhor procurar um refúgio detetive! Meus poderes mentais não são eternos. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É o Escudo Azul! -gritou uma dançarina agitada e escondida atrás do balcão.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Droga! É um herói maldito! Posso matar chefe? -perguntou um bandido anão para seu chefe robusto. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ta maluco Quibby! Ele ta protegendo a gente agora. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Valeu pela ajuda Escudo Azul! -disse Hudson correndo para perto do Pistoleiro que ergueu uma mesa para escapar dos estilhaços e estava reclamando com um barmen que deixou uma garrafa de um bom vinho cair no chão. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Vamos Bola de Ferro! Eu sei que você está aí fora! -gritou Escudo Azul. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hum! Desgraçado Escudo Azul! Vou te matar por salvar o meu alvo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Pistoleiro virou para Hudson que não esboçou nenhuma surpresa. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Parece que você está sendo bem requisitado meu aluno. -disse o Pistoleiro erguendo sua pistola. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É. E dessa vez nem sei quem quer me matar. -disse Hudson vendo o Bola de Ferro entrar pela porta destruída e pisando nos cacos de vidro com suas botas metálicas de cor preta. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Continua com esse capacete horrível! -comentou Escudo Azul.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Está tirando uma comigo ainda! Agora sim que vou te quebrar todinho! -disse Bola de Ferro puxando sua corrente para mais um ataque. A sua bola de ferro de um metro e meio de diâmetro está ligada a uma corrente marrom e amarrada firmemente em seu braço esquerdo. O capacete é metálico do mesmo material das botas e com a forma de um capacete de jogador de hoquéi. Escudo Azul não pôde deixar de rir com a estrutura desajeitada do gigante Bola de Ferro. Pistoleiro gritou para os dois combatentes:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Me desculpem amigos, mas a briga de vocês tem de ser lá fora! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Cala a boca velho! -gritou Bola de Ferro.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Por mim tudo bem! -disse Escudo Azul abrindo as mãos e irritando ainda mais o Bola de Ferro que investiu em um novo ataque, mas sua arma foi rapidamente repelida por uma colisão com o ar. Bola de Ferro pensou ter enlouquecido ao ver o vento rebatendo seu ataque. Escudo Azul já tinha percebido a presença de outro herói no recinto e preparado para batalha, mas desconfiava da presença de outro, o que se confirmou com o aparecimento de duas pessoas fantasiadas com uma roupa prateada e outro com uma roupa azul com detalhes em branco. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O Pistoleiro mandou vocês saírem! -disse o homem de roupa prateada. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Vejam só, o Pulso e a Sônica trabalham pro Pistoleiro. Essa eu não sabia. -comentou Escudo Azul. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-E nem eu. -disse Hudson.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu disse que tinha proteções especiais. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ei Bola de Ferro, eu sei que nem você é tão burro de enfrentar nós três aqui dentro. É melhor você ir embora. -disse Sônica com sua voz leve e ao mesmo tempo firme. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Bola de Ferro observou os heróis com cuidado, pensou que poderia derrubar dois deles, mas dificilmente conseguiria parar os três, além de que teria de enfrentar o Pistoleiro e o detetive também. Pulso deu alguns passos em direção ao gigante de ferro, no entanto este ergueu a mão em sinal de paz e saiu caminhando. Hudson ajudou o Pistoleiro a levantar. Sônica e Pulso balançaram a cabeça em sinal de respeito ao Pistoleiro e saíram de cena rapidamente. Escudo Azul voltou a sentar em sua cadeira no canto do Bar. As pessoas voltaram calmamente aos seus lugares. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Emoções fortes hein?! -disse Hudson.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ah! Estou acostumando a ter uma dessas toda semana desde os meus vinte anos. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Já não tem vinte anos a muito tempo Pistoleiro. -comentou Hudson.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Nunca duvide das habilidades de um velho meu aluno e tome cuidado com esse caso, pois ele está começando a ficar perigoso demais. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Hudson assentiu com a cabeça e seguiu seu caminho passando pela porta destruída e olhando o redor para ter certeza que o Bola de Ferro cumpriu sua palavra, mas não temia um ataque, pois sabia que o Pulso e a Sônica comandavam a área. Preocupou-se apenas quando chegou a seu carro, onde pensou que o Bola de Ferro poderia estar esperando-o em casa, mas olhou para o céu e viu uma espada dourada saltando entre os prédios, então respirou fundo e entrou no carro. Pensou “<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Assim termina mais um longo dia de trabalho! E quê dia!</span>”. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">FIM</span></div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-72157229340636929002011-01-23T09:08:00.000-08:002011-01-23T09:16:23.958-08:00Capítulo 2: Conflito<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvRdD6ol_Kr_i0CewpuYhaATfY3WjTBAk0yKGhwZS9cM8miKHdIwxfv_agh0JBsOQ1Mva7seypsoZdIt3XwvHO-EsVj87VBK3ejozhxqpXtA1LA1Mo3MenmhbLWGHziP4bL3g6TGPwUXA/s400/eight.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" s5="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvRdD6ol_Kr_i0CewpuYhaATfY3WjTBAk0yKGhwZS9cM8miKHdIwxfv_agh0JBsOQ1Mva7seypsoZdIt3XwvHO-EsVj87VBK3ejozhxqpXtA1LA1Mo3MenmhbLWGHziP4bL3g6TGPwUXA/s400/eight.jpg" width="400" /></a></div><br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;"><span style="font-size: x-large;">O </span>despertador soou loucamente na cômoda. Um jovem de cabelos pretos curtos e face livre de espinhas ou marcas da juventude se olhou no espelho à sua frente, localizado perto da cama. O lençol macio em sua pele o lembrava que estava em sua cama quentinha e o som dos pássaros o acordava para um novo dia. Olhou o despertador na cômoda que continuava seu barulho ensurdecedor, tocou no pino que o parava e levantou-se rapidamente da cama. Seus pensamentos vieram de sobressalto, onde viu imagens de homens com roupas chamuscadas e um cenário de destruição. O jovem cortou seus pensamentos tão rapidamente como eles o vieram, então seguiu cambaleante para o banheiro. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">O jovem observou sua face limpa no espelho e pegou sua escova de dentes. Um som distante de gritos o acordou completamente, pois estava sonolento e ainda não queria erguer-se pra enfrentar o dia. O jovem parou para prestar atenção nos sonos que ouvia no outro lado da porta e sabia o que estava acontecendo, mesmo sem ver. Pensou, “De novo aquele maldito está se aproveitando dela. Não sei como ela pode se envolver com um homem como esse. Monstro!”. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Os sons aumentaram de intensidade e um forte estalido fez com que o jovem corresse para abrir a porta dos fundos de sua casa. Ao abrir os olhos fora da porta percebeu uma mulher caída à frente da porta de sua casa e um homem corpulento com os punhos cerrados ameaçando-a. A mulher erguia sua face timidamente tentando desviar os olhos da maldade que acontecia. O jovem ia falar algo para o homem, mas suas palavras ficaram presas na garganta, observou a mulher caída e sentiu um grande pesar. O homem gritou: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sua vagabunda! Olhando para aqueles caras! Pensa que não vi sua vadia? Você é minha e só minha! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Por favor! De novo não! -disse a mulher em prantos.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não?! Então devia ter pensado nisso vadia, quando olhou pra aqueles rapazes! -disse o homem tirando o cinto que prendia sua calça. A mulher arregalou os olhos e cobriu a face com os braços. O homem nem hesitou em acertar-lhe o rosto, mas foram os braços que se machucaram. O jovem aturdido queria fazer algo, mas suas pernas não se mexiam e seus pensamentos se moviam para um conhecido ditado. “Em briga de marido e mulher não se mete a colher”. No entanto, tinha algo que sua mente se preocupava ante os golpes tortuosos do cinto. Era outro pensamento que massacrava seu coração: “Ele é um colega. Um policial como eu, um combatente do crime numa cidade tão injusta”.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Então mulher? Aprendeu sua lição? -disse o homem com um sorriso malicioso.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sim! Eu entendi. Eu te obedeço e não faço mais...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não faz mais o quê? Eu quero ouvir direito! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não olho pra mais ninguém, só pra você... -disse a mulher em prantos e agarrando a calça do marido. O homem respirou fundo, ainda com seu sorriso nos lábios, acariciou os cabelos loiros da mulher e depois os puxou a levando para dentro. Nos olhos do jovem policial aquilo foi realmente triste, pois conseguiu perceber no último instante uma coisa que fez seu coração saltar, os pulmões chegaram a paralisar e seus sentidos iam sumindo, o chão lhe faltava e nas lágrimas derramadas por aquela senhora encontrou um sentido que nunca tinha visto em sua vida. A porta se fechou com um grande estalo e os olhos do policial ficaram vazios até seu celular tocar em cima de uma mesa. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Alô?! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Olá Dresden! Não vem trabalhar não? Você está atrasado!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Droga! É mesmo! -disse Dresden olhando o relógio.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Então?! Você vem pro distrito ou não? -perguntou o colega. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Calma Florença! Eu ainda nem me arrumei direito. Mas bem que você poderia me adiantando sobre o caso de ontem. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Adiantando como? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Esqueceu do caso de ontem. Os homens quase incinerados pelo Mão de Fogo.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ah isso! O legista mandou o relatório, mas é o de sempre como você já sabe. Estamos tentando localizar a mulher que os vizinhos afirmam que foi salva dos dois bandidos. Mas até agora nada. -informou Florença.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Então nem precisava me ligar não é? -disse Dresden. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Claro que precisava! Passou do horário e já sabe como o chefe fica quando não vê que estamos todos aqui. O Segundo Distrito é um dos mais pacíficos e o chefão quer que continue assim. -disse Florença.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sei... -disse Dresden vestindo sua calça de trabalho.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Tem outra coisa. Eu já estava me esquecendo. Sabe aquele caso que nós estávamos trabalhando na semana passada?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Lembro sim. Não é o caso Marrou? -perguntou Dresden colocando sua camisa branca. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Exatamente. Lembra das evidências do caso e de como o doutor Marrou está prestes a ser condenado pelo crime? -disse Florença.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Os indícios apontam para ele. -comentou Dresden colocando um terno marrom. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Só que temos um informante que pode mudar toda a história e o cara pediu para nos encontrar perto da casa dele. Pelo que podemos averiguar por aqui parece que o homem trabalha para um dos chefões da cidade. -disse Florença.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não gostei disso! Ta me cheirando a problema. -disse Dresden pegando suas chaves perto da porta. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu também acho, mas é o nosso trabalho. E também podemos livrar um doutor inocente da cadeia. -disse Florença.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Dresden olhou para casa da mulher que fazia seu coração disparar como se estivesse dizendo adeus, abriu a porta do seu carro popular e entrou. Florença percebeu que o colega não respondia a seus apelos no celular. Dresden ainda perdido em pensamentos conflituosos com sua vizinha e amada deixou o fone pouco afastado da sua orelha. Dresden viu o homem corpulento sair para fumar indo se encostar num poste à frente da residência. A mulher apareceu na janela ainda derramando rios de lágrimas. O homem com extensas baforadas não aparentava a fúria de outrora e ao perceber o colega policial no carro resolveu acenar. Dresden fingiu não perceber o aceno, mas voltou atrás e deu um aceno enquanto ligava o carro. Florença quase desesperado gritou no celular:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Dresden! Você ta aí, jovem cabeça de vento! Não me deixa falando sozinho!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Foi mal Florença! Eu estava perdido em pensamentos. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Depois você me fala desses pensamentos, vou desligar que o chefe ta se aproximando. Até nesse instante! -disse Florença desligando e dando paz para Dresden voltar a pensar em sua amada impossível. “Que destino cruel fez meu coração se interessar tão fortemente por essa mulher. Eu nem quero pensar nas consequências se tentasse me aproximar. Não tenho essa coragem toda para enfrentar um colega e ainda, talvez, ser ridicularizado entre todos os meus colegas. Florença e Nápole, meus companheiros de trabalho, poderiam me abandonar. Talvez fosse expulso da corporação por fazer isso. O homem é bem influente... Sei disso... E dá pena por isso também... É um homem cheio de possibilidades que poderia ter outras mulheres para encher e não se meter com a que estou apaixonado... Ah meu coração! Por que faz isso comigo? Logo agora... Isso nunca tinha acontecido... Logo por quem...”</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Dresden dirige pelas ruas movimentadas da cidade, observa o correr das pessoas procurando sua vida em mais um dia de trabalho. No entanto, ele bem sabe, que muitos não vivem sua vida honestamente, procurando prazeres facéis e oportunidades futéis. As lojas ao passar pelo centro do Segundo Distrito estavam abarrotadas de donas de casa procurando as temivéis promoções, em alguns casos, os maridos desolados apareciam esperando num carro na esquina e tendo o cuidado de cuidar dos filhos inquietos que a toda hora perguntavam pela mãe. Dresden ficou feliz em não ser pai nesse momento. As facilidades da vida urbana realmente dominam a mentalidade das pessoas e em San Cristo está visão de vida pode estar ligada a uma visão de morte dependendo do bandido com que você se identifica. Dresden considerava até os heróis mascarados e vigilantes noturnos como vilões que tinha que combater para trazer justiça a San Cristo. Seus colegas sempre repudiaram sua desnecessária preocupação. Alguns colocavam-no como infantil e até radical, mas no fundo seu único objetivo era trazer paz e justiça a cidade onde morava, além de ser seu dever. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Dresden estacionou seu carro numa esquina próxima do distrito policial, caminhou quase uma quadra e entrou no prédio. Alguns policiais logo cumprimentaram o jovem detetive, pois apesar da pouca idade, era considerado brilhante e resolvia muitos casos complicados. Florença aproximou-se correndo e disse: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Finalmente hein dorminhoco! Assim nós nunca poderíamos ver o informante. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O Nápole está por aí? -perguntou Dresden encostando numa mesa. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O Nápole foi resolver alguma coisa pro chefe, por enquanto somos só nós dois. Espero que já tenha acordado bela adormecida. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Dresden soltou um muxoxo e pegou uns papéis em sua atrapalhada mesa. Florença e outro colega que passava com um detento fizeram cara de nojo. Dresden fingiu não ver e Florença comentou: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Como é, vai me contar sobre aqueles pensamentos que te perturbam ou vai deixar pra quando terminarmos com o informante. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Acho que posso te contar no caminho. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Hum! Não vejo a hora de saber...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Nossa cara! Parece uma vovozinha fofoqueira! -comentou Dresden sorrindo.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É sempre bom um policial ficar informado, inclusive sobre seus colegas. -respondeu Florença puxando Dresden pelo braço. Os dois policiais saíram do distrito e Florença o convenceu a encontrar o informante no carro dele. Os dois saíram em disparada pelas ruas de San Cristo e depois de quase duas horas chegaram ao Quarto Distrito, ou melhor, a parte lixo da cidade, onde se reúnem todos os piores tipos humanos que a consciência pode conceber. Os policiais sentiram um arrepio ao atravessar a fronteira que ligava os dois distritos. Florença comentou sobre um cara que havia uma chacina há alguns dias em rua que tinham passado. Dresden com os olhos fixos em tudo que se apresentava no horizonte temia uma emboscada. Florença foi o primeiro a desembarcar e também o primeiro a avistar o informante encostado numa viela. Dresden pensou “Mais um babaca que se entrega pros chefões e agora quer a mão da polícia para sair da fria”. Florença apertou a mão do indíviduo que usa um sobretudo preto e óculos procurando ficar disfarçado. Dresden repetiu o gesto do colega e apertou a mão do bandido que o olhou timidamente, fazendo-o lembrar de sua amada. Florença acordou Dresden de seus sonhos com um toque no ombro e disse: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Vamos Blaster, nos diga tudo que precisamos saber!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Bom caras, é o seguinte ta ligado! Eu vi os homens do Shelton conversando que a Companhia Nazi estava interessada em roubar os projetos do doutor Marro!</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É Marrou! -disse Dresden.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Isso mesmo meu chapa! Esse cara aí. O doutor tinha que entregar os bagulhos pros Nazi senão isso ia custar a vida de alguém que ele gostava. Acho que já tão ligado no que rolou né?! -disse Blaster rindo.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sabemos da morte da esposa de Marrou. Aliás, todo mundo sabe com os jornais alardeando isso. -comentou Florença.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É ótimo ouvir que estão trabalhando policiais! -disse uma voz distante. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Quem está aí?! -perguntaram Florença e Dresden juntos e puxando seus revolveres. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Isso é altamente desnecessário. Vocês policiais não precisam temer a mim. -disse o homem de terno preto e calça tweed que apareceu perto de Blaster. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ora se não é o detetive particular Hudson Carlton. O que está xeretando por aqui? -perguntou Dresden. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Meus interesses como sempre. O senhor Marrou é meu cliente como já devem saber e é claro que não estou satisfeito de ver meu cliente pegar a pena de morte por um crime que não cometeu. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sua certeza é incrível detetive! -disse Florença sarcástico.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Tem algo que nos ajude a salvar seu cliente? -perguntou Dresden. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ei caras! Peraí pô! Eu quero saber se ainda serei protegido...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Cala a boca Blaster! -reprimiu Florença. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Agora que nosso informante parou de berrar...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você disse “nosso”, Hudson?! -perguntou Dresden. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Acho que escapou... -comentou Hudson vendo Florença agarrar Blaster pelo pescoço e o erguer sobre a parede: -Seu desgraçado! O que você andou falando pra ele hein? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Nada mestre! Nada eu juro! -disse Blaster quase chorando.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Larga o cara Florença. A única informação que ele deu foi a mesma que passou pra vocês. Que a Companhia Nazi está envolvida no assassinato da mulher do doutor. -disse Hudson olhando de soslaio para Blaster.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Mas tem mais um detalhe caras! -gritou Blaster. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O que é 171? Fala logo! -disse Florença. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-A Companhia Nazi contratou um especial pra fazer o serviço e acho que foi idéia dele jogar o barro pra cima do doutor. -disse Blaster. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sabe que é esse especial em questão Blaster? -disse Hudson. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Nós que deveríamos fazer essa pergunta Hudson! -disse Dresden. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Todos nós estamos em busca da mesma coisa policial Dresden. A verdade e a justiça não é? -disse Hudson fazendo Blaster soltar uma gargalhada e receber um soco lateral no rosto. Florença sorriu animado e Dresden fingiu não ver. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Fala Blaster senão podemos deixar o Hudson descontar mais da raiva dele em você. -disse Dresden. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ta certo caras! Eu falo, mais eu quero ser protegido...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Sabemos do nosso trabalho. Agora fala?! -disse Florença. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Acho que contrataram o Ceifador. -disse Blaster arregalando os olhos para Hudson. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Malditos! Logo esse! -espantou-se Dresden. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O Ceifador é um dos piores especiais conhecidos. Quase não tem escrúpulos e mata por pouco. Perigoso demais para ficar entre os cidadões, mas não é fácil encontra-lo e muito menos dete-lo. Só que eu irei encontra-lo! -disse Hudson caminhando para as sombras de onde havia saído. Blaster respirou aliviado. Florença boquiaberto temeu um possível confronto com o Ceifador. Um celular tocou e Dresden o atendeu. Florença conseguiu ler nos olhos do colega que era algo grave. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Florença temos de ir! Um banco foi assaltado pelo Incêndio e ele está confrontando os policiais do nosso Distrito. O chefe ordenou a gente ajudar. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-E quanto a mim pô?! -disse Blaster. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Fique ligado, se esconda e tente não morrer falou! -disse Florença dando um “tchau” e seguindo para o carro popular de Dresden. Blaster quase desmaiou e ficou pasmo. Os policiais acenaram do carro e foram embora. Florença pensou de que forma Hudson Carlton encontraria o mercenário Ceifador. Dresden pensou em sua amada e no fato de não ter falado nada ainda para seu colega de trabalho.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Os dois policiais ao chegarem próximo da área do banco atacado viram um cenário de imensa dor, onde as pessoas corriam enlouquecidas para todos os lados, crianças chorando nos colos das mães, pais abraçados a seus filhos, policiais feridos pedindo socorro, outros rolando no chão para escapar das chamas, alguns dentro de ambulâncias espalhadas nas ruas posteriores a desordem. Dresden boquiaberto não teve nenhuma reação a gritaria, já Florença olhava a tudo com um ar perdido, como se estivesse em outro Mundo que não a sua San Cristo. Dresden resolveu sair do carro e Florença depois de alguns segundos de hesitação o seguiu. Dresden encontrou Nápole atrás de uma barricada de concreto e através dela pode ver o temível Incêndio com seus braços extendidos e jorrando lança-chamas sobre tudo que passava à sua frente. Incêndio usa uma camisa vermelha de malha com desenhos da cidade de Roma antiga destruída por um incêndio, calça laranja com uma linha distorcida na vertical para dar uma impressão de uma grande fogueira, cinto branco e luvas marrons feita de material especial que aguenta altas temperaturas. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Droga Nápole o que esse cara ainda ta fazendo aí? -perguntou Dresden. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Parece que ele está destruindo tudo, porque não o deixamos sair de perto do banco. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-E há reféns com ele? -perguntou Florença.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Que nada! Ele os dispensou dizendo que era para ficar mais divertido e depois incinerou a maioria pelas costas. Aí começamos a atirar, mas ele revidou e matou vários de nós, sem contar os feridos. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu vi lá atrás e fica cada vez pior! -disse Dresden. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O fogo dele não acaba nunca?! -disse Florença. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Pior que não! -comentou outro policial que passou correndo para salvar uma menina de ser consumida pelas chamas. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Incêndio gargalhava com seu cenário de horror. Os policiais corriam para salvar quem podiam atuando como os heróis que ele esperava que fossem para depois queima-los por atrapalhar sua diversão. Balas voavam em sua direção, mas uma cortina de calor que concentrava ao redor do seu corpo o protegia dos projetéis. Sentia que ao seu redor tilintava o barulho das metralhadoras e até uma bazuca liberava algumas balas para lhe derrotar, mas nada poderia funcionar. Os policiais de repente cessaram o ataque. Florença perguntou: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O que está acontecendo? Por que pararam de atacar o monstro?</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não sei Florença, deve ser alguma ordem superior. -disse Dresden. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Não acredito que seja isso, mas se eles pararam o motivo deve ser importante e foi o suficiente para chamar a atenção do vilão. Olhem só o palanque! -disse Nápole. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O que diabos está acontecendo?! Não vamos continuar a diversão? -perguntou Incêndio como se tivesse lhe tirado um brinquedo importante. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-A diversão acabou Incêndio! Agora está na hora de pagar pelos crimes que cometeu! -gritou uma voz no interior da fumaça. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Ah não! Um idiota mascarado! Quem será dessa vez... -disse Incêndio. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Eu. O Extremo 8! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Muito corajoso herói! Prepare-se para ser queimado! -gritou Incêndio concentrando seus dois lança-chamas sobre o herói. Extremo 8 desviou rolando no asfalto, concentrou sua mente fechando seus olhos por frações de segundo, colocou um punho para frente e lançou um disco energético no formato do número 8. Incêndio pressentiu o ataque e escapou com um movimento ágil para uma parte superior do teto do banco despreendendo algumas camadas de concreto. Extremo 8 correu para o vilão enquanto este lançava mais baforadas de fogo sem sucesso. Incêndio saltou sobre Extremo 8 de modo a ficar mais fácil de mirar, mas fez exatamente o que o herói esperava, pois se jogou ao chão e usou as pernas como apoio para barriga de Incêndio o lançando na rua.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Jogada esperta Extremo! Mais não foi o suficiente! -gritou Incêndio mandando outra rajada de fogo.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Vai precisar mais do que o fogo da sua ira para me derrotar Incêndio. -disse Extremo 8 destruindo o ataque com um disco energético. Incêndio rangeu os dentes e mandou mais um golpe que foi habilmente defendido pelo Extremo 8 com uma cambalhota. Incêndio caminhou para o herói procurando fechar o cerco. Extremo 8 esperou pacientemente, escapando dos ataques com saltos laterais. Incêndio sentiu sua chance de vencer ao ver o inimigo usar a mesma tática, no entanto, algo em seu íntimo duvidava da facilidade do que pretendia e por isso tentou algo mais ousado como mirar a cabeça de Extremo 8. O herói aproveitou a deixa e mandou um disco energético nas pernas de Incêndio que viu o mundo de cabeça para baixo duas vezes no ar antes de cair de buços no chão. Extremo 8 mandou outro disco energético do punho e acertou o toráx de Incêndio que procurou se levantar, mas o golpe o levou ao longe arrastando-o no asfalto. Extremo 8 respirou aliviado e olhou o cenário de destruição balançando a cabeça negativamente, mas depois ao olhar uma criança voltando aos braços da mãe depois da guerra de fogo se sentiu renovado. Dresden prestou atenção nas feições cobertas por uma máscara branca com um 8 preto desenhado que cobria todo o rosto do herói e percebeu algo sobre si mesmo. Notou que precisava lutar como ele independente do estrago que acontecia, pois só assim se atinge a verdadeira felicidade. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Terra para Dresden? -disse Nápole.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O que foi? -perguntou Dresden aturdido.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Acabou. O Extremo deu uma lição nele e já o colocamos na chave. -disse Florença indo ajudar algumas pessoas. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Precisamos agora só ajudar essas pessoas e os enfermeiros e limpar essa bagunça. -disse Nápole. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Acho que o Extremo 8 fez o trabalho todo pra nós hein! -disse um policial passando por Nápole. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Como sempre os heróis aparecem nas horas certas. -comentou outro policial.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-E quando é a hora certa? -disse outro policial franzino.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Na hora de evitar um grande estrago. -disse o segundo. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Acho que tenho que evitar um grande estrago Nápole...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Do que está falando Dresden? E esse olhar de cachorro morto? </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Preciso fazer a minha vida valer a pena e a de outra pessoa também... -disse Dresden empurrando Nápole e indo para seu carro. Nápole gritou em vão pelo colega, pois esse estava em outro Mundo. Florença e mais dois policiais se aproximaram e Nápole disse: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Acho que foi difícil para o garoto ver tanta morte. Deixem ele. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Dresden pegou seu carro e voltou acelerando pra casa, ignorando os sinais vermelhos, passando como louco pelas estradas até chegar em sua vizinhança. Olhou rapidamente para sua casa e depois para vizinha e desde já ouviu os prantos de uma mulher e os gritos tortuosos de um homem. Andou para casa vizinha, arrombou a porta com um chute e viu o colega policial tentando queimar a mulher com o ferro quente. O homem nem teve chance de reagir, pois sentiu um poderoso soco o jogando sobre uma mesa. A mulher arregalou os olhos enquanto chorava. Dresden apontou o dedo para o homem e disse: </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Você nunca mais vai tocar nela seu nojento! Nunca mais! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-O que você... O que você fez?! -disse o homem. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Se você se aproximar dela de novo eu te coloco na cadeia pra sempre ta me ouvindo. Sei que os vizinhos aqui vão adorar depor contra você! -disse Dresden.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Peraí colega não precisa tanto... Eu só tava exemplando essa vaga...</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Outro soco acertou o rosto do homem que ficou ensopado de sangue. A mulher deu outro grito de pavor, mas algo em seu íntimo explodia em alegria. Dresden olhou para o homem e disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-É só um aviso! </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">Dresden mudou seu olhar de fúria para delicado para mulher e disse:</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">-Vem comigo que te mostrarei o que realmente significa amar.</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">A mulher ergueu-se sendo apoiada pelo jovem policial e seu coração bateu tão forte como nunca tinha batido na vida e pela primeira vez sentiu-se viva quando passou pela estreita porta que sempre sonhou deixar, mas nunca houve luz que lhe mostrasse um caminho. </span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, sans-serif; font-size: large;">FIM</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5114885124065445163.post-13760382757461520282011-01-15T16:42:00.000-08:002011-01-23T09:02:16.197-08:00Os Guardiões<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://download.ultradownloads.uol.com.br/wallpaper/116848_Papel-de-Parede-Mao-de-fogo_1280x1024.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="512" src="http://download.ultradownloads.uol.com.br/wallpaper/116848_Papel-de-Parede-Mao-de-fogo_1280x1024.jpg" width="640" /> </a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: x-large;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000;">Capítulo 1: <b>Mão de Fogo</b></span></span></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #660000;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"> </span></span><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b></span><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"> <span style="font-size: large;">lua cheia nos céus brilha sobre a cidade imponente, uma área de prédios altos e grandes arranha-céus, o coração econômico e pulsante da cidade que se torna pela madrugada um local de extrema maldade e putrefação. Homens em capuzes negros assolam a multidão de cidadões inocentes os obrigando a fugir constantemente, elevados em medo e solidão. A noite é dos bandidos, o dia, dos homens ricos e poderosos da metrópole que desfilam em carros de luxos mostrando seu poder e superioridade. Mas além dos problemas comuns, San Cristo, capital do governo do país concentra o maior número de pessoas muito especiais que acabaram por controlar várias áreas da cidade e em uma dessas áreas, um homem de roupa vermelha perscruta com um olhar frio o movimento da noite: </span></span><span style="font-size: large;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">“</span><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="font-size: large;">Cada dia que passa essa cidade fica mais podre. Os homens esqueceram noções simples de honra e humildade e passam a humilhar cada vez mais seus semelhantes. Tanto tempo de luta e nada muda. Tantos heróis e tantas boas pessoas sofrem nesse lugar e... talvez em todo Mundo. A vida parece mais difícil, mas o jeito é continuar lutando”. </span></span><span style="font-size: large;"></span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Dois homens passam correndo por uma rua estreita. O homem de roupa vermelha observa atentamente. Os homens com faces cobertas por meias semi-transparentes deixam seu sorriso a mostra, com lábios cheios de maldade procurando uma vítima para fazer sofrer. O homem de roupa vermelha desce alguns degraus no prédio onde está instalado. Os homens ganham o dia ao encontrar uma bela jovem caminhando com receio em cada passo. A mulher treme ao ver os lábios sorridentes dos homens. Os dois erguem suas mãos como se fossem afanar todo o corpo da vítima. O homem de roupa vermelha move seus lábios também, mas nestes não há o resquício da maldade e sim a boaventura do que considera como justiça. Um dos homens chama a jovem com um movimento do dedo. A jovem balança a cabeça com um “não” reprimido. Os homens se olham rapidamente, o sorriso de crueldade aumenta e calmamente voltam sua visão para mulher à frente. O homem de roupa vermelha desceu mais alguns degraus no prédio e já possuía visão privilegiada da cena abaixo. Um dos homens diz: </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Ah docinho! Não vejo a hora de ter!</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-E ainda vamos rouba-la! Vamos sim! -disse o outro com a voz uma estranha. O homem de roupa vermelha apenas sussurou para a noite: -Retartado! O primeiro homem continuou a provocar a jovem: </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Ah neném! A festa hoje vai ser boa!</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-É muito boa! Muito boa! </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Não! Por favor! Não façam! Eu dou tudo que tenho, as joías, o dinheiro, só me deixem ir! -Claro que não docinho! Vamos fazer tudo que quisermos e você vai ficar caladinha! -disse o primeiro homem dando uma gargalhada.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Não... </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Sim sim! -disse o retartado. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">O homem de roupa vermelha analisou os dois homens; o primeiro é corpulento, mas não parece ter grande força física, apesar da gordura, o rosto estava irreconhecível por causa da meia; o segundo é tão franzino que para sobreviver nas ruas era provável que tinha alguma habilidade especial ou estava sendo protegido por alguém mais forte. O homem de roupa vermelha percebeu que o segundo tinha uma faca a tiracolo de uma lâmina extremamente afiada e deveria ser ágil com ela, pois foi o primeiro a partir pra cima da jovem e a segurou pelos braços. O homem corpulento com as mãos sôfregas de vontade arrancou parte do colete da jovem expondo seu sutiã. O franzino ficou tão contente que afrouxou um pouco a força nos braços e a mulher conseguiu reunir energia para dar um chute na perna do corpulento.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Sua maldita! Vai me pagar por isso! -disse o corpulento dando duas tapas no rosto da mulher. Ela começou a chorar e sentiu vontade de urinar com o medo que subia em seu corpo. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Ah docinho! Chora que eu gosto tá! -disse o corpulento começando a abrir sua calça. O franzino soltou uma gargalhada fina e balançou seus cabelos de caracol ao vento. A mulher deu outro chute na perna do corpulento que imediatamente ergueu seu braço para açoita-la. O homem de roupa vermelha pegou o braço do homem e disse: </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Não sabe que não se bate numa mulher nem com uma rosa! </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Caia fora idiota e larga meu braço! -gritou o corpulento tentando se livrar, mas a mão do inimigo era forte para faze-lo começar a ficar com medo, mas fez de tudo para não demonstrar. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Eu terei que punir vocês dois! -disse o homem de roupa vermelha. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-E quem diabos é você?! -disse o franzino. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Não estão me reconhecendo mesmo? -disse o homem de roupa vermelha se deixando pela primeira vez se iluminar completamente na Lua cheia. Os homens tremeram de medo. O franzino largou a mulher rapidamente e o corpulento caiu para trás começando a fechar o zíper da calça. O homem de roupa vermelha sorriu e disse: </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Agora eu acho que entenderam o que vai acontecer. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Não! Por favor não! Não faça isso, Mão de Fogo! </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Falaram meu nome! Finalmente! Pois é, eu sou o Mão de Fogo! -disse o homem de roupa vermelha erguendo sua mão direita aos céus como se fosse roubar energia da própria luz da lua, sua mão começou a brilhar e faíscas de chamas fugiam fatalmente pelo vento. Os homens arregalaram os olhos com o show pirotécnico. Mão de Fogo virou seus olhos negros cobertos parcialmente por sua máscara para a jovem: </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Eu acho que a dama não vai querer ver esse espetáculo. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Muito obrigado! Muito mesmo! -disse a mulher correndo para saída da estreita travessa. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Onde estávamos?! -disse Mão de Fogo esquentando seu olhar sob os homens aterrorizados até a alma, pois fundo imaginavam o pior. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Os dois homens correram por suas vidas e Mão de Fogo apenas pensou: “Atacar pelas costas não tem graça e não é digno de nenhum herói”. Os homens continuaram sua corrida, mas para surpresa deles o jovem combatente da justiça apareceu à frente com um falso sorriso nos lábios. Mão de Fogo ergueu suas mãos aos céus novamente e lançou um poderoso lança-chamas sobre o toráx do corpulento o erguendo do chão e o levando até uma parede a longa distância. O impacto fez a parede ruir e rachar ao longe. O corpulento desmaiou jogando sua língua para fora e caiu como se seu corpo tivesse todos os ossos quebrados. O franzino retirou sua faca e mostrou para o herói. Mão de Fogo nem hesitou em dar um chute com sua perna esquerda e mandar a faca pelos ares. O franzino ficou tão assustado que nem conseguiu reagir e ao ver sua faca tilintar no asfalto voltou a desvairada corrida. Mão de Fogo ergueu sua mão direita aos céus pedindo a benção da Lua cheia e acertou um forte lança-chamas nas costas do franzino. O magro corpo saltou pelos ares e foi visto por uma espectadora e sua família numa janela. A família tinha medo do Mão de Fogo, mas ficaram felizes ao verem o homem mau cair de cara no asfalto. O franzino com as costas chamuscadas chorou e sentiu que várias partes do seu corpo estavam com ferimentos sérios. A queimadura nas costas certamente era de terceiro grau e o Mão de Fogo se assegurou de aquecer o suficiente para isso. Uma sirene soou ao longe e Mão de Fogo subiu pelo prédio onde descera passando rente as cabeças da família que assistia a batalha da vida. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Policiais apareceram na rua estreita e encontraram os dois bandidos que eram procurados por dezenas de estupros seguido de morte, mas os dois homens rezavam para ir para cadeia e não encontrar de novo aquela mão cheia de chamas. Um dos policiais gritou: </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Essa área aqui não é controlada por aquele bandidão do Rosas? </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-E cara! Nem chama que ele pode acabar aparecendo. -disse um jovial policial. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Acho que não Dresden, pois esse cara é metido em vários negócios escusos e importantes que não vão fazer ele aparecer na rua para cuidar de bandidos enlouquecidos. -disse outro policial com uns quilos a mais. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-O Rosas é ardiloso além de ser um dos caras mais duvidosos com poderes nessa cidade. -disse o primeiro policial que possui um bigode raso. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Sei não Florença! O Rosas é estranho e chegado a comunidade gay, mas não deixa de ser perigoso. -disse Dresden.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-E eu disse o contrário?! -disse Florença.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Você não ficando sozinho com ele para ver o que acontece é que não pode acontecer. -disse o primeiro policial. Os policiais soltaram uma gargalhada. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Muito engraçado Nápole! Deveria ser comediante! -reclamou Dresden. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Você sabe bem que o Rosas é chegado a um menino forte assim como você... -disse Florença. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Já chega dessa história! Eu que não quero chegar perto desse meliante. -disse Dresden. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-E se precisar? As vezes o dever nos chama! -disse Nápole. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Não vou precisar, pois esse cara nunca vai ser pego. O Rosas como você disse é ardiloso e dificilmente o pegam fazendo coisas erradas. Só enfrentamos seus capangas. -comentou Dresden. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Nisso você tem razão. Dizem por aí que ele pretende expandir sua área de atuação. Acho que planeja controlar todo o segundo distrito. -disse Nápole.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Impossível! -exclamou Florença. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Foi o que me disseram. -comentou Nápole.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-A fonte é confiável? -perguntou Dresden.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Todas as minhas fontes são confiavéis, eu não comecei agora garoto, estou nessa a quase vinte anos. -disse Nápole.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Ta certo vovô! -disse Dresden rindo. Florença acompanhou a gargalhada. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-É melhor ser vovô do que namorada de gay! -respondeu Nápole. Florença novamente riu, mas Dresden e Nápole se encararam seriamente. Como Florença ainda morria de rir começou a chamar atenção de outros policiais de menor escalão para conversa. Nápole e Dresden disseram ao mesmo tempo:</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Cala essa boca Florença! </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Florença amuou envergonhado. Dresden percebeu que o fotógrafo da policia técnica já tinha retirado todas as fotos necessárias e estava partindo. Nápole foi verificar os danos estruturais aos prédios. Florença chamou alguns colegas e começou a contar sua versão do ocorrido. Mão de Fogo que observava de camarote a ação dos policiais escondido atrás de uma estátua no topo de um dos prédios achou a história bem diferente do que acontecera. Porém, achou algumas informações valiosas de um odiado inimigo. Rosas estava querendo expandir seus domínios novamente e lembrou-se que da outra vez isso custou várias vidas. Os três policiais voltaram a se juntar: </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Contei para o pessoal o que achei que aconteceu aqui. -disse Florença.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Tenho medo de suas suposições Florença. -comentou Nápole. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Histórias nada confiavéis! Nem olhe com essa cara que não queremos ouvir! -disse Dresden. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-E também quero falar sobre outra coisa importante. -disse Nápole. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-O que é? -inquiriu Dresden.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Acho que estamos sendo observados. -comentou Nápole. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Pelo Mão de Fogo? -disse Florença.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Não só por ele. Sinto que tem mais alguém na parada. -disse Nápole. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Não existe uma ordem de prisão para o Mão de Fogo? -perguntou Dresden. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Existe! Mas que idiota ia querer enfrentar o cara. Dos heróis malucos que apareceram nessa cidade, ele é um dos piores. -disse Florença.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Quase sempre mata os bandidos que encontra ou caça. Por isso há várias ordens de prisão contra ele. -disse Nápole. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-O aparecimento dele se deu por volta de dois anos atrás e começou como a maioria. Combatendo pequenas gangues de ruas que procuravam manter seu domínio nas noites frias de San Cristo. -disse Florença. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-É claro que não demorou a evoluir e pegar bandidos grandes como políticos e magnatas. Alguns traficantes estão na sua lista de derrotados também. -disse Nápole. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-É, mas ele se deu mal quando enfrentou aquele maluco do Zeus. Perdeu a luta em praça pública e desapareceu por semanas. Várias áreas que eram limpas de crimes por sua presença voltaram a ficar infestadas. -disse Dresden sorrindo. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Esses heróis são malucos, mas acabam protegendo a cidade mais do que imaginamos. -disse Nápole rascunhando os céus e aproveitando para observar os tetos dos prédios na tentativa infrutífera de localizar o herói. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Mão de Fogo ao ouvir o nome Zeus estremeceu. Olhou ao redor com um olhar vazio e perdido num mar de lembranças que remontavam a uma montanha de dor e raiva. Seu coração acelerou com os pensamentos que sobrevieram a mente. Sua vontade começou a beirar o limite e por isso soltou um forte soco na parede ao lado. Mão de Fogo sentiu vontade de chorar e ao mesmo tempo queria esmagar a estátua a seu lado apenas para aliviar o peso que seu coração teimava sentir, e sabia que de tudo que sentia, a raiz se encontrava na culpa e no fato de ter falhado. Mão de Fogo se preparou para acertar outro soco na rocha, mas seu golpe foi bloqueado por uma mão espalmada. O herói de roupa vermelha olhou atenciosamente para frente e viu um amigo. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Não devia se punir tanto meu amigo.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Não estava lá para saber do meu sofrimento! -disse Mão de Fogo. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Somos heróis, mas você sabe bem que não somos onipotentes ou invencíveis. Somos homens que tentam lutar por um futuro melhor. -disse o amigo. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Bom, Raio, não sou como você e isso é um fato. Mas compartilho algumas de suas idéias. O que nos aproxima como heróis é verdade, no entanto, as nossas ações geralmente poderiam nos colocar como inimigos. -disse Mão de Fogo.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Espero que isso não aconteça brother! -disse Raio. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Nem eu. Mas os tempos ficam cada vez mais dificéis. Sinto que perco o controle a cada dia. Sinto mais vontade de punir os bandidos os mandando para o Inferno do que os deixando vivos. -disse Mão de Fogo.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-E sua consciência depois pesa com a morte desses infelizes. Indo por esse caminho apenas quem se perde é você. -comentou Raio. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Mas ele não tem volta amigo. Depois que você mata uma vez, a segunda sempre é mais fácil. E aí começa o ciclo de mortes que nos leva a um tenebroso fim. -disse Mão de Fogo recostando na parede. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Sei que ainda sofre com aquela derrota...</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Eu acho que não quero falar disso...</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Bom brother! Temos de falar disso e o motivo é mais simples do que imagina. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Como assim?! </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Ele voltou. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-O Zeus voltou? Pensei que ele tinha perdido a memória...</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Mas voltou amigo. E agora vai querer continuar seu sagrado trabalho de matar todas as pessoas honestas da cidade. -disse Raio demonstrando preocupação na face coberta por uma máscara de cor amarela e azul. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Meu Deus! Espero que não aconteça outra chacina! Só de me lembrar já me sinto enjoado. -comentou Mão de Fogo.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Foi pura crueldade o que ele fez. Sei disso. E por isso vim falar com você para nós impedirmos outro massacre. -comentou Raio. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Só que também tem o Rosas. -disse Mão de Fogo.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-É mesmo! Você falou bem, estamos em seu território. O que tem ele?</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Parece que vai expandir seus dominios e começar outra guerra. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Assim nunca teremos paz! -reclamou Raio. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Estou me prejudicando no trabalho também com essas andanças noturnas. Está ficando insuportável ser uma pessoa normal pela manhã e um herói pela noite. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Está dormindo pouco? -perguntou Raio.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Muito pouco. Quase nada. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-E agora temos duas guerras prestes a começar. E nem sabemos como anda o resto dessa grande cidade. -disse Raio.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Isso que dá entregar poderes as pessoas. Qualquer tipo, não importa se é de um acidente como o nosso ou se é espontâneo, e nem mesmo o poder das pessoas comuns, todos tem em comum o fato de corromperem a alma das pessoas. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-E para lutar por um Mundo melhor, ou pelo menos, por uma cidade melhor que nos juramos um dia sermos... Os Guardiões da Liberdade. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Já faz tempo que não nos reunimos não é? -disse Mão de Fogo.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-É. Os Guardiões começam a ser esquecidos e somos vistos cada vez mais individualmente. Isso só aconteceu, pois os vilões se fragmentaram demais e nós também. -disse Raio. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-É incrivel como a cidade dos cinco distritos ficou ainda mais dividida e mais perigosa. -disse Mão de Fogo se levantando. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">-Por isso que temos de continuar. Nós fazemos uma diferença. Eu sei disso. Aqueles policiais sabem disso. Os bandidos que você quase incinerou também. Mas será que você sabe? </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Os dois vigilantes ficaram observando o trabalho dos policiais enquanto a madrugada adentrava a escuridão. </span></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span><span style="font-size: large;"></span><span style="font-size: large;"></span></div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial", sans-serif;"><span style="color: #660000; font-size: x-large;">FIM</span></span></div><span style="font-size: large;"><br />
</span><span style="font-size: large;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><br />
</span><span style="font-size: small;"></span><span style="font-size: x-small;"></span></div>I. D.http://www.blogger.com/profile/03217608893601815507noreply@blogger.com2